sexta-feira, 21 de agosto de 2015

DICIONÁRIO ARUANA PEIXES DO BRASIL - ROBALO























Amplamente difundida, a pesca do robalo reserva grandes emoções para o pescador amador, pois, além de brigador, o robalo possui carne de ótimo sabor, sendo muito apreciada.














Uma das espécies marinhas mais procuradas pelo pescador amador é sem dúvida o robalo. Não só pelo excelente sabor de sua carne, mas antes de tudo, pela esportividade de sua pesca, pois esse peixe, quando fisgado, briga como poucos, além de saltar espetacularmente para fora d’água. Em todo o mundo, são registrados mais de doze tipos diferentes de robalos. No litoral do Brasil, são encontrados apenas dois, vulgarmente conhecidos como “flecha” e “peva”. Cientificamente, são classificados como Centropomus undecimalis e Centropomus ensiferus, respectivamente. O “flecha” (undecimalis) atinge a 1,2m de comprimento chegando facilmente a 16 kg ou mais, enquanto o “peva” atinge no máximo 4 kg. A identificação do robalo, além do peso, é fácil, pois o flecha é mais comprido e tem sua nadadeiras ventrais amareladas. Já o peva é mais curto e chega a ter seu dorso quase preto. Apesar de ser um peixe do mar, o robalo procura os rios, enseadas e deltas do nosso litoral para sua alimentação e desova, sendo a melhor época para sua pesca os meses de dezembro a março. Neste período é que são fisgados os exemplares de maior peso. No entanto, sua pesca é produtiva em qualquer mês do ano.
Deve ser pescado sempre com a água do rio em movimento. Esse movimento das águas é determinada pela altura das marés que tanto pode ser de subida como de descida. As melhores marés (SP) são as de altura máxima de 1.4m na preamar e 0.50m na baixamar. Os pesqueiros de robalos são facilmente localizados em um rio. É só observar pedras, cercos velhos, embarcações afundadas, galhadas de árvores caídas, pilastras de pontes, etc. esses locais, onde se acumulam cracas, ostras e mariscos, são os preferidos pelo robalo, que também pode ser pescado de rodada, no meio do canal. Suas iscas naturais preferidas são o camarão, o pitu, o siri, o caranguejinho e peixes diversos, de preferência vivos. Quanto às iscas artificiais, vários tipos têm demonstrado sua eficácia, destacando-se entre eles as colheres e os plugs de superfície ou meia-água, nas modalidades de lance ou corrico. Quando se pesca com iscas naturais, recomenda-se usar um empate de mais ou menos 30 cm, com linha mais forte.
NR: Matéria publicada em abril/maio de 1989.

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