Além de seu formato
bastante característico, uma estrela-do-mar sempre chama a atenção pelo encanto
que desperta. Atualmente, são conhecidas cerca de duas mil espécies vivas, além
de trezentos fósseis.
A estrela-do-mar é um animal marinho,
pertencente à família dos equinodermos, que se divide em uma enorme quantidade
de subespécies, as quais distinguem-se entre si de acordo com a quantidade de
braços que apresentam. Em geral, a maioria das estrelas que são encontradas
frequentemente possui cinco braços, mas existem espécies que chegam a ter vinte
e cinco, além de outras mais raras, com cinquenta braços. Muitas
estrelas-do-mar possuem formas perfeitamente geométricas e mesmo bizarras, o
que contribui para torná-las ainda mais interessantes. Seu corpo é revestido de
espinhos calcários e conta com numerosos e finíssimos pedúnculos, em cujas
extremidades existem ventosas, cuja finalidade é possibilitar a fixação do
animal em superfícies de sua escolha, onde permanece a fim de espreitar e
capturar alimentos, sendo que estes muitas vezes atingem tamanhos
consideráveis. Aparentemente complexo, o mecanismo de locomoção desses animais
baseia-se na comunicação de uma placa, localizada em seu dorso, com um canal
que lhe atravessa o corpo. Quando quer andar, o animal injeta água em vasos
situados na face ventral, cujas ramificações terminam nos numerosos pedúnculos
de seus braços, que se distendem e logo se fixam por meio das ventosas. Em
seguida, por meio de contrações musculares dos mesmos pedúnculos, a
estrela-do-mar se movimenta, de maneira que parece estar “arrastando” seu corpo
na direção desejada. Apesar deste animal pertencer à fauna característica das
águas profundas do mar, às vezes acontece ser encontrado na praia, já morto ou
ainda preso nas malhas das redes de pescadores de arrastão. A pesca
profissional vitima inevitavelmente um grande número de estrelas, assim como
outros animais do mar, já que juntamente com o pescado apanhado em uma rede,
vêm também muitos outros organismos marinhos “sem valor comercial”, os quais
geralmente não são devolvidos à água nessas ocasiões devido ao descaso dos
pescadores profissionais ou simplesmente pelo fato de já estarem mortos quando
a rede é recolhida. Normalmente, a estrela-do-mar, quando morta, pode ser
utilizada como um belíssimo artefato decorativo. Há também uma peça de
esqueleto adjacente à sua boca que, quando partida, libera uma linda e
complicada jóia calcária, cuja singularidade e delicadeza são realmente
notáveis. A esta jóia os antigos compêndios zoológicos denominaram “lanterna de
Aristóteles”. Na verdade, a curiosa estrutura constitui nada mais do que o
aparelho mastigatório da estrela-do-mar.
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