sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

DICA - PEIXE: FISGUE BONS RESULTADOS
















Material correto, clima agradável, ótimo pesqueiro e... nada de fisgadas. Por quê? Conheça alguns fatores que o pescador amador deve levar em consideração para aumentar as suas chances de sucesso na pescaria.





A “ação” dos pescadores profissionais

Não há nada pior em uma pescaria do que não pegar nenhum peixe e, além disso, não saber o porque desse fato estar acontecendo. Vejamos: o pescador está praticando sua modalidade corretamente, ou seja, usando os materiais corretos. As iscas, tanto naturais como artificiais, também são as adequadas. Barco, motor e um bom local de pesca. Tudo perfeito. Por que então os peixes não estão fisgando? Se você é um daqueles fazem da pesca realmente um esporte/lazer, resta fazer uma análise de tudo para descobrir onde está o erro. Para chegarmos a alguma conclusão que explique tal acontecimento, vamos analisar juntos os vários fatores que podem interferir em uma pescaria. A primeira e mais lógica explicação é a pressão atmosférica, já que esta condição meteorológica influi muito nas pescarias. Uma pressão acima de 1010 milibares é a ideal para a pesca. Às vezes, mesmo em um dia de muito sol, pela aproximação de uma frente fria, a pressão pode estar baixa. Outro fato que influi negativamente em uma pescaria são as quedas bruscas de temperatura, muito comuns no outono/inverno, onde a camada termoclimal (local monde os peixes ficam) muda de profundidade. Essa possibilidade não deve ser descartada e, se possível, precisa ser descoberta na própria pescaria. Ventos são outro fator climatológico que atrapalham o pescador, mas destes podemos tirar vantagem, pois normalmente sopram sempre na mesma direção.  O pescador experiente não irá pescar em locais que recebam vento de frente, procurando locais protegidos por matas, morros ou pedras. 

Exemplo de uma termoclimal

 Além das explicações climáticas, há também as que se fixam nos peixes, tais como: época de desova ou hibernação (em função do frio), são motivos para algumas espécies não atacarem as iscas. A limpidez da água deve ser observada. Água barrenta ou turva é boa para algumas espécies de peixes lisos, como por exemplo, os bagres, mandis, etc. Mais um item a verificar é a ausência de pássaros aquáticos, pois a atuação deles mostra que há vida no local, uma vez que os peixes são a base de sua alimentação. Margens pobres, tanto em águas marinhas como doces, são uma indicação importante. As que não tiverem paus, pedras, capim, ostras ou mariscos têm menos chances de abrigarem peixes. Finalmente chegamos ao ultimo fator. Vamos supor que todos os itens acima descritos estavam perfeitos no dia da pescarias, e mesmo assim não se pegou nenhum peixe ou não houve ação em local onde o pescador costumava fisgar bons peixes. Neste ponto, restará ao pescador descobrir o que ocorreu naquele local nos dias anteriores à sua pescaria. Pode ter ocorrido uma ação de pescadores profissionais com redes ou tarrafas, o que acaba com qualquer pesqueiro sem deixar vestígios. No dia seguinte, lá vai você, esportivamente, com sua varinha e anzol. Resultado: nenhuma fisgada... Aí estão, portanto, alguns fatores que podem atrapalhar a pescaria. Alguns normais e compreensíveis. Outros, como a ação dos profissionais, inadmissíveis.

Revista Aruanã Ed: 34 publicada em 06/1993

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

OS PIONEIROS DE PESCA AMADORA NO BRASIL - SUZUKI













                         A Suzuki, tradicional fábrica japonesa de motores de popa, está definitivamente implantada no Brasil, representada pela Caloi. Vamos conhecer um pouco melhor essa empresa.




