Se fosse determinada uma classificação de peixes em relação a
seu porte, certamente, o jaú estaria entre os “pesos pesados”. Vamos conhecer
um pouco mais aquele que pode ser considerado o maior peixe do Pantanal.
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Cientificamente denominado como Paulicea lutkeni, é um dos peixes
que habitam tanto a Bacia Amazônica como a Bacia do Prata, da qual depende o
Pantanal. Pode ser considerado o maior peixe do Pantanal, entretanto, na Bacia
Amazônica tem como competidores a piraíba e o pirarucu. Pode atingir dois metros
de comprimento e mais de 100 kg de peso. O jaú habita os poços mais fundos do
rio e é aconselhável pescá-lo sempre embarcado, pois como barco solto a briga
fica mais fácil. No entanto, quem se aventura nessa modalidade de pesca deve
saber que algumas horas serão gastas – dependendo do tamanho do peixe – até que
possamos vê-lo e apreciá-lo. O equipamento indicado para se pescar o jaú
naturalmente é o de categoria pesada, englobando essa característica tanto a
vara como a linha, além do anzol e da carretilha. Existem pescadores que
costumam pescar esse peixe com linhadas de mão. Para isso será necessário usar
uma “dedeira”, pois sem ela serão inevitáveis os profundos e dolorosos cortes
nas mãos. Outro ponto importante: vários metros de linha, que deve ser de
bitola 1.00 milímetro, devem estar disponíveis, para serem soltos na hora da
luta. Entre as iscas preferidas do jaú estão a piramboia, o minhocoçu, e mais
uma infinidade de peixes, tais como o curimbatá, a piaba e o cascudo, entre
outros. Seus locais preferidos são os grandes remansos, e apesar de ser um peixe
“liso”, ou de couro, as melhores horas para se tentar pesca-lo serão sempre ao
alvorecer ou anoitecer, nesses locais. À noite, costuma deixar os “poções”,
vindo para lugares mais rasos à procura de alimento. Sua carne é relativamente
saborosa, sendo preparada na maioria das vezes em forma de charque ou então
fresca, cozida. Em algumas regiões do Brasil, a população ribeirinha acredita
que quem comer a carne do jaú terá erupções pelo corpo. Como dica para o
pescador, é necessário que observemos que o jaú nunca abocanha a isca de uma só
vez, costumando “mamar” antes de engolir. Portanto, a calma é fator essencial
para que a fisgada ocorra oportunamente, ou seja, após o peixe engolir a isca.
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