GUAIÁ
Muitas são as iscas naturais para se pescar nos costões de
mar. O caranguejo que mostramos nesta postagem, pode ser considerado como uma
das melhores, principalmente se estivermos tentando fisgar algum peixe “das
pedras”, em seu habitat rotineiro.
![]() |
Foto Aruanã
|
![]() |
Desenho R.Von Ihering
|
Sob o nome caranguejo na acepção ampla, designa todos os
crustáceos Decápodes brachyuros, isto
é, crustáceos com 5 pares de pernas e abdome completamente dobrado por baixo do cefalotórax,
que é a parte central do corpo revestida em cima por uma carapuça redonda, oval
ou quadrada. São pela maior parte marinhos; poucos gêneros vivem também na água
doce. Poderíamos parar por aqui e encerrar esse capítulo. Porém lemos uma discrição
de Von Ihering, deliciosa pela sua simplicidade, lirismo e bom humor. Diz ele: (sic) “Os
caranguejos alimentam-se em parte de caça, e bastante ágeis e astuciosos são
eles para poderem pegar muita caça viva; mas predileção maior tem pelas
carniças e por toda a sorte de detritos, pelo que podem ser considerados como
sendo pequenos ‘urubus’ do mar. Segundo nos informa o Dr. A. Neiva, no
recôncavo baiano o povo vai fachear os caranguejos quando estes andam ao atá. O modismo brasileiro, ou
propriamente nortista andar ao atá, foi
extensa e meticulosamente estudado por João Ribeiro (A língua Nacional, 1921,
pág. 163). A expressão corresponde mais ou menos às formas portuguesas: andar à
toa ou às tontas”.
E mais: (sic) Caranguejo não é peixe –
Caranguejo peixe é; Se caranguejo não fosse peixe – Não nadava na maré!
NR: Em tupi-guarani Atá significa, aliás, simplesmente
andar, caminhar. São denominações genéricas do caranguejo o guaiamu, guaiá,
santola, espinaré, siri, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário