Muitos pescadores não gostam da corvina marítima devido ao
que se convencionou chamar de “maresia”, que deixa em sua carne cheiro e gosto
fortes. A despeito disso, é de fácil captura e está disponível durante todo o
ano. Conheça mais sobre esta espécie.
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A corvina do mar
ocorre desde as grandes Antilhas e costas do Brasil até a Argentina, sendo
bastante abundante no litoral gaúcho. Trata-se se espécie euri-halina, ou seja, pode se transferir de água salgada para a
água doce e vice versa. É um peixe de águas pouco profundas, e na época da
desova procura os rios de litoral, onde inclusive os filhotes são criados. Seu
nome científico é Micropogonias furnieri
e possui muitos sinônimos tais como: corvina-crioula, corvina-marisqueira,
corvineta, cururuca, murucaia, entre outros. Alguns a chamam de “pescada
listrada” devido a seu parentesco com a pescada, mas sua carne é considerada
inferior, pois apresenta cheiro de ácido fênico, cuja origem é atribuída à sua
alimentação ou então a certa fase da reprodução, sendo que tal característica
ainda não está suficientemente explicada. Atinge em média 70 cm de comprimento
e 3kg de peso e se alimenta de pequenos peixes e crustáceos. A corvina do mar
não é um peixe exigente em matéria de iscas, pegando bem em pedaços de camarão,
files de sardinha ou parati e manjuba, além de atacar também caranguejos,
siris, mariscos, sarnambis, saquaritás e tatuíras. Os melhores locais para sua
pesca são as praias, costões, foz de rios e canais do litoral ou de alto mar.
Pode ser pescada durante todo o ano, mas a partir de agosto seu melhor
pesqueiro é a praia, e na primavera os canais. Como costuma andar em cardumes,
pode-se usar dois ou três anzóis na linha, sendo comum pegar-se mais de um
exemplar no mesmo lance. O equipamento mais indicado para a pesca desta espécie
é constituído de material leve a médio, podendo usar-se vara com molinete ou
carretilha, linha de bitola entre 0.35 a 0.50mm, anzol médio e tipo oliva
quando se tratar de pesca em canal e tipo
pirâmide nas praias. A corvina do mar não é espécie de muita briga.
Quando pescada, é necessário que seja logo conservada em gelo e não se deve
guarda-la por muito tempo porque tende a se deteriorar com facilidade.
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