O nome científico do apapá é Pellona castelnean, espécie pertencente à família Clupeidae. Também
conhecido como “sardinha-de-água-doce”, este peixe é considerado por alguns
estudos como tendo carne pouco apreciada, já que segundo afirmam os mesmos
estudos, sua carne possuiria sabor adocicado e muitas espinhas. Como o próprio
pescador poderá comprovar, trata-se de um engano, pois essa espécie conta com
um número de espinhas igual ao encontrado em outras de seu porte e padrão; e a
carne, muito semelhante à da anchova, é de excelente sabor. O apapá apresenta
corpo alongado, com coloração amarelo-dourada e pode atingir até 45 cm de
comprimento. Ocorre na Bacia Amazônica, e os melhores pesqueiros serão os lagos
que tenham junção com o rio principal, desembocaduras, barrancos e junto à
vegetação nas margens. É um peixe muito esportivo, que proporciona uma boa
briga quando fisgado. A pesca será mais produtiva quando o nível dos rios
estiver alto, mas pode-se fisgar essa espécie durante todo o ano, optando-se
por buscá-la nas corredeiras quando o rio estiver baixo. O material recomendado
é o de categoria leve/média, vara com molinete ou carretilha, linha de bitola
entre 0,30 e 0,45mm e anzóis 1/0 a 3/0. Boas opções de iscas naturais serão os
pequenos peixes, insetos, rãs, pitus e caranguejos. As artificiais recomendadas
são as colheres, jigs, spinners e plugs com ação de superfície e meia água. A
desova ocorre no período de outubro a janeiro, e devido ao curioso fato de
expelir fezes ao ser retirado da água, o apapá é vulgarmente chamado de
“cagona”, além de ser também conhecido como “sardinha-grande” e “sardinhão”.
Nota da Redação: Quando estivemos lá no rio
Guaporé, em companhia do pessoal da Ligue Pesca, fisgamos alguns apapás. Ao
trazer os peixes para o hotel, os piloteiros diziam que esse peixe era ruim de
comer. Mas, quando voltávamos no local onde os peixes eram eviscerados, não
víamos nenhum apapá. Aquilo nos chamou a atenção e pedimos então que limpassem
um para nós. Temperamos o peixe com sal e limão e mandamos fritá-lo em postas.
Na hora do jantar, ao comer o primeiro apapá, constatamos que seu gosto era
igual ao da anchova do mar. E mais, lá os piloteiros o chamavam (na época) de “peixe
banana”. Tive o cuidado de trazer um no gelo para São Paulo, para que o Prof.
Dr. Heraldo A. Bristski o identificasse e cuja identificação se deu apenas em
olhar o peixe e dar o diagnóstico: APAPÁ. Sem mais comentários.
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Que legal...
ResponderExcluirFalou Jovi: Muito obrigado pela sua participação. Isso sim é que é legal. Abraço e obrigado
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