O jacundá-pinima é cientificamente classificado como Crenicichla
lenticulata. Suas cores, muito parecidas com as do tucunaré, fazem com
que estes dois peixes sejam confundidos entre si. No entanto, apesar de serem
da mesma família e apresentar características semelhantes, como a mancha
(ocelo) na nadadeira caudal, são peixes distintos entre si. Predomina no jacundá-pinima
o vermelho oliváceo no dorso e sete faixas transversais de cor mais escura. É
um peixe da Bacia Amazônica, estando porém registrada sua presença em
praticamente todo o Brasil. Seus costumes principais são o de habitar lagos de
água limpa e em recantos onde predomine o ambiente calmo e as plantas aquáticas
como o aguapé.
Nestes locais, o jacundá-pinima dá caça aos pequenos peixes,
insetos, camarões de água doce e mesmo as iscas artificiais que imitam peixinhos.
As colheres giratórias do tipo spiner são consideradas excelentes para sua
pesca. Considerado um peixe brigador, o jacundá-pinima atinge mais de trinta
centímetros e até um quilo de peso. Como todos os predadores de sua espécie,
costuma reagir ao menor barulho feito na n’água, sendo esta a melhor dica para
sua pesca. Portanto, no caso de pescar com iscas artificiais (com exceção das
colheres), devemos escolher as chamadas iscas de superfície, providas de
barbelas ou do tipo stick. As iscas com hélice também são recomendáveis.
Os melhores locais para se tentar sua pesca são as
tranqueiras formadas por árvores caídas, pedras, moitas de capim ou bambu e os
aguapés, de preferência na beirada de lagos ou açudes.
No estado de São Paulo, sua presença já foi registrada em
represas como as de Igaratá, Jurumirim e nas formadas pelos rios Grande e
Paraná, entre outras. Sua carne é de excelente sabor, principalmente quando
frita. Finalmente se deve citar que o jacudá-pinima é uma das melhores iscas
para se tentar, em rios da Bacia Amazônica, os grandes peixes como a piraíba, o
pirarucu, o jaú e o pintado.
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