Classificada na categoria dos bagres – pois trata-se de um
peixe de couro – a mandijuba é encontrada em todo o Brasil. São muitos os
pescadores que a consideram uma excelente opção para a pesca, bem como para a
mesa.
Peixe de hábitos noturnos, e tendo portanto sua pesca mais
produtiva neste horário, a manbijuba é bastante comum nos rios brasileiros. Sua
coloração exibe tons avermelhado-escuro, no entanto, o fator que melhor
propicia e distinção deste peixe são as manchas arredondadas que possui na cor
preta. Sua carne é de excelente sabor, diferenciado-a dos demais tipos de
bagres, já que esta não possui o tradicional “gosto de barro”, sendo a maneira
mais tradicional de degusta-la a forma ensopada, sendo que alguns pescadores
chegam a classificar a mandijuba como sendo o peixe de melhor carne entre os
peixes de rio. Com comprimento registrado de até 50 centímetros e peso máximo
de dois quilos e meio, deve ser pescada com linha um pouco mais grossa, como
por exemplo a de bitola 0,40 mm. Suas iscas preferidas são o minhocoçu, a
tradicional minhoca, pedaços de fígado e ainda pequenos pedaços de lambari. Os
melhores pesqueiros da mandijuba são os grandes poços, já que é um peixe de
rio, poços onde se formam remansos, os poços em final de corredeiras e ainda
junto a barrancos altos das margens dos rios. Sua área de atuação conforme já
citamos, é em todo o Brasil, sendo exemplo no estado de São Paulo os melhores
rios para pesca-la aqueles que compõe a Bacia do Prata, a saber: Rio Paraná,
Paranapanema, Itapetininga, Feio e Tiête, entre outros. A “puxada” da
mandijuba, a exemplo de outros peixes de couro, é firme e contínua, não sendo
necessária a pressa em fisga-la, já que este peixe costuma “embuchar” a isca.
Por este motivo é comum alguns pescadores armarem diversas linhadas de espera,
o que garante o sucesso, em número de peças, na pescaria. Um outro hábito da
mandijuba é frequentar cevas feitas para outros peixes, pois ali elas vão a
procura de pequenos peixes que vão se alimentar da ceva. Portanto, em locais
onde existam cevas, durante o dia pesca-se outros peixes, mas ao anoitecer o recomendável
é mudar a isca, pois será inevitável o encontro com as mandijubas, cujo nome
científico é Pimelodus maculatus. Ao
fisgar uma mandijuba, será necessário se observar alguns cuidados, pois esse
peixe tem como arma de defesa poderosos ferrões, em número de três, sendo dois
nas nadadeiras laterais e um na nadadeira dorsal. Perdendo apenas alguns
segundos a mais, deve-se cortar esses ferrões, o que pode ser feito com um
alicate de corte, podendo então o peixe ser manuseado sem perigo algum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário