Nós já publicamos aqui no blog, a Lei 7653 que na época pegou
a todos nós de surpresa, tal era o rigor e, diga-se de passagem, cheia de erros
e omissões, onde em seu texto original, a pesca em território brasileiro,
ficava proibida em todos os segmentos. Era um absurdo o que ela regulamentava.
Em 1988 eu tinha uma coluna de pesca que era publicada pelo saudoso JORNAL DA
TARDE. Incentivado pelo nosso editor chefe Rodrigo Lara Mesquita, começamos uma
luta que a princípio parecia insana e perdida, pois tudo emanava do Poder
Federal, aliás, como hoje em se tratando de meio ambiente e suas variações. Além
das publicações em minha coluna (foram várias) mantínhamos contato com os
responsáveis pela emissão da lei, o senador José Fragelli – presidente do
Senado Federal e Gastone Righi deputado federal, não só por telefone, mas também
pessoalmente em Brasília onde fomos algumas vezes.
O leitor que agora lê este texto pode rolar o blog para trás
e ver o que foi essa luta e a tal lei, que conseguimos modificar em seu texto,
salvando o pescador amador, de ser proibido de praticar seu esporte/lazer. Mas,
o que quero, é chamar a atenção dos pescadores de hoje, para mostrar como tudo
era diferente na década de 80. Achamos por bem, em reunião com diversos
empresários do setor, fazer uma publicação em uma mídia forte e que fosse vista
por todos os brasileiros. Pois bem, chegamos à conclusão de que o ideal seria o
JORNAL DA TARDE, e que seria muito importante que
esse comunicado fosse visto pela maioria de nossa população, pescadores ou não.
Como conseguir tal “proeza” seria publicar o comunicado na primeira página do
JT. Foi o que fizemos e no dia 24 de janeiro de 1988, em um quarto da primeira
página da edição daquele dia, lá estava o nosso comunicado. Chamamos a atenção
do pescador, para que vejam os nomes da relação das empresas que contribuíram para
que isso acontecesse. Merecem nosso respeito, mesmo as que já deixaram de
existir, bem como as que ainda estão no segmento. Irá o leitor perceber que
algumas empresas, que ainda exploram o segmento pesca amadora, não tiveram seu
nome divulgado, pois ainda não existiam ou não aceitaram contribuir com o custo
da publicação. Infelizmente, fica hoje muito mais fácil postar nas redes
sociais algumas criticas sobre o assunto, “mas arregaçar as mangas” e sair para
a luta, poucos são capazes de fazer. Para terminar, uma dessas postagens que
mais me entristece é o chamado pesca e solta. Lembram em algumas postagens, os “ecochatos”
da época, pois eram contra tudo e contra todos. Todo o pescador que pesca
esportivamente tem o direito de levar para sua casa, desde que pescado esportivamente,
a quantidade de peixes para sua alimentação e de sua família. E pescar e soltar
tudo o que é fisgado é uma parcela mínima de proteção ao meio ambiente, já que
centenas de quilos de pescado saem diariamente do mesmo local, pelas mãos ou
redes dos pescadores profissionais. E tem mais “alguém” que é muito beneficiado
pelo pesca e solta e posterior postagem mostrando o ato e onde estavam na
pescaria. O leitor saberá descobrir a quem estamos nos referindo.
No canto inferior direito da postagem, a data e
onde foi publicado o citado comunicado.
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