sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DICIONÁRIO ARUANÃ PEIXES DO BRASIL - JAÚ



















Se fosse determinada uma classificação de peixes em relação a seu porte, certamente, o jaú estaria entre os “pesos pesados”. Vamos conhecer um pouco mais aquele que pode ser considerado o maior peixe do Pantanal.











Cientificamente denominado como Paulicea lutkeni, é um dos peixes que habitam tanto a Bacia Amazônica como a Bacia do Prata, da qual depende o Pantanal. Pode ser considerado o maior peixe do Pantanal, entretanto, na Bacia Amazônica tem como competidores a piraíba e o pirarucu. Pode atingir dois metros de comprimento e mais de 100 kg de peso. O jaú habita os poços mais fundos do rio e é aconselhável pescá-lo sempre embarcado, pois como barco solto a briga fica mais fácil. No entanto, quem se aventura nessa modalidade de pesca deve saber que algumas horas serão gastas – dependendo do tamanho do peixe – até que possamos vê-lo e apreciá-lo. O equipamento indicado para se pescar o jaú naturalmente é o de categoria pesada, englobando essa característica tanto a vara como a linha, além do anzol e da carretilha. Existem pescadores que costumam pescar esse peixe com linhadas de mão. Para isso será necessário usar uma “dedeira”, pois sem ela serão inevitáveis os profundos e dolorosos cortes nas mãos. Outro ponto importante: vários metros de linha, que deve ser de bitola 1.00 milímetro, devem estar disponíveis, para serem soltos na hora da luta. Entre as iscas preferidas do jaú estão a piramboia, o minhocoçu, e mais uma infinidade de peixes, tais como o curimbatá, a piaba e o cascudo, entre outros. Seus locais preferidos são os grandes remansos, e apesar de ser um peixe “liso”, ou de couro, as melhores horas para se tentar pesca-lo serão sempre ao alvorecer ou anoitecer, nesses locais. À noite, costuma deixar os “poções”, vindo para lugares mais rasos à procura de alimento. Sua carne é relativamente saborosa, sendo preparada na maioria das vezes em forma de charque ou então fresca, cozida. Em algumas regiões do Brasil, a população ribeirinha acredita que quem comer a carne do jaú terá erupções pelo corpo. Como dica para o pescador, é necessário que observemos que o jaú nunca abocanha a isca de uma só vez, costumando “mamar” antes de engolir. Portanto, a calma é fator essencial para que a fisgada ocorra oportunamente, ou seja, após o peixe engolir a isca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário