No início do outono, muitos pescadores começam a se dedicar a
um tipo de pesca que costuma ser muito produtiva, além de poder ser feita desembarcada.
Trata-se da pesca do espada. Vamos saber mais sobre este peixe.
Popularmente conhecido como espada, em virtude de seu formato,
seu nome científico é Trichiurus lepturus.
Possui a coloração prateada e boca guarnecida de fortes e pontiagudos
dentes, mas sua principal e mais marcante característica é mesmo a forma de seu
corpo, que se assemelha muito a uma espada. Sua nadadeira dorsal vai da cabeça
até a cauda e é um peixe desprovido de nadadeira caudal e ventral. Habita o
fundo do mar até uma profundidade de 30 metros aproximadamente e se distribui
por todo o litoral brasileiro. Pode atingir 1,5 m de comprimento e pesar até
2,5 kg. Alimenta-se de crustáceos e pequenos peixes. Sua carne é de bom sabor,
principalmente a dos exemplares com mais de um metro de comprimento. Os
melhores locais para sua pesca são os canais, os rios e enseadas à beira-mar.
Em algumas regiões, o espada costuma também frequentar os costões e até mesmo
alto mar. Sua pesca é possível durante o todo ano, e suas iscas preferidas são
a sardinha, que tanto poderá ser iscada inteira como em pedaços, camarões,
crustáceos e pequenos peixes. Um dos métodos para a pesca do espada consiste no
uso de anzol simples ou garatéia, empate de aço, chumbada de correr e bóia de
isopor. Essa bóia deve ficar solta na linha, permitindo que a isca fique
aproximadamente de um a três metros de profundidade. Para se conseguir isso,
dá-se um nó na linhada, fazendo com que a bóia pare nesse ponto. Os lances são
dados ao sabor de uma maré, a uma distância considerável da margem e deve-se
deixar a isca correr junto com a maré, livremente. A melhor maré é a vazante.
Quando se dá o lance, a chumbada leva a isca para baixo, ficando suspensa pela
bóia na altura desejada. Como o espada costuma se fisgar sozinho, a linha deve
permanecer solta. Quando o peixe der o sinal, afundando a bóia, um arranco
firme ajuda a fisga-lo definitivamente. Recomenda-se cuidado ao retirá-lo do
anzol em função da característica de seus dentes, que podem provocar
ferimentos. São seus sinônimos: peixe-espada, espada-branca de olhos vermelhos,
espada-montezuma e cutlass-fish.
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