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Sede do Ibama em São Paulo
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Achismo substantivo
masculino: O achismo é uma gíria atribuída à “teoria” que é criada por alguém
sobre algo com base unicamente nas suas opiniões e intenções, sem nenhum tipo
argumentação concreta ou justificativa. O achismo é praticado por pessoas que
desconhecem a natureza de determinado assunto, mas que fazem questão de tentar
explicar algo tendo em consideração apenas aquilo o que acham sobre o tema. Esta
palavra se originou justamente a partir do verbo “achar” com a junção do sufixo
“ismo”, dando a ideia de ser o ato de justificar ou teorizar algo com base em
um pensamento ou conceito subjetivo (“eu acho que”...)
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Corrupto
Na década de 80, nós estávamos tratando de uma portaria,
junto ao Ibama, para tentar se proteger o robalo – tanto o “peba” como o
“flexa” – e fomos fazer uma visita ao órgão ambiental que fica localizado na
Alameda Tietê, 637 no bairro Cerqueira Cesar em São Paulo. Essa Portaria foi
aprovada, fixando seus tamanhos máximos e mínimos e limites de captura e
proteção da desova. Foi a primeira, de muitas outras e de outros autores, que
viriam ao longo dos anos. Em nossa companhia um oficial de alta patente e
especializado em questões ambientais da Polícia Ambiental de São Paulo. Dirigimos-nos
ao 5º andar do prédio onde a funcionária do órgão nos esperava para a reunião
final da Portaria. Junto com essa funcionária havia outra pessoa à mesa e fomos
então apresentados. Tratava-se de um procurador ambiental da cidade de Santos
(SP), o qual já conhecíamos de nome e havíamos feito algumas matérias e
publicadas no Jornal da Tarde a seu respeito.
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“A samambaia e suas folhas tem, no máximo 20cms de comprimento”
Esse promotor tinha conseguido a aprovação de uma lei junto a
Prefeitura Municipal de Santos, onde proibia a captura do crustáceo “corrupto” em todo o município e sendo bastante
fiscalizada. Essa portaria era completamente ilegal, já que na época, os
municípios não tinham autoridade para tanto. Não consegui saber o porquê, mas a
fiscalização era tão intensa que até soldados do Corpo de Bombeiros, apreendiam
as famosas “bombas” usadas até hoje pelos pescadores de praia. Fizemos uma
visita a um posto dessa Corporação na praia do José Menino e consternados
comprovamos essa apreensão, pois haviam muitas delas dentro do posto. Fiz a
pergunta ao promotor de qual seria o motivo que justificasse a tal portaria,
pois em minha opinião a mesma era inócua. Pois bem, percebi claramente que o
promotor ficou levemente contrariado, pelo seu semblante e posição em que se
encontrava sentado. Sua resposta então veio rápida e veemente: é um crustáceo que
ajuda muito na despoluição de nossas praias. Contestei que logo ali na frente –
da praia José Menino – havia um cano que despejava esgotos domésticos e se o
corrupto conseguiria combater essa poluição.
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“Camarão de Tucuruí a única isca viva"!
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E a conversa foi daí para frente, tornando-se uma discussão
acirrada, porém respeitosa de ambas as partes. Mais um destaque do Sr.
Procurador: “os buracos que ficavam na areia, podiam provocar acidentes”. Foram
mais de duas horas de discussão e não houve consenso. Na saída ele confessou
que não sabia que o pescador amador tinha em minha pessoa um defensor tão
ferrenho (em suas palavras textuais). Foi a única vez que nos vimos pessoalmente.
Tentei de várias formas anular essa portaria, pois a mesma tinha como afirmação
uma posição totalmente errada e sem nenhuma comprovação científica, mesmo
sabendo que ele o corrupto faz sim sua parte na poluição de nossos mares... bem
como qualquer outro crustáceo marítimo. Algum tempo depois fiquei sabendo que o
mesmo promotor havia conseguido uma portaria municipal, proibindo que as
funerárias não pudessem mais pegar uma espécie de samambaia na via Anchieta
(não tinha ainda a Imigrantes) que eram usadas na “decoração” de seus caixões.
Só para terminar, essa samambaia é uma praga em locais úmidos e perto do mar.
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O esportivo tucunaré
Quem mora nas praias sabe disso, pois é comum aparecerem nos
vasos de plantas ornamentais (a foto é de um vaso em minha casa) e não se sabe como
isso acontece e, não adianta arrancar, pois com a chegada do inverno ela
desaparece e na primavera volta a crescer. Aqui está um exemplo clássico do achismo. Ele
achou que devia fazer isso o fez e pronto. Estou procurando saber se a lei
ainda está em vigor. (NR: fui informado agora pela
manhã de hoje 22/04, que a lei ainda vigora). Mas, na época era ridículo
ver o pescador amador, pegar o corrupto nas praias de São Vicente, até chegar à
divisa das praias de Santos. E essa mesma medida foi tomada ilegalmente por
diversas Prefeituras Municipais em nosso estado de São Paulo. Agora a moda são
as Assembléias Estaduais, legislarem sobre questões ambientais, fazendo leis
espúrias e sem nenhum nexo, como alguns casos em se tratando de Pesca
e Solta ou Cota Zero. Gostaria de saber como os srs. deputados procedem até
fazer um PL sobre esse e outros assunto. Será – aproveitando a época – que é um
amigo de um amigo que o conhece e pediu tal lei?
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Tucunaré do Lago Preto rio
Guajará no Pará
Meio ambiente é um assunto sério e temos ótimos técnicos que
poderiam ser consultados a respeito. Mas, não o são. Infelizmente. A publicação
de algumas fotos sobre o tucunaré, que o conhecemos em praticamente todas as
regiões do País, apenas mostram que o mesmo se alimenta do que houver ao
alcance de sua boca. Dominam completamente os ambientes lênticos onde se
encontram e se tornam a grande maioria da espécie no local. Tente o pescador
não levar suas iscas artificiais para ver se consegue pegar algumas naturais no
lugar onde foi pescar. Uma fêmea da espécie chega desovar mais de 50 mil ovos
e, uma curiosidade: tanto o macho como a fêmea cuidam da desova até sua eclosão
e ainda por algum tempo contra o ataque de outros peixes aos alevinos. Está ele
ameaçado de extinção? A resposta técnica
é não. Então qual será a razão de tentar se instituir uma lei Cota Zero no
Estado de São Paulo? O pescador amador que paga um licença de pesca de sua
categoria não tem o direito de levar uma cota de peixes (determinada por lei)
para consumir com sua família? Que se estude, com a opinião dos técnicos, qual
é a melhor solução para o problema e que a lei não entre em vigor até a
publicação desse estudo. Estamos em uma democracia, portanto...
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