Vista aérea da fabrica em Socorro – São Paulo

A Bicicletas Caloi S/A foi fundada há 96 anos, sendo uma das mais tradicionais empresas do ramo. Há cerca de dois anos, passou a representar a marca Suzuki para todo o Brasil. Localizada no bairro de Socorro, em São Paulo (SP), a Suzuki possui modernas instalações em uma área de 25.000 m2, onde conta com tanques de prova, oficina completa, salas de treinamento para mecânicos da rede autorizada, um almoxarifado de 250 m2 e mais 1.700 m2 em fase final de construção, onde já funciona uma seção de peças para motor, com cerca de 12 mil itens, avaliados em aproximadamente U$ 200 mil. A linha completa da Suzuki inclui motores de 8 até 140 HP, totalmente importados e com garantia de fábrica de 1 ano. Atualmente a Caloi/Suzuki tem uma rede de revendedores que já soma 48 representantes em todo o Brasil. “Escolhemos o motor de popa Suzuki para diversificarmos nossa área de atuação, além de sabermos tratar-se de uma excelente marca. Trabalhamos também com geradores, ‘scooter’ (motonetas) e quadricículos motorizados também da Suzuki”, informam os diretores da empresa. Os executivos da Suzuki diretamente ligados ao publico consumidor são: Fuad Aby-Azar (Diretor Comercial), Nelson Sinhiti Nito (CoordenadorGeral), Rio Harada (Marketing), José Oscar Pache (Depto. Técnico) e Roberto Alves de Faria (Vendas). Todo o pessoal da Suzuki é composto por confessos pescadores amadores e em nossa entrevista abordamos assuntos relativos ao esporte. 

Harada, Nelson, Fuad, Pache e Roberto

A equipe falou sobre os rios Mogi-Guaçu, Tietê, Paraná e Grande, além do Pantanal, Barra do Una e Ilha das Chaves, no litoral paulista. Falou-se muito sobre peixes, mas escolhemos um em especial fisgado recentemente no Pantanal: um pintado de 15 kg, pescado em Coxim. A equipe Suzuki cita como alegria o fato de que nesses dois anos iniciais de representação não teve nenhum consumidor insatisfeito com seus produtos e que inclusive os clientes os sugerem para outros pescadores depois de algum tempo de uso. A marca Suzuki hoje é muito bem identificada no Brasil. Como tristezas, também o consenso é geral e lembram a total depredação de nossos rios e em especial a represa Billings. Só para se ter uma idéia do sucesso da Suzuki, nesses dois anos já foram comercializados, mais de 2500 motores de popa, sendo que os campeões de venda são os de 15 e 25 HP. Como novidade, a Suzuki apresenta a complementação de sua linha até o 140 HP, para atender também o setor náutico. Para finalizar, se você quiser conhecer a Caloi/Suzuki, a empresa está situada a Av. Guido Caloi, 131, em São Paulo. – SP, CEP 05802-140. Informações podem ser obtidas pelo telefone (011) 523-0743 0u fax (011) 523-4952. “Marque uma visita para conhecer nossas instalações. Temos certeza de que seu próximo motor de popa será um Suzuki”, convidam os executivos.
Nota da Redação: Todos os endereços citados nesta postagens devem ser atualizados.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

REALIDADE -PESQUISAS CIENTÍFICAS. COMO SÃO FEITAS.



Serra do Japi – Foto Net



Quando nos referimos a pesquisas científicas sérias e bem feitas,  é onde o pesquisador estuda por anos e anos a fio. Resolvemos mostrar esta pequena rã, na Serra do Japi, bem pertinho da cidade de São Paulo, que a mais de 56 anos desafiava os estudiosos, que ouviam seu canto diferente, mas não conseguiam localizar o batráquio que o emitia. Como água em pedra dura tanta bate até que fura...




rãzinha-da-correnteza canta e dança para acasalar e advertir rivais ( foto:Hylodes lateristrigatus/Unesp/Divulgação

                                                                     

                                                        O PESQUISADOR

Fábio Perin de Sá, do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, responsável pela pesquisa "Biologia reprodutiva de Hylodes cf. ornatus, Serra do Japi, Jundiaí, São Paulo (Anura, Hylodidae)", realizada com o apoio da FAPESP.






