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Uma foto ao acaso e uma bela história
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Chega a ser incrível, e com um pouco
de sorte, um “por acaso” se tornar em determinada situação, um sucesso, sendo
admirada por algumas pessoas. É o caso dessa foto acima e publicada como capa da
Revista Aruanã Edição 28 em junho de 1992.
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A equipe Aruanã: Ademir, Orozimbo, Antonio e Florêncio
Essa
aventura foi publicada no blog em março de 2016 e na publicação original na
Revista Aruanã em junho de 1992. Na revista nós contamos o dia a dia dessa
matéria, com todos os detalhes que nos pareceram importantes, bem como texto e
as fotos que somaram 14 páginas. Mas o leitor Marcelino Pachuczki - entre outros leitores - em um texto
no Face chamou minha atenção. Nesse texto
ele diz que conheceu a Aruanã na edição de 28 em junho de 1992 e passou a ser
mais um leitor da mesma. Hoje é amigo no Face e mora em Indaial (SC). Abaixo a
capa da revista que você cita. Ela (a foto) é de minha autoria e foi feita,
quando estávamos, eu, Orozimbo, Florêncio o cozinheiro (os dois estão no céu) e
Ademir o piloteiro, nessa aventura de Cuiabá a Corumbá, descendo pelo rio
Cuiabá. Era nosso ultimo acampamento da viagem em um local chamado de Ilha Verde,
de onde já se avistava, á noite, a claridade das luzes de Corumbá. Após o almoço o
Zimbo e o Ademir, tinham saído para tentar pegar um pintado para o jantar.
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O acampamento da Ilha Verde
Eu
fiquei no acampamento batendo papo com o Florêncio e, confesso bastante cansado
pelos vários dias navegando nessa aventura. Ao longe eu avistava um bando de pássaros,
principalmente garças, que me chamou a atenção, pois é uma dica da Natureza
muito importante, e varias vezes mencionamos esse detalhe em nossas
publicações. Peguei o segundo barco e fui investigar aquela dica, que só podia
ser um cardume de algum peixe descendo o rio. Chegando ao local, percebi que
por detrás da mata ciliar da margem, havia um corixo com pequenas corredeiras. Abri passagem no meio da
mata, meio que na marra. Quando finalmente atravessei com o barco, o corixo se
estendia à minha frente. Parei poucos metros abaixo e amarrei o barco em um
camalote. Dei um lance com a isca da capa. Para encurtar a história, naquele
local e sem perder um lance fisguei mais de 25 dourados, todos na medida,
segurando esses três para os amigos da aventura e soltei todos os outros. Parei
de pescar já que meu braço não aguentava mais.
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Zimbo e seu Dourado
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Ainda com luz do dia, voltei ao acampamento e
montei os peixes e o material para a foto. Achei que ia ficar legal e, a posição
do sol a favorecia. Foi uma foto a mais – sem pretensão alguma - que se tornou
a capa da citada edição. Hoje – com os equipamentos modernos - tiramos uma foto e a conferimos na hora o
resultado. Normalmente em qualquer matéria, em nosso equipamento fotográfico, levávamos
cerca de 10 rolos de filme marca Fuji com 36 fotos cada, tipo slides. Quando o
Zimbo voltou, contei a ele e ao Ademir o que aconteceu. Conclusão: tive que
voltar lá com eles, que ainda fisgaram, se a memória não me falha,
mais de 10 dourados. Era um grande cardume descendo o rio Paraguai. Na revista,
em fotos internas, tem essa do Zimbo, segurando um dourado que ele fisgou. Na ultima postagem no blog, usei-a novamente para ilustrar uma dica de equipamentos para proteção de
molinetes e carretilhas, portanto nada a ver com o “sucesso da outra foto”. Foi
por esta razão, que resolvi então contar a história de como essa foto aconteceu.
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Pesca e solta em 1992
NOTA DO REDATOR: Se essa foto fez esse relativo sucesso, não posso deixar de citar
dois Mestres em fotografias: José Bento Lenzi e Kenji Honda, os dois, respectivamente
chefe do setor de fotografia do Estadão e jornalista fotógrafo do mesmo veículo, onde trabalhávamos.
Um pouco do que sei de fotos, devo muito a esses dois colegas e amigos. O Bento,
levei em uma pescaria na barragem de Água Vermelha (SP). O Kenji esse sim, me
acompanhou em diversas matérias, e muitas das fotos que julgo maravilhosas e
publicadas na Aruanã, foram de sua autoria. Nossos equipamentos eram iguais: Duas
Nykom F2A, e seis lentes diversas para cada caso. Chegávamos a trocar lentes
nas pescarias, sendo que uma 300mm com Zoom, ficava sempre à mão. Praticamente
nunca publiquei uma só foto minha na Aruanã, segurando um peixe, mas como
retratista, achava mais importante fotografar o peixe e o material. Sou
jornalista e não fotógrafo. O Mestre Kenji sim é jornalista fotógrafo e até
hoje, agora devidamente aposentado, tem um belo equipamento para a “ação”.
Toninho Lopes.
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Revista Aruanã Ed:28 publicada em 06/1992
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Trocamos chumbo amigo, explico,dei dicas de melhorar as fotos e aprendi como pescar melhor e controlar os equipamentos, molinetes, carretilhas,iscas artificiais e naturais!
ResponderExcluirE como trocamos Kenji Honda. Quantas viagens em reportagens fizemos juntos e sempre falando das fotos e das máquinas. Você é mestre na sua arte/profissão. Eu fui um aluno não muito aplicado em suas aulas, já que de vez em quando faço árias bobagens em fotos.Mas de vez em quando, lembro de seus equipamentos e as dicas que me ensinava. No Jornal da Tarde convivemos por mais de 12 anos que foram a grande escola de jornalismo escrito e fotográfico. Te agradeço Mestre, que sempre sorrindo me acompanhava nas reportagens, sem que eu pedisse qualquer foto. Seu olho é mágico e aí estão as fotos na Aruana, agora blog, sendo mostrada no mundo inteiro. Você merece meu amigo. Fraterno abraço.
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