O apaiari
é originário da Bacia Amazônica e seu nome científico é Astronotus ocellatus, família Cichlidae
(a mesma do tucunaré). De cor
verde-escura, apresenta manchas vermelhas pelo corpo e sua cauda é ornamentada
com um ocelo escuro. Normalmente atinge cerca de 1 kg de peso e 30 cm de
comprimento, sendo sua carne bastante saborosa. Além de quase não possuir
espinhas, é muito nutritiva em função do acúmulo de proteínas. O apaiari
apresenta crescimento precoce, e sua reprodução inicia-se com um ano de idade,
quando as desovas ocorrem quatro vezes por ano. Os ovos são aderentes e por
esta razão a desova se dá sobre superfície duras. O casal protege não apenas os
ovos, mas também os filhotes até um certo período da vida. Após o nascimento,
as larvas são colocadas em uma pequena cavidade na terra feita pelos pais, onde
ficam até principiarem a nadar.
Os apaiaris vivem em cardumes, em águas cuja temperatura
varia entre 20 e 30°C, morrendo a temperaturas abaixo de 10°C. É espécie
onívora, alimentando-se de pequenos peixes como as piabas e lambaris, além de
insetos. São pouco exigentes quanto à oxigenação da água, podendo viver em
pequenos lagos e açudes. Encontra-se
disponível para o pescador amador todo o ano, especialmente na primavera. Seus
pesqueiros favoritos são as margens com capim, galhadas, pedras ou tranqueiras.
Pela manhã costuma ficar oculto, sendo o final da tarde o melhor horário para a
pesca, pois é quando inicia suas explorações em busca de alimento. O
equipamento recomendado para a pesca do apaiari é o de categoria leve, composto
por vara simples com molinete ou carretilha, linha de bitola entre 0.25 a
0.30 mm e pequenos anzóis. As melhores iscas para fisgá-lo são o lambari, o
pitu, a minhoca, insetos e até mesmo camarões e moluscos. Como isca artificial,
usa-se jigs, spinners, colheres e plugs de superfície e meia-água. O apaiari é
também conhecido como acará-açú, acará-grande, apiari, bola-de-ouro, cará-açú,
cará-grande, corró-grande, corró-baiano, corró-chinês e dorminhoco, este ultimo
porque à noite cessa completamente sua atividade, chegando a ficar deitado nas
margens em águas rasas, próximo a pau e pedras.
NOTA DA REDAÇÃO: Perceberá o leitor de que não
colocamos entre os sinônimos do apaiari, a palavra “oscar”, já que são muitas pessoas que usam tal nome, erroneamente,
visto que esse peixe é da Bacia Amazônica, portanto de "nacionalidade brasileira" ou sul americana. Está mais do que na hora, de defendermos o que é nosso, e
principalmente em nomes de peixes, pois é puro esnobismo, tratá-los por “nominhos
bonitinhos”. Aí está o nosso tucunaré, que nos EUA é chamado de peacock bass e que, alguns pescadores
brasileiros usam tal nome, para defini-lo. O que lamento profundamente tal
atitude.
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