Se os papagaios em geral, em todo o
mundo, atraem a atenção
de todos, com razão os maiores representantes
da privilegiada
família Psitacídeos, as
araras, têm renome especial.
|
Casal de araras em seu ninho
|
As dimensões de seu corpo e, em especial, de seu bico são
notáveis, bem como o comprimento de sua cauda, cujas penas mais longas medem
mais de meio metro. Outra característica marcante é seu colorido, onde só prevalecem
as cores mais vivas: vermelho, amarelo e azul.
A admiração pelo colorido da arara vem desde os tempos dos
índios, que arrancavam suas enormes penas para usá-las como adornos, entre as
mais variadas plumagens de sua indumentária. Também nos tempos coloniais, essas
lindas penas substituíram as de ganso, usadas como instrumento de escrita,
porem, incolores e sem realce.
Fora do tempo de procriação, as araras vivem em grandes
bandos, enfeitando magnificamente as extensas florestas. Várias são as árvores
frutíferas que visitam, dando preferência aos frutos com casca dura, que seu
bico rígido estala e mói. Somente na hora da alimentação cessa a algazarra
estridente e ensurdecedora que, durante o vôo e o repouso, faz com que o bando
nunca passe despercebido.
Hoje em dia, porém, este já não é um espetáculo que qualquer
viajante possa presenciar, pois, para tanto, é preciso buscar longínquas
florestas, sempre longe da civilização.
As araras fazem seus ninhos, de preferência, em ocos cavados
no alto do tronco de palmeiras. Como, porém, a ave só escava um espaço que dê
abrigo ao corpo propriamente dito, a longa cauda fica pendendo para fora, como a
assinalar o ninho a quem queira procurá-lo.
Todas as espécies de araras grandes aprendem a falar, mas, em
comparação aos papagaios legítimos, imitam com mais dificuldade a voz humana;
sua pronuncia é mais carregada, menos clara e, também raramente chegam a formar grandes
frases. Em compensação, faltando-lhes palavras nossas, recorrem logo ao
estridente ará-ra, origem de seu nome onomatopéico que, porém, nem todas as
espécies pronunciam com igual clareza.
Bibliografia:
Dicionário dos Animais do Brasil (Rodolpho Von Ihering).
Nota da Redação: Foto de autoria de Kenji Honda, durante reportagem da Aruanã no rio Piqueri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário