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Noubar Gazarian |
Era mais uma reportagem para a Revista Aruanã como tantas
outras. Só que esta nos dá saudades, pelas histórias que dela se originaram. Vou
contar uma delas e infelizmente o protagonista já não se encontra mais entre
nós, pois está pescando em rios no céu. Faço aqui esta homenagem ao companheiro
de pesca.
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Equipe
Aruanã. Da esquerda para a direita Noubar, Padilha, Mauro
Resolvemos acampar as margens do Arinos para passar
a noite. Não utilizamos as barracas, mas somente redes de dormir, já que nessa
região não se encontra nenhum inseto que venha a perturbar o pescador amador, durante à noite por causa do frio (cerca de 14 graus). O primeiro fato pitoresco desta aventura
iria acontecer nesse acampamento, já que o Noubar nunca havia acampado dessa
forma. A primeira pergunta dele foi sobre a “possível” visita de alguma onça ao
acampamento e como não poderia deixar de ser, várias estórias sobre onças foram
contadas. Sugerimos acender uma fogueira, e quem catou mais lenha foi o Noubar.
Pelo tamanho, parecia uma fogueira de festa junina, e até a hora de dormir, as
chamas foram constantemente alimentadas de lenha pelo Noubar. Propositalmente
armamos sua rede bem perto do mato. Ou seja, qualquer “coisa” que viesse do
mato para o rio, encontraria fatalmente a rede do Noubar em primeiro lugar.
Aqui um parênteses: na noite anterior havíamos percebido que o Noubar era um
“roncador” dos bons. Por volta das 21:00h, já estávamos todos nas redes. À
noite faz frio, o que nos obriga a usar cobertores.
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As borboletas
nas praias do rio Arinos
Estranhamente não ouvimos uma só vez o Noubar
roncar. A hora certa de acordar no acampamento é por volta das 6:00h, pois é o
horário em que o sol começa a nascer. Mas, desde as 4:00h, nosso amigo já
estava acordado. Fez café, e quando acordamos ele já estava dentro do barco,
pronto para pescar. Tomando café, ele contou que durante a noite
havia percebido “passos silenciosos” rondando sua rede e chegou a jurar que era
um “bicho”, tendo o tal inclusive “bufado” bem embaixo da rede. Segundo o
Noubar, o tal bicho rodeou sua rede e chegou bem perto. Ele ia levantar e dar
um tiro no “tal bicho” e mostrou sua arma: um revolver calibre 22 de um tiro. Mas, como o bicho fugiu ele deixou quieto. Só que
ninguém no acampamento ouviu nada. Essa estória rendeu comentários o dia todo.
Saudades companheiro, pois já se encontra pescando no céu.
NOTA DA REDAÇÃO: Caso o leitor
queira ler a postagem completa, ao lado desta, há uma relação com meses e anos.
Clique em FEVEREIRO DE 2015. Role o mouse que aparecerá a matéria completa de A
Caminho da Matrinchã
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Que imensa alegria tive hoje ao encontrar esse Blog! Eu colecionava às revistas Aruanã, aprendi a pescar de carretilha e molinete lendo elas, coisa que onde morava, no interior do RS, a alguns anos atrás, era quase impossível e não havia informações sobre. Do meu círculo de amigos, fui o primeiro a pescar peixes com isca artificial, através das dicas da Aruanã, coisa que depois se tornou febre na minha região e até hoje a pesca com iscas artificiais conquistou seu espaço, coisa que devemos aquela ótima revista!
ResponderExcluirGrato Aruanã! Grato por ter me apresentado esse incrível mundo!
Abraços
Pois é meu amigo e leitor Gaúcho - seu nome não apareceu em sua postagem, mas para nós isso não é de tanta importância. Importante sim, é sua declaração sobre o que você aproveitou de nossas publicações. O blog agora, vem trazer aos pescadores atuais, uma oportunidade de rever velhos (novos) artigos publicados ao longo de treze anos de nossa existência. Muito obrigado por suas palavras e divirta-se com o blog Aruanã. que é a versão digital da revista e nele estarão, com o tempo, todas as matérias publicadas. E o melhor, algumas novas, já que na pesca, pouca coisa mudou. Agora, no meio ambiente e em alguns pescadores, as mudanças são enormes. Fraterno abraço à você e obrigado.
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