Característico dos grandes brasileiros, o pintado, devido às
grandes dimensões que atinge, é considerado um verdadeiro prêmio para o
pescador amador. Vamos conhece-lo.
Para se começar a falar do pintado, antes é necessário tirar
uma dúvida, aliás bastante simples: pintado ou cachara? Pois bem, a melhor
maneira de seu conhecer o pintado é pela coloração, ou seja, o pintado Pseudoplatystoma corruscans é o peixe,
conforme o nome diz, todo pintado. Já o cachara, Pseudoplatystoma fasciatus, é aquele peixe que apresenta grossas
riscas pretas transversais, algumas mais compridas que as outras. A grande
confusão é que, em diversas regiões do Brasil, tanto um como o outro são conhecidos
como “surubim”, o que praticamente não está errado, visto que assim são
denominados pelos grandes mestres. Todavia, para que não exista essa confusão,
seria necessário acrescentar ao primeiro nome, o segundo nome que lhes
identifica a espécie. Exemplo: surubim
pintado ou surubim cachara. Tais
explicações são necessárias apenas para se conhecer melhor o peixe, o que não
lhe tira o mérito de ser um dos peixes mais procurados pelo pescador amador,
não só pela esportividade de sua pesca, como também pelo sabor de sua carne que
é excelente. Sua área de atuação estende-se por todo o Brasil, mas os grandes
espécimes estão, sem dúvida, no Pantanal de Mato Grosso, tanto do norte como do
sul. Alguns cientistas chegam a afirmar que o pintado atinge 3,3 m de comprimento.
Sua pesca pode ser praticada durante todo ano, no entanto, pode-se afirmar que
ela é mais rentável no meses de julho a outubro. Quanto a iscas, esse peixe não
é muito exigente, pois pega bem em tuvira, piramboia, lambari, piavas, filés de
curimbatá e outros peixes e, quando o rio é espraiado, não é difícil fisgar-se
alguns exemplares em iscas artificiais, como colheres ou plugs, usados na
modalidade de corrico. A bitola da linha a ser usada varia, e muito, de região
para região, mas as mais recomendadas são as linhas a partir de 0,60mm. As
varas devem ser de categoria pesada, assim como a carretilha ou molinete. É
costume usar-se um empate de aço de mais ou menos 30 cm e anzóis de bom
tamanho. Seus melhores pesqueiros são os poções fundos, onde haja remansos de
rio. No entanto, um outro lugar muito bom são as entradas de corixo, onde a
água é um pouco mais rápida. Se na entrada desses corixos houver praias de
areia, a possibilidade de se encontrar essa espécie duplica. Sua pesca pode ser
praticada de dia ou de noite, porém uma afirmação pode ser feita: os melhores
horários são ao amanhecer e ao anoitecer. Nesses horários os surubins estão
mais ativos para atacar as iscas. Apesar de se pescar de caceio e de corrico
(quando se está pescando dourados), grande parte dos pescadores prefere faze-lo
com o barco apoitado. Devido ao porte de alguns peixes, é conveniente o uso de
um bom bicheiro para embarca-los. As chumbadas devem variar em peso e tamanho
de acordo com a correnteza do rio, porém, o formato mais recomendado é o da
“oliva”, e solta na linha.
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