Porque voltar a escrever a Revista Aruanã, foi uma pergunta que vem me perseguindo há muito anos. Parei com a edição impressa por volta do ano de 2001, após 13 anos em atividade e com a revista em bancas de jornais. Hoje, 2014, portanto 13 anos depois, coincidência ou não pela data, resolvo voltar a escrever a revista Aruanã, agora na Internet, já que material fotográfico, vivência, experiência não me faltam. Nosso acervo fotográfico conta com mais de 11 mil fotos da atividade da pesca esportiva, meio ambiente e outros itens relativos, tanto do Brasil como de diversos países, por onde andei.
A pratica da pesca esportiva ou amadora pouco ou nada mudou em sua essência . Os peixes continuam os mesmos, com seus velhos hábitos, locais preferidos e iscas naturais ou artificiais. Os materiais de pesca mudaram sim, alguns mantiveram sua qualidade e outros mudaram para muito pior, com sua qualidade duvidosa. E a depredação? Essa sim, não continuou como estava e mudou para muito pior como a muito não se via. O Ibama continua o mesmo, omisso e inoperante nesse segmento. As leis, federais ou estaduais quando feitas, mostram o total despreparo de quem por direito as fazem. São em alguns casos tão absurdas, que é difícil acreditar em sua imparcialidade. E a pesca esportiva/amadora, continua a ser ignorada, apesar dos milhões de praticantes e nas mais diversas modalidades. E a defesa dos direitos desse pescador, quem é que faz? E essa era uma norma da revista Aruanã. Quem nos leu na época, sabe muito bem do que estou falando e de quantas lutas inglórias mantivemos contra as "nossas autoridades" responsáveis. Algumas vitorias e muitas derrotas contra a máquina burocrática governamental. Ai está portanto depois de muitas reflexões, o motivo de voltarmos a escrever e agora com uma aliada poderosa do nosso lado: a rede social. Existe muita mídia em torno da pesca amadora. São várias revistas, vídeos, programas de radio e tv entre outras. Mas, na minha opinião, falta aquele algo mais chamado de defesa de direitos. Escrever sobre peixes, iscas naturais/artificiais, equipamentos, dicas "milagrosas" descobertas por alguns é fácil. Difícil é dar a cara para bater e a ter a coragem de denunciar e enfrentar abertamente os poderosos do segmento. Acho que justifiquei o suficiente para mostrar o que me leva a escrever novamente sobre pesca amadora.Faço questão de manter a mesma pauta executada na Revista Aruanã durante anos. Mas em especial as nossas sessões de Correio e SOS Pescador, onde contávamos ativamente com a participação do leitor, era a que eu mais gostava. E elas vão começar ou continuar agora, a existir. Enquanto eu tiver forças para exercer a minha profissão de jornalista especializado em questões do meio ambiente, vou faze-lo e da melhor maneira que puder.
Tenho a certeza de que serei mais um bem intencionado dentro do citado segmento. E que Deus me ajude.
Grande abraço a todos e obrigado.
Antônio Lopes da Silva
Coragem, Credibilidade e Conhecimento, entre outras, sempre foram a essência da Revista Aruanã. É muito bom te-los de volta. Muito sucesso ao site e ao blog da Revista Aruanã. Parabéns pela iniciativa, sr. Antonio.
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