Desabou!
Mais uma vez Ilha Comprida foi notícia na mídia
nacional. E, mais uma vez, com notícias que desabonam o lugar que escolhemos
para viver, como se aqui fosse um lugar perigoso, sujeito as alterações climáticas
entre outros problemas parelhos ao assunto. Esses desabamentos de casas ou
outros tipos de construção, no caso recente uma pousada, prejudicam e muito a
imagem tranquila e pacifica da nossa Ilha Comprida. O interessante é que todo
esse alarde não é primário, já que desabamentos são até comuns, pela sua
constância, no norte da Ilha, causados pela ação das marés. Esse mesmo norte é
declarado como APA, ou seja, Área de Proteção Ambiental, onde nada se pode
fazer ou mesmo frequentar. Estamos dentro da reserva citada no Decreto Estadual
nº 30.817 de 30/11/1989. E mais, agora também somos citados em um Plano de Manejo
conhecido como APACIP – Área de Proteção Ambiental Cananeia, Iguape e Peruíbe.
Esse ultimo da lavra da Fundação Florestal e agora fortalecida essa autoridade
estadual, pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação e da Biodiversidade,
uma autoridade federal, que assina também o citado Plano de Manejo. Como nós
moradores, não vamos conseguir aprovar/criar nenhuma lei, decreto ou uma
simples portaria de nossa autoria, podemos sim, pela nossa inércia em
determinar medidas protetoras, pedir, ou melhor, exigir que tanto a Fundação
Florestal como o ICMBio, providenciem urgente uma lei, ou seja, lá o que for
que proteja nossa Ilha Comprida, já que as ressacas marítimas estão diminuindo
a extensão da nossa ilha, que antes era de 74 quilômetros de extensão. Se a
Ilha Comprida é uma área de proteção ambiental, que quem assim a classificou, a
defenda, já que é sua obrigação então, preserva-la.
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