Sob o nome vulgar de xaréu, vamos encontrar mais de dez
peixes que, apesar de serem da mesma família, são diferentes ou, se preferirem,
distintos. Vamos nos fixar em um deles, pois é o sonho do pescador amador,
fisgar um peixe dessa espécie.
A família do Xaréu, que como dissemos reúne mais de dez
peixes, é a Carangidae. Vamos nos fixar no Xaréu que recebe o nome científico
de Carans hippos. Podemos descreve-lo
como sendo um peixe de cores no dorso azulado e abdômem amarelado. É uma
espécie marinha, e sua área de atuação ocorre desde Cape Cod (EUA), até o Rio
de Janeiro, indo um pouco mais para o sul do Brasil. Está presente também no
Oceano Pacífico. Alguns indivíduos apresentam uma mancha no opérculo e na base
das nadadeiras peitorais. É uma espécie de peixe que migra para fazer sua
desova, saindo do sul do Brasil em direção ao norte e nordeste. Essa desova
acontece entre os meses de novembro a janeiro, e é nesse período que sua pesca
é mais fácil ou farta. Costuma andar em cardumes, o que facilita muito o pescar
grande quantidade de peixes. Sua área de atuação é extensa, podendo ser fisgado
em praias, costões, rios e canais do litoral e até em alto mar. Entre suas
iscas naturais preferidas podem ser citadas camarão, sardinha, corrupto,
manjubas e mais uma infinidade de pequenos peixes. Nas iscas artificiais, ataca
muito bem os plugs, colheres, spiners e o mais indicado: jigs. No caso de jigs,
não precisa o pescador se preocupar muito com as cores, pois quando em cardumes,
os xaréus atacam qualquer cor. Alguns pescadores afirmam, no entanto, serem as
cores branca, amarela e vermelha as preferidas por eles. Uma curiosidade é que,
por andar em cardumes, de repente aparecem ao alcance de nossos anzóis; nesse
momento deve ser aproveitado ao máximo, pois assim como aparecem, podem
desaparecer completamente em questão de minutos. Nos rios e canais, costuma
ficar mais perto de galhadas e pedras, e a melhor hora para se pescar é na
vazante e quase no fim dessa maré. Nas praias e costões, a melhor hora é na
enchente da maré. Em alto mar, e isso é engraçado, aparecem de repente e quase
na superfície da água, e em cardumes enormes. Uma boa dica para se achar o
xaréu é que o mesmo gosta muito da companhia de anchovas, olhetes e olho de boi.
Tal fato se explica, já que esses peixes têm o mesmo hábito de alimentação, ou
seja, andam sempre em perseguição aos cardumes de sardinhas, além do que, com
exceção da anchova, são da mesma família. Para finalizar o xaréu atinge seu
tamanho máximo por volta de um metro de comprimento e 25 quilos de peso, sendo
no entanto mais comum fisgarmos peixes com peso variando entre 1 e 8 quilos.
Bastante valente e brigador, pode ser pescado com material leve a médio,
traduzido em linhas de bitola entre 0,35 a 0,45 milímetros. O anzol pode ser do
tamanho entre 3/0 a 7/0, dependendo da região e do tamanho dos peixes. Varas,
molinetes ou carretilhas ficam por conta do pescador e de sua esportividade. No
Brasil, surgem como sinônimos para o xaréu os seguintes nomes: cabeçudo,
carimbada, corimbamba, guaracema, guiará, papa-terra, xarelete, xaréu-roncador
e xaréu-vaqueiro; em inglês, “crevalle Jack”.
Muito legal irmão os esclarecimentos. Show de bola
ResponderExcluirValeu Marcos: Bons livros, um pouco de experiência vivida em pescarias, e principalmente o mais interessante, são os sinônimos como é conhecido no Brasil. TFA Obrigado
ResponderExcluir