sexta-feira, 11 de agosto de 2017

OS PIONEIROS DA PESCA AMADORA NO BRASIL - CADOYA










Fundada em 1977, a Cadoya Náutica e Esportes Ltda. está hoje entre os maiores fabricantes de barcos e remos do Brasil. Vamos conhecer um pouco mais de sua história através de seu proprietário, Claudionor Guidini, personagem do Quem é Quem desta edição.






No início, a linha de fabricação da Cadoya era composta por estojos para a pesca e cabos de revolver. Com o passar dos tempos, Claudionor Guidini, seu proprietário, resolveu ampliar sua linha de produtos, e como protótipo, construiu um barco de madeira para seu próprio uso. Em suas pescarias, Claudio tinha por parte de outros pescadores demonstrações de real interesse em que se fizesse também para eles, um barco igual ao seu. Nasceram então as primeiras encomendas e hoje a Cadoya tem em sua linha 12 modelos de barcos em fiber glass, que vão desde barcos de 2,25m até o popular “chatão”, de 6m. Os barcos Cadoya têm características próprias, tais como robustez, qualidade, viveiros e bancos que servem como geladeira. Como novidade, estão sendo lançadas no mês de janeiro próximo, as “baleeiras” para a pesca e lazer. Esses barcos, que medem até 9m, estarão sendo comercializados em dois modelos, com ou sem cabine, podendo acomodar perfeitamente até 10 pescadores. Essas “baleeiras” são embarcações ideais para a pesca em alto mar. Uma grande parte dos produtos da Cadoya é também fabricada por encomenda das Forças Armadas do Brasil. Assim sendo, temos pontes móveis, remos, estojos para munição, etc. No entanto, os remos de todos os tipos são os produtos mais fabricados pela Cadoya. “Aliás” afirma Claudio, “hoje no Brasil, nós somos os únicos fabricantes de remos feitos em madeira, em mais de 18 modelos diferentes, que medem desde 0,6m até os enormes remos de 4m, usados em escaleres e em grandes embarcações.”


Publicidade da Cadoya na Revista Aruanã

Nossos remos, diz Claudio “passam por um processo de fabricação que vai desde a secagem da maneira em estufa até o acabamento final, tudo feito dentro da empresa. Seus formatos determinados são feitos em tornos copiadores, que copiam até 6 peças simultaneamente. Nossa produção chega a atingir 300 peças diárias e com isso podemos manter estoques para pronta entrega de todos os modelos. Já há interesse inclusive de fornecedores de remos para mercados como Portugal e Itália”. Mas quem é Claudionor Guidini pessoalmente? Paulista de Guarantã, ele tem como grande paixão a prática da pesca amadora. Pantanal e Bacia Amazônica são alguns de seus pesqueiros preferidos. No entanto é a Represa de Igaratá, nas proximidades de São Paulo, o seu pesqueiro de coração. É nesse local que Claudio passa praticamente todos os finais de semana, dando caça aos tucunarés. Seu interesse na conservação dessa represa é enorme e muitas vezes ele transporta com seu próprio barco os policiais da Florestal para quem possam punir aqueles que lá praticam a pesca predatória. O maior peixe fisgado por ele na água doce foi um pirarucu de 85 kg, pescado no rio das Mortes. Em água salgada, um cação de 100 kg, pescado em Parati no estado do Rio de Janeiro. Sua maior tristeza é lembrar que quando era criança, costumava pescar piavas, bagres e lambaris em sua cidade natal. Isso por volta de 1943. Hoje o rio Feio, nessa região, está completamente extinto e não há peixes. “Mas com certeza, se houver a união de todos os pescadores amadores, conseguiremos fazer deste país um paraíso de pesca para nossos filhos”, concluiu ele.


Publicado na Rev. Aruanã Ed:07 - outubro de 1988

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