Existem várias espécies de pargos. Neste artigo, vamos nos fixar
especialmente em duas, que são as mais comuns em nosso litoral e que estão ao
alcance de nossos anzóis.
Um dos pargos do nosso litoral recebe o nome científico de Lutjanus
purpurense e pertence à família Lutjanidae. É muito comum no
nordeste do Brasil, principalmente na região entre o Ceará e o Rio Grande do
Norte. Normalmente é capturado com linha de fundo e sardinha como isca. A
melhor época para sua pesca é de outubro a dezembro. Caracteriza-se por ter o
contorno da nadadeira anal angular, e o perfil do focinho à nuca reto e
abrupto. A boca é rosa-clara, e há uma mancha preta na base e na axila das
nadadeiras peitorais. O macho atinge 68cm de comprimento total e a fêmea 85cm,
com um peso médio de 3,5kg. O sinônimo mais comum para esse tipo de pargo é
pargo-cachuco, como é como é conhecido principalmente na região de Pernambuco.
A outra espécie de pargo, e a mais comum, é a que recebe o nome científico de Pagrus
pagrus. Sua família, diferentemente do pargo anterior, é a dos Sparidae.
Sua área de atuação é desde os Estados Unidos até a Argentina. Sua
captura também é feita com linha de fundo, mas às vezes encosta em ilhas e
costões. Atinge peso de até 8kg, com 70cm de comprimento total. Segundo
pesquisas, já foi encontrado em profundidades de 800 metros. Seu colorido é
avermelhado, com reflexos dourados e ponto azulados. As nadadeiras são
amarelas. Suas principais iscas são o camarão, siris, caranguejos, sardinha e
lulas, entre outras. Seus sinônimos mais conhecidos são: pargo, pargo-liso (PE)
e pargo-roséo (RS) Essas discrições correspondem às espécies mais comuns em
nosso litoral, mas em algumas bibliografias vamos ainda encontrar nome como
pargo-boca-negra, pargo-branco, pargo-mirim, pargo-mulato e
pargo-olho-de-vidro. Muitos desses peixes ainda são confundidos com o popular
“dentão”.
Bibliografia consultada: Dicionário de Peixes do Brasil, de
Hitoshi Nomura.
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