O nome científico do cherne é Epinephelus niveatus, e
pertence à família dos Serranidae. Peixe do mar, ainda há
quem o confunda com a garoupa ou o mero. No entanto, é um peixe completamente
distinto. Seu corpo apresenta uma coloração de um tom que podemos classificar
como “chocolate”. Espécie bastante comum em todo o litoral brasileiro, pode ser
classificado como um peixe de alto mar, devendo ser pescado no fundo. Sua pesca
deve ser tentada, além de em locais profundos, em lugares lodosos. De
preferência com o barco apoitado. O material a ser usado é, sem dúvida, o de
categoria pesada, com linha de bitola acima de 0.70mm, carretilha e anzol de
bom tamanho, sendo aconselhável o de número 10/0. A vara deve ser firme e
resistente, com comprimento máximo de 2 metros, já que esta é uma pesca
embarcada, e um comprimento de vara superior a este acaba atrapalhando os
outros companheiros no barco. Uma prática bastante comum dos pescadores quando
estão usando a sardinha como isca é usar três ou quatro delas de uma só vez,
fisgadas pelos olhos. Uma característica muito especial do cherne é que ele
costuma “embuchar” a isca de uma vez, sendo violenta a sua puxada e
consequentemente também sua briga, o que constitui um grande desafio para o
pescador amador. Suas iscas preferidas são os pequenos peixes, tais como as
sardinhas e os paratis. Costuma pegar também em camarões e lulas. Também há
pescadores que utilizam para a pesca do cherne o siri e o caranguejo, devendo
estes serem conservados vivos para um melhor resultado. Sua carne é de
excelente sabor, podendo ser saboreada frita, ensopada e mesmo assada, para
exemplares de pequeno tamanho. O cherne atinge peso e proporções muito grandes,
passando facilmente de 100kg de peso e 2m de comprimento. Um dos recordes
registrados desse peixe data de abril de 1973, e nos dá conta de um exemplar de
122,5kg capturado na cidade de Cabo Frio, no litoral fluminense. Conforme a
região do Brasil, recebe ainda outro nomes. Assim o cherne é também conhecido
como: cherne, cherne-preta, cherneta ou chernota (jovem), mero-preto e
sirigado-cherne.
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