quinta-feira, 7 de novembro de 2019

EQUIPAMENTO - PROTEÇÃO DE CARRETILHAS E MOLINETES





Foto história de uma pescaria no Pantanal – Ilustração







Em se tratando de equipamento de pesca, quanto mais bem cuidado ele estiver menos surpresas desagradáveis nos trará em nossas pescarias. Na maioria das vezes, essa manutenção é muito fácil de ser feita.


A praticidade da embalagem para molinetes ou carretilhas

Por serem peças fundamentais em nossas pescarias, as carretilhas e molinetes têm que estar sempre funcionando muito bem. O cuidado com esses importantes e caros equipamentos deve começar pelo seu transporte, o qual deve ser realizado com cuidado, embalando-se muito bem estes materiais, já que, dentro do estojo de pesca, soltos, costumam riscar e quebrar. Há alguns anos atrás, existia uma preocupação constante em manter com o gerente de nossa conta no banco uma linha direta já que, na época, as melhores embalagens para as carretilhas e molinetes eram os sacos de moedas utilizadas pelos bancos, que fabricados em tecido grosso, serviam perfeitamente a esta finalidade. 

Era o que tínhamos em matéria de embalagem

Hoje já existem embalagens especiais para esse fim, sendo algumas até acolchoadas de espuma para evitar choques no transporte. Porém, antes de embalarmos nossos equipamentos, existem outros detalhes a serem observados. A primeira dica refere-se à lavagem, principalmente quando realizarmos pescarias em água salgada. Atualmente, tanto molinetes como carretilhas têm vedação muito mais segura do que os modelos antigos e, assim sendo, é mais difícil que a água salgada penetre dentro das engrenagens, a não ser é claro, que tenham contato direto com a água. 

Estojo de pesca com equipamentos soltos

Após usar seu equipamento em uma pescaria normal em água salgada, o pescador, assim que chegar em casa, terá de lava-lo muito bem. A melhor maneira de se fazer isso é quando se está tomando banho, aproveitando a água quente do chuveiro e o sabonete. Use uma esponja com bastante sabonete e lave muito bem externamente, inclusive fazendo movimentos de enrolar, se for carretilha, para que a espuma penetre bem na linha. No caso de molinetes, é só tirar o carretel e lavar. 

Lubrificando o equipamento

Após a lavagem, enxágue em água quente e ponha para secar. É costume dar-se algumas sacudidas no equipamento para retirar o excesso de água. Feito isso, coloque-o em local arejado, em cima de uma flanela e deixe secar por alguns dias. Após verificar que o equipamento está bem seco, use um óleo lubrificante de sua preferência, colocando uma quantidade mínima em pontos principais, tais como: manoplas, parafusos de aperto da fricção e do carretel, guia linha, desarme de lances, etc. 

Molinete

Não coloque óleo em excesso, pois irá prejudicar seu equipamento. Feito isso é hora do equipamento voltar à sua embalagem de pano, também em local arejado. A embalagem é um item muito importante, já que fora dela, será inevitável que a poeira penetre e se acumule, com o passar do tempo, em peças vitais. A propósito: quando for lavar seu equipamento da forma descrita acima, aproveite e lave também as varas de pesca e as iscas artificiais, deixando as iscas, penduradas para secar e as varas com o cabo no chão. Com cuidado, no caso das iscas, aperte a espuma e deixe a mesma escorrer por todas as iscas com a água e a espuma. 

Carretilha

No caso do equipamento ficar em contato direto com a água salgada, o melhor mesmo é procurar a ajuda de um técnico ou, se você for muito cuidadoso e souber fazer, desmontar a carretilha ou molinete para a devida lavagem e lubrificação das engrenagens. Nesse caso, deve-se retirar toda a graxa das engrenagens, lava-las com querosene e lubrificar novamente. No caso de pescarias em água doce, tal procedimento é dispensável, já que esse tipo de água não ataca nossos equipamentos. Porém, é conveniente fazer a tradicional lavagem com sabonete para manter o equipamento limpo e lubrificado e, o que é melhor, bem conservado e pronto para a próxima pescaria. 

Carretilha e molinete

Outro cuidado importante é com o carretel de linha seja ele de molinete ou carretilha. Já falamos anteriormente que a linha de pesca deve ser trocada periodicamente. No caso de carretilhas usadas em água salgada, recomenda-se a troca a cada três pescarias e, em água doce a cada cinco pescarias. Se o equipamento usado for o molinete, troque sua linha a cada duas pescarias em água salgada e a cada quatro pescarias em agia doce. As linhas usadas em molinetes devem ser trocadas com mais frequência, pois este equipamento as enfraquece e torce mais que a carretilha. 

Equipamento de praia

Na hora da troca por uma linha nova, tenha a preocupação de lavar muito bem o carretel vazio, o que poderá ser feito logo após a pescaria, na hora do banho. Quando for colocar a nova linha, passe antes um pano úmido em álcool no carretel e deixe secar bem. Aí estão algumas dicas que, com certeza, irão conservar nossos equipamentos de pesca por mais um longo período. Boas pescarias.

O sucesso do equipamento bem conservado – Foto - ilustração - de pescaria em Itumbiara

NOTA DA REDAÇÃO: Quando este artigo foi escrito na Revista Aruanã em junho de 1997, ainda pouco se falava sobre linhas multifilamento. A Berkley já havia lançado a Fireline. Outro detalhe muito importante é quando for trocar sua linha de pesca, tenha a preocupação de joga-la no lixo, literalmente. Não tenha a generosidade de doa-la a um pescador ribeirinho do seu local de pesca, por exemplo, já que você estará dando a oportunidade de ter um concorrente muito grande na fauna aquática do rio. Nós fazíamos isso e o caiçara foi juntando todas as nossas doações. Certo dia, quando chegamos ao nosso local de pesca, vimos pendurado um grande robalo na casa dele. Ao perguntarmos quando ele fisgou e como, respondeu: foi hoje em uma rede que eu fiz com as linhas que o Sr. me deu! Está explicado o lixo?



Revista Aruanã Ed:57 publicada em 06/97

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