Serra do Japi, a 800 metros do nível do mar em São Paulo. (foto Unesp/divulgação Net)

Os pesquisadores estudaram uma população de rãs em um riacho na Serra do Japi, a 800 metros do nível do mar, acompanhando seus hábitos ao longo de 15 meses e fazendo registros audiovisuais. Além das observações, o estudo envolveu análise de dados moleculares, com sequenciamento parcial de dois genes mitocondriais e outro gene nuclear, confirmando que se trata de uma nova espécie, apesar de morfologicamente semelhante às espécies H. amnicolaH. ornatusH. perere e H. sazimai, todas nativas de florestas tropicais úmidas de altitude e rios de correnteza. (Fonte Net).



Nosso amigo e pescador Alexandre Cardoso do Rio Grande do Norte, com um tucunaré,  muito comum e fisgado no rio Punaú (RN). Vamos batizá-lo? Que tal Ciclha “afro descendente”?

NOTA DA REDAÇÃO: Como jornalista e pescador, peguei meu primeiro tucunaré em um lago chamado “Lago do Fontoura”, um pouco acima de São Feliz do Araguaia, no rio Araguaia, por volta de 1965. Com o tempo e por curiosidade, comecei a adquirir livros sobre pesca e peixes. E, como leigo “estudar” tudo ao que a eles se referiam. Li muito a Pesca Tour, Acampamento, Troféu durante muitos anos. Tenho ainda alguns livros de autoria de Agenor Couto de Magalhãess, Rodolpho Von Ihering, Hitoshi Nomura, Heraldo A. Britski, Manoel Pereira de Godoy aos quais sempre consulto quando tenho alguma dúvida. Essa curiosidade e responsabilidade aumentou e muito quando fiz uma Coluna no Jornal da Tarde durante 12 anos e posteriormente lancei a Revista Aruanã. Sobre tucunaré aprendi que cientificamente eles são identificados como Cichla ocellaris ou Cichla spp (sigla que significa sem pesquisa). Essa é a minha reação, nesses tempos modernos com os nomes que agora "ornam" as imagens deles, tucunarés.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

É ÉPOCA DE PIRACANJUBA











Em Tupi Guarani, piracanjuba significa “peixe de osso amarelo”. Membro de uma numerosa família onde estão incluídas a matrinchã, a pirapitinga, a piabanha e a piraputanga, a piracanjuba proporciona, a exemplo destas, uma briga única e de muita esportividade.


Piracanjuba

A piracanjuba pertence à família dos Characidae e seu nome científico é Triurobrycon luindii. É um peixe muito bonito, de corpo cinza-esverdeado e ventre mais claro. Seu focinho e nadadeira caudal apresentam tons avermelhados. Sua carne, apesar das espinhas, é de excelente sabor, e pode ser considerada como uma das melhores entre os peixes de água doce. Sua distribuição geográfica no Brasil situa-se nos rios formadores da Bacia do Prata e do São Francisco. Nesta época do ano, considerada a melhor para sua pesca, desde janeiro até meados de abril, a piracanjuba está muito ativa e a espera dos nossos anzóis, iscados com iscas artificiais ou naturais. A melhor maneira de se pescar esse peixe a princípio será procura-lo nos rios de correnteza mais rápida, dando preferência a locais onde haja corredeiras e pequenas cachoeiras. E aqui a primeira dica: quando a correnteza é forte, a piracanjuba costuma ficar atrás de pedras e outros obstáculos. Já com correnteza mais fraca, fica nos mesmos locais, só que na frente dos mesmos obstáculos. Suas iscas naturais preferidas são as frutas de beira de rio, coquinhos, figos e até folhas de determinadas plantas e flores. Pega muito bem também em rãs, pequenos peixes, minhocas, caramujo, caranguejo, pitu, insetos, massas e milho verde. Nos dois últimos itens, pega principalmente quando está acostumada a comer nas cevas. 

