sábado, 4 de março de 2017

DICIONÁRIO ARUANÃ PEIXES DO BRASIL - RONCADOR







Nada há de especial neste pequeno peixe, no que se refere à esportividade ou às grandes brigas. No entanto, sua presença é garantida em todo o litoral.
















O nome vulgar “roncador”, para este peixe que pertence à família dos Pomadasydae e recebe o nome científico de Conodon nobilis, talvez seja devido ao simples fato de que, quando fisgado, emite ruídos que parecem roncos, através de sua faringe. O roncador apresenta como coloração principal o dorso amarelado, e sua principal característica são as oito faixas escuras e transversais ao corpo. No estado de São Paulo, alguns pescadores costumam chama-lo também de “português de pijama”, talvez pelo ronco e pelas faixas escuras. Aliás, sinônimos é o que não lhe faltam, já que, dependendo da região do Brasil, recebe nomes tais como: canarinho, coró, coró-amarelo, coroque, ferreiro, maria-luiza, pargo-branco e até o delicado “mademoseille”. Sua pesca pode ser considerada leve, já que o roncador dificilmente ultrapassará o tamanho de 30 centímetros e o peso de meio quilo. Costuma frequentar praias, costões, rios e canais do litoral e alto mar. Para a pesca amadora é interessante, já que costuma andar em cardumes. Linhas de pesca na bitola 0,20 a 0,35 milímetros e anzóis 2,4, 6 e 8 serão mais do que suficientes para sua pesca. Bom de boca, fisga nas seguintes iscas naturais: filé de sardinha ou parati, camarão, lula, caranguejo, saquaritá, marisco, tatuíra, sarnambi e corrupto. Sua distribuição geográfica se dá desde os Estados Unidos até o sul/sudeste do Brasil. Apesar de se poder pesca-lo durante todo o ano, sua melhor época será sempre na primavera e verão, quando conseguiremos fisgar mais peixes. Este roncador que aqui estamos abordando é exclusivamente habitantes de águas marinhas, já que em água doce existem ouras duas espécies que, apesar de terem o mesmo nome, são de famílias e nomes científicos completamente diferentes. Esses roncadores de água doce habitam rios como o São Francisco, Negro, Guaporé e Tocantins, e têm certa semelhança nas cores e faixas, daí talvez o fato de receberem o mesmo nome vulgar. Na pesca do roncador marítimo, costuma-se usar dois anzóis no chicote, o que, por diversas vezes, ocasiona a possibilidade de fisgar-se dois peixes ao mesmo tempo, fato este que denuncia sua presença em cardumes e que torna sua pesca bastante produtiva. 

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