A Lula está presente em praticamente todo o litoral
brasileiro. É uma excelente opção de alimento, pouco aproveitado no Brasil, mas
tratado como verdadeira paixão em vários países do mundo.
Em alguns
países como o Japão, Portugal (onde é conhecida como “choco”) e Itália, esse
molusco é verdadeira paixão, não só na pesca amadora como também na culinária.
Aliás, vem da Itália o sinônimo “calamares”, ou se preferirem “calamaio”, nome
pelo qual a lula é conhecida inclusive em trabalhos científicos. No Brasil existem
três tipos identificados de lulas, cujos nomes científicos são: Loligo brasiliensis (que se caracteriza
pela feição da siba, parecida com uma pena de galinha, transparente), Loliguncula brevis e Ommastresphes
bastrani, sendo esta ultima considerada como lula argentina por ser
encontrada com maior frequência no sul do Brasil. A aparência desses três tipos
apresenta pouca diferença, e portanto a lula pode ser descrita como tendo o
corpo alongado, com quatro pares de tentáculos e um par de tentáculos mais fino
e longo.
R.Von Ihering
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Uma outra curiosidade dessa espécie é o fato de possuir um “reservatório”
de tinta escura, a qual é expelida quando ela se sente ameaçada, a exemplo dos
polvos, só que em menor quantidade. Aliás, essa tinta, quando industrializada,
serve realmente como material de pintura. Seu habitat preferido e onde é mais
encontrada são os fundos com cascalho e preferencialmente junto a ilhas,
costões e parcéis razoavelmente abrigados, ou seja, com águas mais calmas.
Podem ser avistadas tanto durante o dia como a noite. Neste ultimo caso, os
cardumes de lulas são facilmente avistados por se tornarem fluorescentes em
seus movimentos É um espetáculo muito bonito ver aqueles pontos brilhando sob a
superfície do mar. A profundidade dos cardumes podem variar e um exemplo disso é
que no Japão chegam a pesca-las em profundidades de até 120 metros. No Brasil
não se tem notícias de lulas nesses locais, pois são poucos os pescadores habituais
de lulas, que tentaram pescar a tais profundidades.
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