A descrição cientifica da
albacora, segundo os livros, deixa algumas dúvidas, já que alguns a colocam na
família dos atuns, ou seja, Thunidae
e outros na família dos bonitos, cavalas e sororocas, ou seja, Escombrídeos. Se
optarmos pelos atuns, vamos chama-la cientificamente de Parathunnus obesus; já se optarmos pelos bonitos, vamos chama-la de
Germo alalonga.Deixando as dúvidas de
lado, e partindo-se para a descrição de quem já pescou esse peixe, pode-se
dizer que a mesma tem o corpo alongado e o dorso é de um azul escuro e a
barriga branca. Sua boca é pequena em comparação ao corpo. A nadadeira dorsal é
dupla, sendo a segunda, assim como a anal, seguida de pínulas até o pedúnculo
caudal. A segunda nadadeira dorsal, bem como a anal, possuem pontas longas.
Pode atingir facilmente um metro de comprimento e mais de 30 quilos de peso.
Costuma andar em cardumes e neste caso, em uma embarcação é comum fisgar-se
várias albacoras ao mesmo tempo. O melhor sistema de pesca-la é de corrico e as
iscas artificiais de barbela longa, tais como as Rapalas CD Magnum, tamanho 11,
14 e 18, são praticamente insubstituíveis. No sistema de corrico, pode-se usar
até quatro varas, e as iscas devem obedecer distâncias entre 20 a 50 metros da
embarcação. A velocidade ideal para corricar (dependendo das condições do mar)
seria entre 4 e 6 nós, aproximadamente de 8 a 12 quilômetros/hora. Insistimos
em dizer que as cores de isca não são de maior importância, sendo certo porém
usarmos no caso de 4 varas, 4 cores diferentes nas iscas. A dica é que no segundo
peixe fisgado, se for na mesma cor de isca, temos então a cor ideal. Cuidado,
já que durante o dia, poderá essa cor ser mudada, e percebida pois os peixes
param de fisgar, Neste caso volte a corricar com todas as cores disponíveis e
novamente observe onde começar a fisgar novamente. Um costume que se observa às
vezes, refere-se que em cardumes, as albacoras quando acham alimentação fácil,
costumam pular para fora da superfície, denunciando sua presença. Sua área de
atuação é em todo o Atlântico e no Brasil, sua presença mais marcante no
nordeste, principalmente entre os estados do Rio Grande do Norte até a Bahia.
Podemos pesca-la em todo o ano, sendo que nos meses entre outubro e fevereiro,
sua presença é mais garantida. Prefere ainda temperatura de mar oscilando entre
23 a 29 graus. Segundo Von Ihering, em seu livro Dicionário de Animais do
Brasil, podemos ler em uma pescaria de albacoras que chega, pela sua forma de
descrição, a ser poética. Vejamos. “Da popa da embarcação, que não cessa de
velejar em todos os sentidos, são lançadas duas linhas munidas de anzóis
especiais, com isca de sardinha ou pirá. Cerca de 60 braças de cada linha são
arrastadas pela embarcação, ficando disponíveis a bordo 40 ou 50 braças. Cada
uma dessas linhas é manobrada por um pescador, que a prende à cintura com um
laço falso, de modo a desfazer-se quando o peixe ferra no anzol. Nesse momento
o mestre faz panejar a embarcação, desenrolando-se durante a manobra a linha
disponível no barco, isto para não forçar o peixe. Colhida a albacora, continua
a faina enquanto há luz solar, sendo possível uma só embarcação colher de 50 a
80 peixes por dia”. Bons tempos. Conforme a região do Brasil é conhecida a
albacora pelos sinônimos de: Alvacora, Atum-branco, Bandolim, Cororocoatá e
Albacore.
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