sábado, 16 de agosto de 2014

DICA: O IMPORTANTE É A DIVERSÃO

















Suponha que você pesque sua cota logo no primeiro dia de pescaria. Além de pescar e soltar, há uma outra opção para você se divertir.     
                                                      Confira






Pesqueiro junto ao camalote


Para você se divertir com esta opção citada por nós, fique sabendo que não é preciso gastar gasolina nem ter equipamentos sofisticados. Basta apenas uns dois ou três quilos de quirera de milho, uma vara telescópica de ponta fina, uma linha 0.20 milímetros e um anzol pequeno, além de uma chumbada oliva pequena.
O local de pesca também é simples e pode ser até em frente ao pesqueiro onde você está hospedado. Se optar por esse local, veja onde é que o pessoal limpa os peixes, ou então onde é que sai o esgoto da pia da cozinha do pesqueiro. Localizando esses dois locais, pesque no máximo a cinco metros abaixo, ou seja, na direção da correnteza do rio.

Lambari

Se não quiser ficar por perto, localize uma árvore na beira do rio que faça sombra na água. Não que essa sombra vá mostrar o melhor pesqueiro, já que qualquer lugar que tenha dois metros de profundidade será ótimo, mas veja como é muito melhor pescar na sombra, no calor do pantanal.
Pescar no barco, além de mais seguro, é mais confortável, já que uma pequena geladeira de isopor deve obrigatoriamente fazer parte da pescaria – o conteúdo dela fica por sua conta.

Sauá


Monte uma vara telescópica de no máximo três metros, uma linha 0.20 milímetros, com comprimento igual ou com um palmo a mais do que o comprimento da vara. Use um anzol pequeno e um chumbo de no máximo cinco gramas. Se quiser, faça um encastoado bem fino de aço. Nós preferimos não usar o encastoado, apesar de perder alguns anzóis na boca de piranhas.
A isca deverá ser de massa de farinha de trigo e é bem fácil de ser feita: coloque um pouco de farinha de trigo em um prato e vá adicionando água até formar uma espécie de angu, ou se preferir, uma “bolota”.

A tranquilidade de uma boa sombra


Pronto: a isca está no ponto para ser usada. Apoite o barco e procure não fazer barulho. Pegue a quirera de milho e jogue um bocado, sempre acima de onde você estiver, para que a correnteza do rio faça com que a quirera pare embaixo do barco. Tire um pouco de massa e, com os dedos, faça uma bolinha do tamanho de um grão de milho e isque-a no anzol. O lance deve ser feito junto aos camalotes (se tiver) ou direto no rio, procurando fazer com que a isca não encoste no fundo, deixando-a suspensa em uma altura que dependerá da fundura do rio.
Pronto. Sua pescaria já começou e com certeza virão no seu anzol sauás, lambaris, sardinhas, piaus-três-pintas, piraputangas, pacus-peba e até piranhas. É uma briga sensacional, e enquanto você tiver massa para isca e houver a luz do sol a iluminar o rio, sua mão vai cansar de tanto fisgar peixes.
piau-três-pintas                                                                                                                                        

Essa pescaria é uma diversão garantida, e se trata de alguma coisa que só o pescador amador esportivo vai entender e principalmente se divertir, já que esses pequenos peixes são grandes no quesito diversão. Aproveite ao máximo sua estada no Pantanal, pois afinal de contas você foi lá para se divertir e essa pescaria irá dar, se for o caso, muitas iscas para peixes maiores; ou então se levados ao pesqueiro e fritos, a melhor de todas as iscas para o “peixe maior”, que é o próprio pescador. Acompanha, lógico, uma boa cerveja.

NOTA DA REDAÇÃO: Em diversas de nossas aventuras no Pantanal, uma preocupação era dizer ao cozinheiro, que toda a sobra de cozinha, deveria ser jogada em um local pré-determinado e escolhido por nós. Quando chegávamos da pescaria, após o almoço e uma “siesta” dentro da barraca e esperando o calor passar para voltar a pescar de novo,  nosso destino era o local das sobras da cozinha. Para melhorar ainda mais o pesqueiro, sempre levávamos alguns quilos de quirera de milho e, jogávamos uns punhados antes de começar a pescar. E aí era só diversão enquanto tínhamos isca. Uma lembrança: na aventura no rio Piqueri, fomos obrigados a montar uma vara com carretilha, porque estávamos perdendo linha e anzóis seguidamente, tal era a briga com um peixe que estávamos fisgando. Na carretilha, uma linha um pouco mais forte, mas o mesmo anzol e chumbo. Iscamos e jogamos no lugar onde as fisgadas estavam acontecendo. O peixe puxou, nós fisgamos e fricção começou a correr solta. Após uma boa briga e cansado, um piavuçu de quase três quilos veio parar em nossa mão. Nunca iríamos conseguir brigar com um peixe desses com o equipamento que estávamos usando.  Não estranhe se isso acontecer, pois até pacus enormes vem na ceva também. Boa pescaria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário