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Foto história
de uma pescaria no Pantanal – Ilustração
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Em se tratando de equipamento de pesca, quanto mais bem
cuidado ele estiver menos surpresas desagradáveis nos trará em nossas
pescarias. Na maioria das vezes, essa manutenção é muito fácil de ser feita.
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A praticidade da embalagem para molinetes ou
carretilhas
Por serem peças fundamentais em nossas pescarias, as
carretilhas e molinetes têm que estar sempre funcionando muito bem. O cuidado
com esses importantes e caros equipamentos deve começar pelo seu transporte, o
qual deve ser realizado com cuidado, embalando-se muito bem estes materiais, já
que, dentro do estojo de pesca, soltos, costumam riscar e quebrar. Há alguns
anos atrás, existia uma preocupação constante em manter com o gerente de nossa
conta no banco uma linha direta já que, na época, as melhores embalagens para
as carretilhas e molinetes eram os sacos de moedas utilizadas pelos bancos, que
fabricados em tecido grosso, serviam perfeitamente a esta finalidade.
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Era o que
tínhamos em matéria de embalagem
Hoje já existem embalagens especiais para esse fim, sendo
algumas até acolchoadas de espuma para evitar choques no transporte. Porém,
antes de embalarmos nossos equipamentos, existem outros detalhes a serem
observados. A primeira dica refere-se à lavagem, principalmente quando
realizarmos pescarias em água salgada. Atualmente, tanto molinetes como
carretilhas têm vedação muito mais segura do que os modelos antigos e, assim
sendo, é mais difícil que a água salgada penetre dentro das engrenagens, a não
ser é claro, que tenham contato direto com a água.
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Estojo de
pesca com equipamentos soltos
Após usar seu equipamento em uma pescaria normal em água
salgada, o pescador, assim que chegar em casa, terá de lava-lo muito bem. A
melhor maneira de se fazer isso é quando se está tomando banho, aproveitando a água
quente do chuveiro e o sabonete. Use uma esponja com bastante sabonete e lave
muito bem externamente, inclusive fazendo movimentos de enrolar, se for
carretilha, para que a espuma penetre bem na linha. No caso de molinetes, é só
tirar o carretel e lavar.
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Lubrificando
o equipamento
Após a lavagem, enxágue em água quente e ponha para secar. É
costume dar-se algumas sacudidas no equipamento para retirar o excesso de água.
Feito isso, coloque-o em local arejado, em cima de uma flanela e deixe secar
por alguns dias. Após verificar que o equipamento está bem seco, use um óleo
lubrificante de sua preferência, colocando uma quantidade mínima em pontos
principais, tais como: manoplas, parafusos de aperto da fricção e do carretel,
guia linha, desarme de lances, etc.
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Molinete
Não coloque óleo em excesso, pois irá prejudicar seu
equipamento. Feito isso é hora do equipamento voltar à sua embalagem de pano,
também em local arejado. A embalagem é um item muito importante, já que fora
dela, será inevitável que a poeira penetre e se acumule, com o passar do tempo,
em peças vitais. A propósito: quando for lavar seu equipamento da forma
descrita acima, aproveite e lave também as varas de pesca e as iscas
artificiais, deixando as iscas, penduradas para secar e as varas com o cabo no
chão. Com cuidado, no caso das iscas, aperte a espuma e deixe a mesma escorrer
por todas as iscas com a água e a espuma.
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Carretilha
No caso do equipamento ficar em contato direto com a água
salgada, o melhor mesmo é procurar a ajuda de um técnico ou, se você for muito
cuidadoso e souber fazer, desmontar a carretilha ou molinete para a devida
lavagem e lubrificação das engrenagens. Nesse caso, deve-se retirar toda a
graxa das engrenagens, lava-las com querosene e lubrificar novamente. No caso
de pescarias em água doce, tal procedimento é dispensável, já que esse tipo de
água não ataca nossos equipamentos. Porém, é conveniente fazer a tradicional
lavagem com sabonete para manter o equipamento limpo e lubrificado e, o que é
melhor, bem conservado e pronto para a próxima pescaria.
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Carretilha e
molinete
Outro cuidado importante é com o carretel de linha seja ele
de molinete ou carretilha. Já falamos anteriormente que a linha de pesca deve
ser trocada periodicamente. No caso de carretilhas usadas em água salgada,
recomenda-se a troca a cada três pescarias e, em água doce a cada cinco
pescarias. Se o equipamento usado for o molinete, troque sua linha a cada duas
pescarias em água salgada e a cada quatro pescarias em agia doce. As linhas
usadas em molinetes devem ser trocadas com mais frequência, pois este
equipamento as enfraquece e torce mais que a carretilha.
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Equipamento
de praia
Na hora da troca por uma linha nova, tenha a preocupação de
lavar muito bem o carretel vazio, o que poderá ser feito logo após a pescaria,
na hora do banho. Quando for colocar a nova linha, passe antes um pano úmido em
álcool no carretel e deixe secar bem. Aí estão algumas dicas que, com certeza,
irão conservar nossos equipamentos de pesca por mais um longo período. Boas
pescarias.
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O sucesso do
equipamento bem conservado – Foto - ilustração - de pescaria em Itumbiara
NOTA DA REDAÇÃO: Quando este artigo foi escrito na
Revista Aruanã em junho de 1997, ainda pouco se falava sobre linhas
multifilamento. A Berkley já havia lançado a Fireline. Outro detalhe muito
importante é quando for trocar sua linha de pesca, tenha a preocupação de
joga-la no lixo, literalmente. Não tenha a generosidade de doa-la a um pescador
ribeirinho do seu local de pesca, por exemplo, já que você estará dando a
oportunidade de ter um concorrente muito grande na fauna aquática do rio. Nós
fazíamos isso e o caiçara foi juntando todas as nossas doações. Certo dia,
quando chegamos ao nosso local de pesca, vimos pendurado um grande robalo na
casa dele. Ao perguntarmos quando ele fisgou e como, respondeu: foi hoje em uma
rede que eu fiz com as linhas que o Sr. me deu! Está explicado o lixo?
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Revista
Aruanã Ed:57 publicada em 06/97
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