Stop Logs |
Recentemente
tivemos em Iguape, uma visita a Barragem , pelos ilustres políticos
Marcio França atual governador de São Paulo e candidato a reeleição e seu filho
Caio França deputado Federal e candidato também a reeleição, ambos do PSB –
Partido Socialista Brasileiro. Visivelmente política, essa visita gerou esta
crítica, que antes de seja um monólogo, gostaria que fosse um diálogo, abrindo
espaço para suas respostas, no mesmo tamanho e no mesmo local, já que para mim,
é mais uma utopia praticada por candidatos a véspera de eleição. Vejamos
A "turma" toda e os inevitáveis discursos |
Objetivos para a construção da barragem
A barragem foi construída com os objetivos de:
a) evitar a descarga contínua de água do Ribeira de Iguape para proteção ambiental do Mar Pequeno;
b) interligar a rodovia SP-222, onde a travessia era feita por balsa;
c) evitar a erosão contínua das margens.
Com o barramento, porém, começaram a ocorrer inundações em áreas ocupadas por agricultura e áreas urbanas, dada a incapacidade de drenagem do leito antigo do Ribeira de Iguape, por este estar assoreado devido ao longo período de permanência com vazão, que passou a veicular preferencialmente (estima-se cerca de 60% do total) pelo Valo Grande.
Como solução para atender de forma conciliadora os conflitantes interesses de, por um lado, à necessidade de mitigar os impactos das cheias à montante da obra e, de outro, possibilitar a proteção ambiental da região do Mar Pequeno, à jusante, o DAEE contratou, em 1980, estudos para melhor avaliação dos impactos socioeconômicos e ambientais devidos à obra.
Dentre as diversas alternativas estudadas, foi aprovada pelo CEEIGUAPE (Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape) a que contempla a implantação de mecanismo de controle de vazão, de tal forma que as águas sejam barradas durante as estiagens, para proteção ambiental à jusante, e maximizada a capacidade de drenagem, para diminuir os problemas advindos das cheias à montante.
Local: Iguape/ canal artificial Valo Grande
Quantas comportas: 18
Vertedouro: controlado por comporta
Eclusa para pequenas embarcações (dimensões da câmara da eclusa: 5x15m)
Vazão regularizadora: capacidade máxima de vazão: 1.600 m3/s
Quando foi construída: Barragem (1977/78); Vertedouro (1990/1992) Fonte DAEE
a) evitar a descarga contínua de água do Ribeira de Iguape para proteção ambiental do Mar Pequeno;
b) interligar a rodovia SP-222, onde a travessia era feita por balsa;
c) evitar a erosão contínua das margens.
Com o barramento, porém, começaram a ocorrer inundações em áreas ocupadas por agricultura e áreas urbanas, dada a incapacidade de drenagem do leito antigo do Ribeira de Iguape, por este estar assoreado devido ao longo período de permanência com vazão, que passou a veicular preferencialmente (estima-se cerca de 60% do total) pelo Valo Grande.
Como solução para atender de forma conciliadora os conflitantes interesses de, por um lado, à necessidade de mitigar os impactos das cheias à montante da obra e, de outro, possibilitar a proteção ambiental da região do Mar Pequeno, à jusante, o DAEE contratou, em 1980, estudos para melhor avaliação dos impactos socioeconômicos e ambientais devidos à obra.
Dentre as diversas alternativas estudadas, foi aprovada pelo CEEIGUAPE (Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape) a que contempla a implantação de mecanismo de controle de vazão, de tal forma que as águas sejam barradas durante as estiagens, para proteção ambiental à jusante, e maximizada a capacidade de drenagem, para diminuir os problemas advindos das cheias à montante.
