Esta espécie recebe o nome científico de Hoplerythrinus unitaeniatus e pertence à família Erythnidae, a mesma da traíra. Vale a
pena comentar que as semelhanças entre as duas espécies não param por aqui.
Apesar de suas pequenas dimensões, o jeju apresenta muitos dentes, sendo
considerado tão voraz quanto a traíra, pois em busca de seu alimento, move uma
implacável perseguição a outros pequenos peixes, tais como lambaris, piquiras e
saguirus, que são a base de sua alimentação. O jeju é uma espécie de água doce
que não é apropriada para o consumo humano.
Por outro lado, é largamente utilizada pelos pescadores como
isca para peixes nobres, podendo ser encontrada em todo o território
brasileiro. Como isca, o jeju será usado preferencialmente como vivo, e quando inteiro,
deve ser iscado pelo dorso, rabo ou ainda cortado em pedaços. Na época de
cheias do pantanal, pode-se afirmar ser ele a melhor isca para dourado,
pintado, jaú, etc. Essa espécie apresenta um corpo quase cilíndrico, desprovido
de nadadeira adiposa e com a caudal em formato arredondado. Possui, ainda, uma
faixa longitudinal escura, a qual percorre todo o seu corpo. Sua cor varia
entre o pardo escuro e o preto e raramente atinge mais de 30 cm de comprimento.
O jeju é considerado como uma espécie de ambiente lêntico, ou
seja, prefere viver em águas paradas, em locais como remansos de rios, corixos,
lagoas marginais, brejos e açudes. Porém, na época das grandes chuvas,
transporta-se facilmente de um rio para outro, aproveitando as zonas alagadas
que põem em comunicação a cabeceira de duas vertentes. Para tanto, arrasta-se
pelos lodais formados com o auxilio de suas nadadeiras peitorais. Na época da
desova, esse artifício também é muito usado por esse peixe, devido ao fato de
que ele necessita de locais mais rasos para se reproduzir. Algumas vezes,
quando as águas baixam, muitos jejus podem ser encontrados mortos pelo mato,
fato ocorrido durante a travessia.
Para pescá-lo use material leve ou linhada de mão, com linha
bitola 0.30 mm e anzóis pequenos, entre os números 4 e 10. Como iscas, poderão
ser usados pedaços de peixes ou carne, minhocas, ou ainda uma massa feita à
base de farinha de trigo, farinha de rosca e água. Além disso, recomenda-se
fazer, antes, uma ceva com farelo de pão endurecido.
DICIONÁRIO ARUANA - PEIXES DO BRASIL
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Ja comi esse peixe parece traíra. É apropriado para consumo sim.
ResponderExcluirFalou e disse meu amigo "desconhecido"rs. Pode se comer sim. Quanto a parecer a traíra, não só parece bem como é da mesma família Erythrinidae. Seu nome cientifico é Hoplerythrinus unitaeniatus. Mas, para o pescador amador, ele tem mais utilidade como isca. Aliás excelente isca. Abraço
ResponderExcluirEsse peixe maroba pode comer? tenho um tanque aki que esta infestado deles
ResponderExcluirMateus. Obrigado pela sua participação e por enriquecer meu vocabulário sobre os nomes dos peixes. Confesso que nunca tinha ouvido falar do Jeju, como Maroba. Mas, vamos lá: eu não tenho nenhuma informação de que ele, o Maroba seja prejudicial à saúde caso seja comido. Ainda mais porque ele pertence à família Erytrinidae, que é a mesma da traíra. Portanto acredito, como leigo que sou, que o mesmo não deve fazer mal algum a saúde do pescador. Só estranho o trabalho de prepara-lo para uma refeição, pelo tamanho que costuma atingir ou seja, por volta de 30 cms. Se aceitar uma sugestão, faça propaganda e venda-o aos pescadores, pois sei que, como iscas para peixes maiores, é de excelente qualidade. Valeu pescador e obrigado.
Excluirele é comestível sim, porém tem bastante espinhas..
ResponderExcluirBom dia. E, um favor, da próxima vez coloque seu nome, já que fica sem graça falar ou responder a um anônimo. Sobre o jeju, com postagem no blog em 05/2015, não falamos que ele não é comestível. Escrevemos apenas que, é inapropriado ao consumo humano pelas razões que mostramos. Aliás, você, meu caro anônimo, já fala de uma delas que é a quantidade de espinhas. Agora imagine essa mesma quantidade de espinhas em um peixe de porte pequeno. Essa foi a razão de nossa observação. E, depois com milhares de outras espécies de peixes em nossas águas, deixemos o jeju a ser utilizado como isca, função esta, excelente na captura de outros peixes, digamos "mais nobres". Abraço e Feliz Ano Novo, com muitas e produtivas pescarias.
ResponderExcluirAcho que o amigo deveria esclarecer o porque de não se poder comer o jeju. Quando criança comi váriasvezes esse peixe comprado na feira ou trazido do interior por minha avó materna. Dá muito aqui no Maranhão na região pantaneira da baixada.um abç
ResponderExcluirBom dia Giovani. Saúde paz à nós todos. Eu não disse que não se pode comer o jeju e nem o faria, pois já comi alguns no Pantanal. São gostosos no sabor quando fritos. A única desvantagem nessa prática, são as enumeras espinhas que ele tem e dependendo do tamanho, se assemelham muito a traíra, ou pior. Foi a única razão que evitei come-lo. No entanto para quem os têm a mão e de um tamanho maior, podem ser comidos sim. Falou meu amigo? Fraterno abraço
ExcluirEstava assistindo um vídeo sobre pescaria e deparei-me com esse peixe completamente desconhecido para mim. Conheço muito a traíra, abundante em minha região, mas o jeju era desconhecido. Vivendo e aprendendo. Obrigado pelo trabalho de esclarecimento desta espécie que não conhecia.
ResponderExcluirObrigado Anildon Joaquim Mota. Como jornalista, nossa intenção ao publicar a revista Aruanã, era exatamente essa: mostrar os detalhes que cercam o pescador e que muitas vezes ele não conhece, por pura falta de informação. Daí "Os Peixes do Brasil". legal que você tenha gostado. Obrigado e bom ano e boas pescarias. Valeu
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