Detalhe da cabeça da piracanjuba

Uma boa ceva para a piracanjuba é aquela feita com milho, pedaços de queijo e pão velho.  Nas iscas artificiais, sua preferência é por plugs no formato de peixes, colheres, spinners e jigs. Mais uma dica para as iscas artificiais: o pescador amador deverá pescar em locais rasos ou de média profundidade, no máximo de 2 metros e de preferência junto a pontos de correnteza rápida, como acima descrevemos. O material para sua pesca pode ser classificado como sendo de categoria leve a média, já que a piracanjuba atinge até 8 quilos de peso.  Assim sendo, uma carretilha ou molinete de tamanho médio, linha, 35 mm e varas de tamanho de 2 metros com ponta razoavelmente resistente, são os materiais mais indicados para sua pesca.  No caso de iscas naturais, um bom anzol é o de tamanho 1/0 ou 2/0, por exemplo, o Mustad 92676 ou 92247. Um pequeno empate de aço, principalmente para os exemplares maiores (acima de 3 quilos) é recomendável. No caso de iscas artificiais usamos, no máximo, um líder de linha mais forte. Uma boa dica para quem está atrás das piracanjubas é a de não desanimar caso ela não fisgue de imediato nos poços. Isto ocorre porque ela costuma nadar distâncias de até 9 quilômetros por dia e estar sempre em movimentação, sendo essa uma particularidade interessante desse peixe. 

“O peixe de osso amarelo”

No entanto, para o pescador amador mais observador, a mãe natureza nos dá algumas dicas fáceis de serem notadas. Por exemplo: árvores com frutos na beira do rio e que estejam caindo na água, são uma indicação segura de bons pesqueiros. Árvores com flores são também uma boa indicação.  Plantas com suas folhas beirando a água são também uma boa dica e se o pescador amador perceber suas folhas roídas, como se estivessem cortadas por dentes, será um ótimo local. Nesse caso específico, é bom observar essa folhagem por algum tempo, pois se for a piracanjuba, teremos a oportunidade de ve-las saltando e cortando as folhas. No entanto, é bom lembrar que o pacu também tem o mesmo hábito. Para o pescador que dispõe de mais tempo, sem dúvida a ceva garante o melhor pesqueiro. Quando pescada, só apoite o barco se o local for de corredeira e com oportunidade para bater em vários lances. Caso contrário, tanto com iscas naturais como artificiais, o melhor mesmo é pescar de rodada. Evidente está que nas cevas construídas ou nas cevas naturais (árvores de frutos), deve-se pescar apoitado e no mais absoluto silêncio. No que se refere à esportividade da piracanjuba, podemos afirmar que está entre os mais cotados peixes de água doce. Quando fisgada, briga valentemente chegando mesmo a dar saltos espetaculares para fora da água, só se entregando quando completamente exausta. Por nossa observação e experiência, podemos afirmar ser o rio Paraná um dos melhores pesqueiros dessa espécie e onde encontraremos os maiores exemplares. Temos tido notícia também de boas pescarias em rios afluentes do Paraná e em diversos rios de Minas Gerais e Bahia. Só como curiosidade e para finalizar, é costume dos pescadores de Foz do Iguaçu usarem gomos de mexerica para a pesca da piracanjuba. Segundo eles, nessa região a mexerica em gomos é a melhor isca. 


Revista Aruanã Ed: 32 Publicada em 02/1993

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

DICA - OS DOIS ANZÓIS













Na pesca de praia, é muito comum o pescador usar dois anzóis em seu empate. Seria isso correto? Ou poderiam ser usados mais ou menos anzóis? Vamos descobrir juntos.



Praia rasa

Suponhamos que o pescador amador esteja, em sua pescaria de praia, usando o material certo, em todos os seus detalhes tais como varas, molinetes ou carretilhas, linhas, arranque, chumbo, anzóis e empates. Caso todos os materiais estejam corretos, é costume da grande maioria usar dois anzóis no empate. E aí fica a pergunta, porque dois anzóis e não um ou três anzóis? Essa pergunta tem algumas respostas, já que o número de anzóis depende da vontade do pescador. Dizer que ele está errado em usar um ou três anzóis não é correto. Mas vamos aos dois anzóis. 