Local: Iguape/ canal artificial Valo Grande
Quantas comportas: 18
Vertedouro: controlado por comporta
Eclusa para pequenas embarcações (dimensões da câmara da eclusa: 5x15m)
Vazão regularizadora: capacidade máxima de vazão: 1.600 m3/s
Quando foi construída: Barragem (1977/78); Vertedouro (1990/1992) Fonte DAEE
A Barragem de Iguape 05/2017 |
A Luz do Direito
Em Agosto de
2011, a Juíza de Direito Fernanda Alves da Rocha Branco de Oliva Politi, da 2ª
Vara Judicial de Iguape, determinou que a barragem do Valo Grande fosse
concluída, o canal limpo e drenado e definitivamente fechado, com a esperança
de que os peixes e mariscos voltem ao Mar Pequeno, e que o Porto de Iguape
volte a ser um importante entreposto agrícola. Só o tempo dirá se a
determinação será cumprida. Texto de Frederico Landre. (NR: não obedecida)
O que passa pela barragem vem para as praias de Ilha Comprida Os aguapés são plantas aquáticas da família das Pontederiaceae e seu nome científico é Eichomia crassipes. São também conhecidos pelos nomes vulgares como jacinto d’água, gigoga, mururé, camalote, rainha-dos-lagos, etc.Quando em abundância como é nosso caso, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos. A solução/fórmula para exterminar essa “praga” de aguapés, sem prejudicar ainda mais o meio ambiente, é simples e rápida. Se a barragem for fechada, a água salgada voltará a circular com mais intensidade no Mar Pequeno e, qualquer leigo poderá constatar que o aguapé não resiste à água salgada. E que não venham os ambientalistas ou defensores de “causas perdidas”, dizendo que se a barragem for fechada, rio acima vamos ter novamente grandes enchentes. Para esses, convido a fazerem uma visita a Praia do Leste e verificarem in loco o quanto a junção do rio Ribeira do Iguape com o Mar Pequeno, mudou a foz desses dois cursos d’água, chegando mesmo a mais de um quilômetro de largura desde margem sul da Juréia até a margem norte da Ilha Comprida. (NR: Recentemente, mesmo com a barragem aberta, houve inundações em Registro e Eldorado) |
A parte de concreto que fecha a passagem das águas |
Uma pergunta que pode ser respondida por quem de direito: qual a utilidade atual do
Valo Grande? E que fique bem claro a afirmação de que “é obrigação de qualquer
político, seja dos poderes Executivo ou Legislativo, e em qualquer esfera
municipal, estadual e federal, trabalhar, pois para isso foram eleitos, pelo
bem estar, segurança e qualidade de vida da população”.
Os trilhos de aço por onde "passaria" o guindaste |
O guindaste que instalou os trilhos NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI? No último (13/08/2017) o juiz da 2ª Vara de Iguape, Filipe Mascarenhas Tavares, julgou procedentes os pedidos do Ministério Público para condenar o Estado de São Paulo a realizar – em até 180 dias – o fechamento definitivo e em tempo integral da barragem do Valo Grande, no Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia. A decisão levou em conta os danos ambientais causados ao local, considerado o terceiro maior criadouro de animais aquáticos do mundo.
De acordo com a sentença, a
administração pública deverá ainda controlar e retirar a vegetação exótica
acumulada no Complexo, que domina a área de mangue e impede o desenvolvimento
da vegetação típica natural, além de tomar providências para a despoluição e
descontaminação ambiental, com a devida compensação dos danos irrecuperáveis.
Por fim, o Estado foi condenado ao
pagamento de indenização por danos morais difusos pelos impactos ambientais
ocorridos na região – o valor será apurado em liquidação de sentença. De acordo com a sentença, a administração pública
deverá ainda controlar e retirar a vegetação exótica acumulada no Complexo, que
domina a área de mangue e impede o desenvolvimento da vegetação típica natural,
além de tomar providências para a despoluição e descontaminação ambiental, com
a devida compensação dos danos irrecuperáveis. Por fim, o Estado foi condenado
ao pagamento de indenização por danos morais difusos pelos impactos ambientais
ocorridos na região – o valor será apurado em liquidação de sentença.
A
discussão em torno do Complexo busca solucionar os impactos ambientais pelo
desvio do rio Ribeira de Iguape. O que se discute é a manutenção do canal
aberto, da forma como se encontra atualmente, o que causa impactos nos
manguezais e outros ecossistemas ambientais, como erosão de margem,
assoreamento do porto de Iguape, deterioração e desequilíbrio da fauna e flora marítima
da região lagunar do Mar Pequeno. A região onde se localiza o Estuário tem um
grande potencial turístico e sua economia gira em torno da pesca artesanal e de
subsistência, daí a importância de se garantir um meio ambiente preservado.
Processo nº 0002225-57.2011.8.26.0244 - Comunicação Social TJSP –
imprensatj@tjsp.jus.br(NR: Decisão não cumprida)
|
UM EXEMPLO DE UTOPIA, ESTA DO DEP. SAMUEL PEREIRA
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário