domingo, 17 de dezembro de 2017

COMO ERA A REVISTA ARUANÃ EM SEUS PRINCÍPIOS



O nosso herói Zé Lambari





Infelizmente o nosso país hoje, passa por uma crise de corrupção nunca antes vista em qualquer pais, devido a sua dimensão, do mundo. Nunca é demais lembrar que honestidade não é virtude mas sim obrigação. Mas poucos pensam dessa maneira. E assim vamos vivendo, sempre com a esperança de que dias melhores virão. Só depende de cada um de nós.





A capa da Aruanã nº 1
A  4ª capa preta

Em publicidade, seja ela em que veículo for, o autor que a vende, tem uma tabela de preços, que deve ser respeitada e jamais diferenciada de um cliente para o outro. Quando eu comecei com a Revista Aruanã, eu tinha uma tabela de preços e vendia meus anúncios em formatos diversos, cada um com seu preço fixado. O “filé” da publicidade é a quarta capa, já que a primeira capa traz a foto ou desenho, com as citações de seu conteúdo. Porque isso acontece? A explicação é simples: a revista fechada só pode ficar em duas posições visíveis. A capa e a quarta capa, por isso o preço mais caro. Desculpem, mas vou dar um exemplo, sem querer ser o dono da verdade. 

   Um de nossos muitos serviços

Quando se fecha uma publicidade, tem que ter um contrato de AP (autorização de publicação) com todos os dados do anúncio, com preço, tamanho e assinado pelo vendedor e comprador. Feito isso, a publicidade contratada vai ser veiculada. Tal instrução deve ser obedecida para um cliente, seja ele uma pequena empresa ou uma grande empresa que contratou a publicidade por intermédio de sua agência de publicidade, que foi quem idealizou a publicidade de acordo com as características. Não deve haver nenhuma facilidade, como descontos ou “jeitinho” do mais barato, por ser um cliente especial. Não é justo nem direito com os demais clientes publicitários que anunciam em tal veículo. 


Nosso logotipo

Pois bem, humildemente, sem ser servil, ao lançar a Aruanã era eu quem vendia toda a publicidade a ser inserida no nosso número 1. Vendi a 4ª capa a um grande cliente. Quando estava com a revista fechada, recebi um chamado do tal cliente, dizendo que não iria pagar o preço contratado e sim um preço que ele achava “justo”. Não era o direito dele, mas respeitei. E fiz mais, por aquele preço, de acordo com minha tabela, ele tinha direito a uma página interna. Foi o que fiz e lancei a Aruanã, com a 4ª capa, totalmente em preto, (não dava mais tempo de vende-la) só com o nome de minha empresa no rodapé dessa página. O tal cliente esperneou bastante, mas viu que não ia adiantar e o pior, nunca mais ele voltou a ser a 4ª capa, pois ela sempre era vendida e fechado o contrato anual com outras empresas. 


Um de nossos diversos banners

Aliás, a bem da verdade, essa “empresa” fazia muitas dessas ações com seus fornecedores, prejudicando os mesmos, só para levar vantagens sobre os seus concorrentes. Outros clientes que vinham até nosso escritório e pediam desconto em nossa tabela de publicidade, mesmo sendo amigos, não o tinham. E, eu fazia mais, em vez de dar qualquer desconto, dava a primeira inserção na revista de graça mas dizendo ao cliente de que, e se, a publicidade desse o alcance que ele queria ao seu produto, as próximas edições ele pagaria o preço normal.  Simples assim e eu ganhava, na maioria das vezes, uma programação anual, ou seja, por seis edições e o mais importante: o respeito do cliente pela revista. Não mudamos uma vírgula em treze anos que a Revista Aruanã, publicou suas edições.

NOTA DA REDAÇÃO: Há muitos anos esse segredo eu guardo comigo, sem sequer me manifestar a respeito. O faço agora, ainda respeitando o direito de manter o nome de tal empresa em sigilo. O respeito que a mesma não teve comigo. Fiz minha obrigação. E isso aprendi em uma escola que foi meu grande mestre em jornalismo e publicidade: O Jornal da Tarde. Antonio Lopes da Silva



2 comentários:

  1. Parabéns Toninho! Ou se É... ounão se É !

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  2. Pois é meu amigo Reginaldo Calil Daher. Graças a minha formação, familiar e profissional, comigo sempre foi e com certeza foi isso o que motivou o sucesso da revista. TFA. Obrigado

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