domingo, 8 de novembro de 2015

DOCUMENTO VERDADE - A PESCA AMADORA






Você se considera um pescador amador? Mas pescador mesmo, daqueles que não ficam só falando (ou postando) e arregaçam as mangas e vão à luta? Pois é, “antigamente” era assim.







Nós já publicamos aqui no blog, a Lei 7653 que na época pegou a todos nós de surpresa, tal era o rigor e, diga-se de passagem, cheia de erros e omissões, onde em seu texto original, a pesca em território brasileiro, ficava proibida em todos os segmentos. Era um absurdo o que ela regulamentava. Em 1988 eu tinha uma coluna de pesca que era publicada pelo saudoso JORNAL DA TARDE. Incentivado pelo nosso editor chefe Rodrigo Lara Mesquita, começamos uma luta que a princípio parecia insana e perdida, pois tudo emanava do Poder Federal, aliás, como hoje em se tratando de meio ambiente e suas variações. Além das publicações em minha coluna (foram várias) mantínhamos contato com os responsáveis pela emissão da lei, o senador José Fragelli – presidente do Senado Federal e Gastone Righi deputado federal, não só por telefone, mas também pessoalmente em Brasília onde fomos algumas vezes.
O leitor que agora lê este texto pode rolar o blog para trás e ver o que foi essa luta e a tal lei, que conseguimos modificar em seu texto, salvando o pescador amador, de ser proibido de praticar seu esporte/lazer. Mas, o que quero, é chamar a atenção dos pescadores de hoje, para mostrar como tudo era diferente na década de 80. Achamos por bem, em reunião com diversos empresários do setor, fazer uma publicação em uma mídia forte e que fosse vista por todos os brasileiros. Pois bem, chegamos à conclusão de que o ideal seria o JORNAL DA TARDE, e que seria muito importante que esse comunicado fosse visto pela maioria de nossa população, pescadores ou não. Como conseguir tal “proeza” seria publicar o comunicado na primeira página do JT. Foi o que fizemos e no dia 24 de janeiro de 1988, em um quarto da primeira página da edição daquele dia, lá estava o nosso comunicado. Chamamos a atenção do pescador, para que vejam os nomes da relação das empresas que contribuíram para que isso acontecesse. Merecem nosso respeito, mesmo as que já deixaram de existir, bem como as que ainda estão no segmento. Irá o leitor perceber que algumas empresas, que ainda exploram o segmento pesca amadora, não tiveram seu nome divulgado, pois ainda não existiam ou não aceitaram contribuir com o custo da publicação. Infelizmente, fica hoje muito mais fácil postar nas redes sociais algumas criticas sobre o assunto, “mas arregaçar as mangas” e sair para a luta, poucos são capazes de fazer. Para terminar, uma dessas postagens que mais me entristece é o chamado pesca e solta. Lembram em algumas postagens, os “ecochatos” da época, pois eram contra tudo e contra todos. Todo o pescador que pesca esportivamente tem o direito de levar para sua casa, desde que pescado esportivamente, a quantidade de peixes para sua alimentação e de sua família. E pescar e soltar tudo o que é fisgado é uma parcela mínima de proteção ao meio ambiente, já que centenas de quilos de pescado saem diariamente do mesmo local, pelas mãos ou redes dos pescadores profissionais. E tem mais “alguém” que é muito beneficiado pelo pesca e solta e posterior postagem mostrando o ato e onde estavam na pescaria. O leitor saberá descobrir a quem estamos nos referindo.
No canto inferior direito da postagem, a data e onde foi publicado o citado comunicado.

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