quinta-feira, 22 de agosto de 2019

BARRAGEM DE IGUAPE - UM DESASTRE AMBIENTAL PARTE V


    BARRAGEM DE IGUAPE: UM DESASTRE AMBIENTAL -  PARTE V.


Pescaria de praia prejudicada com o mato de dezenas de metros

A única opção de turismo em Ilha Comprida é o turismo de pesca, com duas opções: a pesca em canal (mar pequeno) e a pesca de praia. Enquanto a barragem de Iguape estiver aberta, os dois tipos de pescaria citadas, são impossíveis de serem praticadas e nossas empresas abertas para o turista, ficam sem visitantes. Até quando? O Governo do Estado de São Paulo é o único órgão que pode responder essa pergunta! 


Sujeira vinda da barragem 
O que não dá para entender, ou mesmo acreditar é como um governo estadual cria uma obra, para proteger algumas cidades de enchentes, criando a construção de uma barragem que com o tempo se mostra um desastre ambiental e não mais protege ninguém, pois mesmo com ela aberta, as cidades do rio Ribeira acima, continuam a ter enchentes nas estações chuvosas. No mês de junho de 2019, as cidades de Jacupiranga, Pariquera-Açu, Barra do Turvo, Eldorado, Sete Barras e Registro, registraram esse acontecimento. Enquanto isso, mesmo mostrando que não é mais uma proteção contra as enchentes, a cidade de Ilha Comprida recebe todo o lixo proveniente dessas enchentes. 

 Outro tipo de lixo
São visíveis passando tranquilamente no curso do rio, após a barragem, moitas de aguapés, bambus, árvores, pés de bananeiras, animais mortos boiando, além dos invisíveis agro tóxicos de proteção aos bananais, adubos químicos, mercúrio entre outros. E quando ações de justiça determinam o fechamento da “Barragem de Iguape”, o mesmo estado que a criou, entra com recurso defendendo-a e protelando seu fechamento. Há algo estranho, já que todo o lixo, esgotos e terra e areias de desabamentos do rio Ribeira, vem assoreando o Mar Pequeno e as praias de Ilha Comprida, matando manguezais, afastando a entrada e posteriores desovas de peixes e outros organismos aquáticos provocando com esse aterramento, que caiam casas, moradores são desalojados, terrenos são alagados e as praias diminuindo em suas características originais.  

A desastrada e prejudicial barragem.
Seria algum motivo de vingança contra essa pequena cidade do litoral paulista? Por acaso existe algum motivo de ofensa política, ou pessoal contra nosso município? Estranho, muito estranho. Julgada procedente em 2ª Instância, o Governo do Estado não se manifesta a respeito, mas deve estar se articulando para entrar com recurso contra esse fechamento em Tribunais superiores. Até quando a Ilha Comprida vai aguentar, já que com ressacas, vários pedaços de sua Av. Beira Mar estão sendo invadidas por água do mar. Caso esses recursos entrem na esfera federal, e até chegarem ao STJ, com certeza demorarão 10 anos ou mais, para seu pronunciamento. O município irá suportar esse período? O “lado pobre” do litoral paulista, com certeza será muito mais prejudicado do que o foi até agora. Pelo menos agora o mundo vai conhecer os nossos problemas.

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