Chicote com dois anzóis



A modernização dos equipamentos de pesca de praia trouxe-nos algumas novidades, e assim sendo o empate, ou se preferirem, o chicote, tem hoje alguns itens bastante importantes; os mais usados são os rotores, também chamados de engates rápidos. No empate, que costuma ter um comprimento de 80 centímetros (ou mais), colocamos uma linha mais forte e na ponta de cima um girador de tamanho médio. Por intermédio de nós especiais, colocamos nosso primeiro rotor a mais ou menos 20 centímetros do girador. Esse rotor, por mais segurança, fica solto na linha entre duas miçangas, num espaço de 3 a 5 centímetros. 









Rotores

Mais ou menos a 40 cm (não é regra), abaixo, colocamos o segundo rotor da mesma maneira. Finalmente, no fim do empate, um snap ou alfinete, onde é colocado o chumbo. A função dos rotores ou engates rápidos é facilitar a troca de anzóis durante a pescaria e também proporcionar maior segurança na briga com os peixes, além de manterem afastadas as pernadas dos anzóis da linha do empate. Uma pernada, ou se preferirem, a linha onde é fixado o anzol, costuma ter tamanho diversos, sendo que a pernada de baixo é sempre maior do que a pernada de cima. 




Betaras pegam melhor no anzol de baixo

O pescador mais experiente costuma levar várias pernadas com anzóis de vários tamanhos, que costuma ter 50 centímetros de comprimento, podendo então ser diminuídas na hora de coloca-las no empate. Mas ainda persiste a pergunta: porque dois anzóis? Pois bem: os dois anzóis são usados principalmente por permitirem a colocação de duas iscas. Isso é importante, já que, nos lances de praia, não é difícil uma isca cair no arremesso. Se fosse um só anzol, teríamos que recolher a linha e dar um novo lance. Esse é um motivo. O segundo motivo é que podemos, com dois anzóis, colocar iscas de dois tipos, como por exemplo, camarão num anzol e corrupto no outro, entre outras. 




 Praia de tombo

O terceiro motivo é que, dependendo dos peixes presentes na praia, algumas espécies andam em cardumes, e não é difícil fisgarmos dois peixes ao mesmo tempo. Mas aí o pescador amador poderia perguntar se três anzóis ou quatro anzóis não trariam mais peixes fisgados. Pode até ser, só que o tamanho do empate, nesse caso, teria que ser muito maior, e isso atrapalharia o lance. O quarto motivo é que, com dois anzóis, temos alturas diferentes das iscas na água. Explicamos. O anzol de baixo do empate, por ter a pernada maior, fica sempre rente a areia do fundo, e o anzol de cima fica mais livre e alto na água. 

Dublê de pampos galhudo



Isso é importante, já que algumas espécies de peixes, dependendo de sua espécie, pegam melhor no anzol de baixo, como é o caso de betaras, corvinas e bagres, entre outros. Já no anzol de cima, espécies como galhudos, pampos, paratis-barbudos e robalos, entre outros, preferem a isca mais solta ao sabor da água, e portanto, com mais movimento de atração. Ai estão portanto, alguns motivos que explicam o uso dos dois anzóis, comum em pescaria de praia, seja ela do tipo rasa ou de tombo. No que se refere às pernadas, o costume é usar uma linha que dê mais segurança no contato direto com o peixe. 


Corvina, também no anzol de baixo

Assim sendo, o recomendado é que a linha fique entre 0,30 e 0,45 milímetros. No que se refere à quantidade de pernadas deve-se fazer várias, e com tamanho de anzóis diferentes, que poderão ser trocados facilmente, caso o pescador comece a perder iscas e não fisgue peixes. Às vezes, os peixes pequenos costumam roubar muitas iscas quando o anzol que estamos usando é do tamanho maior. Nesse caso, já que temos o engate rápido e várias pernadas, trocamos rapidamente o anzol e vamos descobrir, na pescaria, quem é o “ladrão de iscas’. Para finalizar, fica apenas a pergunta: quantos anzóis você acha que deve usar na sua pescaria de praia? A reposta é sua.



Revista Aruanã Ed:65 Publicada em 10/1998