sexta-feira, 22 de abril de 2016

DICIONÁRIO ARUANÃ PEIXES DO BRASIL - CURIMBATÁ













Ao fisgar um curimbatá, o pescador amador não deve ter pressa para retirá-lo da água. A briga será divertida e durará bom tempo, já que o peixe só se entrega após ter ficado bem cansado.






Ao fisgar um curimbatá, o pescador amador não deve ter pressa para retirá-lo da água. A briga será divertida e durará um bom tempo, já que o peixe só se entrega após ter ficado bem cansado.


Cientificamente classificado como Prochilodus scrofa, o curimbatá não tem sua carne classificada como boa pelo fato de se alimentar no lodo, o que prejudica seu sabor, mas a esportividade que ele proporciona quando fisgado compensa sua pesca. Comum em nossos rios pode ser encontrado praticamente em todo o Brasil, existindo pelo menos duas dezenas de peixes diferentes desta espécie. Nas represas, sua pesca só é possível devido a peixamentos efetuados anteriormente. A fêmea desenvolve mais que o macho, atingindo cerda de 70 cm e quase 7 quilos de peso, contra menos de 3 quilos e 55 cm do macho. Curimbatá-da-lagoa, curimbatá-uvu, saguiru e soguaguá são sinônimos desse peixe de coloração prateada e muito ativo, já que chega a percorrer até 16 quilômetros em um dia quando em seu ambiente natural. A melhor época para sua pesca ocorre no período compreendido entre a primavera e o verão, mas podemos encontrar o curimbatá durante todo ano. Entre todos os peixes de água doce, é uma das espécies mais difíceis de serem fisgadas, sendo preciso muita sensibilidade do pescador para perceber o momento em que o peixe ataca a isca, o que se traduz em leve envergar da ponta da vara. Possui boca pequena, de onde proveio sua fama de “mamar” a isca antes de morder, estando exatamente nessa característica a dificuldade de fisgá-lo. A presença do curimbatá é inevitável nos locais onde se prepara uma ceva para piaus ou piabas, que pode ser constituída de milho, restos de comida ou mesmo sobras de queijo. Como iscas recomenda-se a tradicional massa de farinha (mandioca ou trigo), pequenos pedaços de queijo, minhocas, caranguejo e milho verde. O equipamento apropriado é o de categoria leve a média, usando-se vara simples ou vara com molinete ou carretilha, de ponta flexível, além da linha de bitola 0.30 a 0.45 mm e anzol de tamanho pequeno. O chumbo deverá ser o de formato oliva, variando seu peso de acordo com a correnteza do pesqueiro. 

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