Nesta edição vamos
conhecer o beijupirá, peixe marinho de características muito interessantes,
prometendo uma pescaria que pode se transformar em uma verdadeira aventura.
Dependendo da região do Brasil onde é
encontrado, este peixe é conhecido por vários nomes diferentes, sendo que o
mais comum, porém, é “beijupirá” mesmo, e é como vamos chamá-lo aqui. A
denominação científica da espécie a que nos referimos é Rachycentron canadus. Sua área de atuação estende-se desde os
Estados Unidos até a Argentina, estando persente também em toda a costa
brasileira. Comumente, esta espécie é habituada a viver em águas cuja
profundida atinge até 20 metros, vindo, no entanto, buscar alimento na
superfície. Esta particularidade já dá ao pescador a primeira dica, pois é na
superfície que devemos tentar pescar o beijupirá, usando preferencialmente como
isca pequenos peixes vivos, tais como sardinhas, manjubas, baiacus e até mesmo
pequenos cações. A pesca com iscas artificiais dá bons resultados,
principalmente quando a utilizamos na modalidade de corrico, sendo que para
este peixe os modelos mais indicados são os plugs de tamanho grande, providos
de barbelas. Quando fisgado, o beijupirá dá muito trabalho ao pescador até que
esteja cansado suficiente para se entregar, sendo que o material mais
recomendado é o de categoria pesada, ou seja: molinete ou carretilha de bom
tamanho e linha de bitola 0,70mm. Quanto ao aspecto dessa espécie, podemos dizer
que a cor predominante no dorso é marrom escuro, enquanto o ventre é
esbranquiçado. Uma curiosidade com relação a estes peixes é o fato de gostarem
de ficar próximos às arraias, principalmente as jamantas, já que elas têm o
hábito de nadar perto do fundo para caçar moluscos e para isto revolvem a
areia. Então, o beijupirá aproveita a vantagem de obter para si parte dos
alimentos conseguidos pelas arraias neste processo. Um dos pesqueiros mais
famosos deste peixe, fica em Conceição da Barra, no estado do Espírito Santo,
onde há registros de captura de exemplares de 30kg. O recorde brasileiro para o
beijupirá pertence a um exemplar que pesou 41,7kg e atingiu 2m de comprimento.
Um outro hábito desta espécie é adentrar a boca dos canais e rios à beira-mar
para vir de alimentar dos pequenos peixes que lá estão. Esses locais são
excelentes pesqueiros de beijupirá, principalmente nos meses de novembro a
maio. A carne do beijupirá é de excelente sabor, sendo que o podemos
considerá-lo de um peixe de carne gorda. Conforme a região do Brasil, recebe
ainda os seguintes nomes: beijo-pirá, biupirá, cação-de-escamas, peixe-rei,
pirambiju e pirabiju.
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