O serelepe é o nosso esquilo. Dependendo da região do país,
ele também é conhecido por outros sinônimos. Saiba mais sobre o serelepe.
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O serelepe pertence à família Ciurídeos do gênero Sciurus, aliás do mesmo dos esquilos da Europa, onde porém as
respectivas espécies são maiores e têm um pincel de pelos maiores nas orelhas.
Caracteriza-os a cauda longa, peluda, mais comprida que o corpo. São
essencialmente arborícolas e muito ágeis e espertos: sobem ou descem pelos
troncos das árvores e pulam de um galho a outro com extrema facilidade. Isto é
possível graças às suas unhas aguçadas que se fixam nos paus roliços. Nas
taquaras do mato, é comum encontrar-se pequenos furos quadrangulares, abertos
como que a canivetes, com os bordos talhados obliquamente; parecem que são
vestígios de serelepes que aí procuram não só a água para beber, contida entre
os nós, como também algum inseto, cujo ruído não escapou ao ouvido atento desse
roedor. Carece mais informações de que nessas taquaras está a lagarta roliça da
mariposa, chamada de bicho-da-taquara, que faz parte de sua alimentação.
Comporta-se diferentemente dos esquilos da Europa e dos Estados Unidos, onde
tais roedores são muito mais encontrados, pouco esquivos e curiosos, podendo
até ser considerados como quase amigos do homem. No Brasil, esses encontros, em
nossas matas, são muito mais raros, e por esta razão pouco ou nada se sabe de
sua vida íntima. A espécie mais comum no Brasil meridional é a Sciurus aestanus, de cor pardo-bruna e
finamente salpicada de ocre.
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Das doze espécies brasileiras, sem dúvida as amazônicas são
as mais interessantes, pelo colorido ruivo ou vermelho com a barriga branca,
como o Sciurus langsdorffi, do Brasil
central. No folclore amazônico, afirmam os caboclos que as mães o invocam para
que façam dormir as crianças, pois é ele o mais dorminhoco de todos os
quadrúpedes da fauna amazônica. Alguns historiadores citam a frase das mães:
“Acutipuru, empresta-me o teu sono, para minha criança também dormir”.
Acutipuru, como se vê, é um dos sinônimos como o serelepe é conhecido, porém
outros também lhe são atribuídos, dependendo da região do nosso país:
caxinguelê, caxinxe, quatiaipé, quatimirim, quatipuru e agutipuru.
Bibliografia consultada:
Dicionário dos Animais do Brasil – Rodolpho Von Ihering
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