Uma das espécies marinhas mais
procuradas pelo pescador amador é sem dúvida o robalo. Não só pelo excelente
sabor de sua carne, mas antes de tudo, pela esportividade de sua pesca, pois
esse peixe, quando fisgado, briga como poucos, além de saltar espetacularmente
para fora d’água. Em todo o mundo, são registrados mais de doze tipos diferentes
de robalos. No litoral do Brasil, são encontrados apenas dois, vulgarmente
conhecidos como “flecha” e “peva”. Cientificamente, são classificados como Centropomus undecimalis e Centropomus ensiferus, respectivamente.
O “flecha” (undecimalis) atinge a
1,2m de comprimento chegando facilmente a 16 kg ou mais, enquanto o “peva” atinge no máximo 4 kg. A
identificação do robalo, além do peso, é fácil, pois o flecha é mais comprido e
tem sua nadadeiras ventrais amareladas. Já o peva é mais curto e chega a ter
seu dorso quase preto. Apesar de ser um peixe do mar, o robalo procura os rios,
enseadas e deltas do nosso litoral para sua alimentação e desova, sendo a
melhor época para sua pesca os meses de dezembro a março. Neste período é que
são fisgados os exemplares de maior peso. No entanto, sua pesca é produtiva em
qualquer mês do ano.
Deve ser pescado sempre com a água do rio em movimento. Esse
movimento das águas é determinada pela altura das marés que tanto pode ser de
subida como de descida. As melhores marés (SP) são as de altura máxima de 1.4m
na preamar e 0.50m na baixamar. Os pesqueiros de robalos são facilmente
localizados em um rio. É só observar pedras, cercos velhos, embarcações
afundadas, galhadas de árvores caídas, pilastras de pontes, etc. esses locais,
onde se acumulam cracas, ostras e mariscos, são os preferidos pelo robalo, que
também pode ser pescado de rodada, no meio do canal. Suas iscas naturais
preferidas são o camarão, o pitu, o siri, o caranguejinho e peixes diversos, de
preferência vivos. Quanto às iscas artificiais, vários tipos têm demonstrado
sua eficácia, destacando-se entre eles as colheres e os plugs de superfície ou
meia-água, nas modalidades de lance ou corrico. Quando se pesca com iscas
naturais, recomenda-se usar um empate de mais ou menos 30 cm, com linha mais
forte.
NR: Matéria publicada em abril/maio de 1989.
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