Ao fisgar um curimbatá, o pescador amador não deve ter pressa
para retirá-lo da água. A briga será divertida e durará bom tempo, já que o
peixe só se entrega após ter ficado bem cansado.
Ao fisgar um curimbatá, o pescador amador não deve ter pressa
para retirá-lo da água. A briga será divertida e durará um bom tempo, já que o
peixe só se entrega após ter ficado bem cansado.
Cientificamente classificado como Prochilodus scrofa, o curimbatá não tem sua carne classificada como
boa pelo fato de se alimentar no lodo, o que prejudica seu sabor, mas a
esportividade que ele proporciona quando fisgado compensa sua pesca. Comum em
nossos rios pode ser encontrado praticamente em todo o Brasil, existindo pelo
menos duas dezenas de peixes diferentes desta espécie. Nas represas, sua pesca
só é possível devido a peixamentos efetuados anteriormente. A fêmea desenvolve
mais que o macho, atingindo cerda de 70 cm e quase 7 quilos de peso, contra menos
de 3 quilos e 55 cm do macho. Curimbatá-da-lagoa, curimbatá-uvu, saguiru e
soguaguá são sinônimos desse peixe de coloração prateada e muito ativo, já que
chega a percorrer até 16 quilômetros em um dia quando em seu ambiente natural.
A melhor época para sua pesca ocorre no período compreendido entre a primavera
e o verão, mas podemos encontrar o curimbatá durante todo ano. Entre todos os
peixes de água doce, é uma das espécies mais difíceis de serem fisgadas, sendo
preciso muita sensibilidade do pescador para perceber o momento em que o peixe
ataca a isca, o que se traduz em leve envergar da ponta da vara. Possui boca
pequena, de onde proveio sua fama de “mamar” a isca antes de morder, estando
exatamente nessa característica a dificuldade de fisgá-lo. A presença do
curimbatá é inevitável nos locais onde se prepara uma ceva para piaus ou
piabas, que pode ser constituída de milho, restos de comida ou mesmo sobras de
queijo. Como iscas recomenda-se a tradicional massa de farinha (mandioca ou
trigo), pequenos pedaços de queijo, minhocas, caranguejo e milho verde. O
equipamento apropriado é o de categoria leve a média, usando-se vara simples ou
vara com molinete ou carretilha, de ponta flexível, além da linha de bitola
0.30 a 0.45 mm e anzol de tamanho pequeno. O chumbo deverá ser o de formato
oliva, variando seu peso de acordo com a correnteza do pesqueiro.
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