Em uma pescaria no Pantanal, não há
nenhum pescador amador que vá pensando unicamente em pescar jurupocas. Como
todos, nós vamos atrás dos grandes peixes, que nos proporcionarão uma boa
briga, além de poses para fotos, como atestar nossa habilidade de grandes pescadores.
Porém, como cego é aquele que não quer ver, em qualquer rio do Pantanal, da
Amazônia ou ainda em diversos rios formadores da Bacia do Prata, ali está a
jurupoca, afim de nosso anzol. O melhor horário para sua pesca é no entardecer
e mesmo à noite, sendo os locais preferidos por este peixe as praias de areia,
junto a barrancos altos e em poços de rio junto às margens. As melhores iscas
são os pequenos peixes, tais como lambaris, piquiras, saguirus, etc. Em se
localizando um dos locais descritos acima, o pescador deverá jogar seu anzol
que pode se 2 ou 3/0, não muito longe da margem. Se existirem jurupocas no
local, a fisgada é imediata e forte. Esse peixe costuma por a isca na boca e
sair imediatamente, o que torna muito fácil a sua fisgada. É um valente
brigador, proporcionando, quando se está usando um equipamento leve, uma briga
boa e limpa. Particularmente, aconselhamos linha de no máximo 0,40mm molinete
ou carretilha pequenos e varas flexíveis.
Na pescaria, se pegando alguns peixes e se logo após a ultima
fisgada, demorar muito para um novo peixe, é aconselhável mudar-se de lugar,
procurando um novo pesqueiro que se encaixe nas características descritas. Sem
medo de errar, podemos afirmar que a jurupoca é, no sabor, um dos melhores
peixes de nossos rios, além de também seu aspecto ser muito bonito. Suas cores
são comuns de sua espécie, ou seja, um amarelo pardo, barriga branca, com
manchas pretas espalhadas pelo corpo. Uma curiosidade interessante é que logo
que a jurupoca sai da água, parece que é transparente, tal é a limpeza de seu
corpo. Peixe de couro, apresenta sua carne completamente branca.
Cientificamente é conhecida como Hemisorobim platyrhynchus. Conforme
a região do Brasil, também é conhecida como boca-de-colher, braço-de-moça,
jeripoca, jerupoca, jerupensén e mandiaçu. O nome jurupoca é indígena e
significa “iuru” = boca; “poca” quebrada, arrebentada. Em alguns locais já
foram fisgados exemplares de 4 e 5 kg, podendo estes serem considerados os
pesos máximos que sua espécie pode atingir.
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