segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

ESPECIAL - ASSIM NASCEU A REVISTA ARUANÃ







Já que alguns amigos postaram a capa da Revista Aruanã nº1, acho que chegou a hora de contar como ela nasceu – salvo enganos ou omissões – para os amigos que postaram essa capa e aos que a visualizaram. Dentre eles Gilmar Arruda, Afonso Gomes Gomes, Alexandre Cardoso Pesca e Manolo Heraclito Fernandez, Alejandro Garcia Pousadas. Foi assim:



O Editorial do nº 1



A primeira capa




Desde muito cedo eu comecei a trabalhar com futebol, na Rádio Panamericana (hoje Jovem Pan), na Rádio e TV Record , as três faziam parte das Emissoras Unidas de Rádio e Televisão. Trabalhei pouco na Rádio Bandeirantes, fiz alguns programas de pesca na TV e Rádio Gazeta, TV Manchete e por ultimo Rede Globo de rádio. Após essa “fase rádio” fui convidado por Rodrigo Mesquita – Editor Chefe do Jornal da Tarde, para fazer uma coluna de pesca. Na minha cabeça era uma grande mudança já que eu só havia feito jornalismo falado e nunca escrito. Essa foi a grande mudança, pois no querido JT, aprendi com grandes mestres de como escrever. A coluna de pesca do JT era um grande sucesso, pois eu escrevia de um jeito que agradava o pescador amador leitor. No JT havia um departamento de vendas de publicidade e nele eu entrei e fiz vários cursos de publicidade e vendas. Aprendi muito e vendi muitos anúncios de publicidade nesse mercado que ladeavam a coluna de pesca. Paralelamente trabalhava também em um segundo emprego em grande gráficas, fazendo também diversos cursos do “linotipo ao laser”, era esse o nome do curso. Pronto, já dá para somar um mais um. Mais “coincidências”? Vamos lá. Minha filha mais velha fazia uma Faculdade de Artes. Fazia também um curso de desenho particular. A filha do meio fazia Faculdade de Letras - português- Eu tinha uma sócia (Zenaide) cujo marido foi o grande incentivador de eu fazer a revista de pesca. Infelizmente faleceu antes do número 2, mas tive o prazer de apresentar a ele, as iscas artificiais na velha Represa de Mairiporã, pescando bass e em Água Vermelha atrás do tucunas. Em um pequeno sobrado, na Rua Vitorino de Moraes em Santo Amaro, foi a primeira sede da revista.



O logotipo definitivo da Revista Aruanã 
 Éramos três: duas filhas, eu e um boy, além de alguns colaboradores. Lançamos o número 1 cuja capa foi essa publicada, mas acho que o editorial dessa nº1 também mostrava ao que vínhamos no segmento pesca amadora. Um jornalista/pescador, uma produtora de arte, uma copy desk formada em português. Coincidência? Talvez, mas acredito mais em destino. O resto o nosso leitor que nos leu sabe no que deu. Brigas com autoridades de meio ambiente, fiscalização de pesca, pesca profissional, pesca predatória etc. Montamos uma loja de pesca já em nossa sede própria. Visitamos as principais fábricas de artigos de pesca no mundo: Noruega, Finlândia, Suécia, Estados Unidos, Japão, que fabricavam as verdadeiras joias de equipamentos e “ainda”, originais. Viagens por todos os rios do Pantanal, Araguaia em mais de 1.300 km, cursos de pesca amadora, vídeos de pesca. Os principais roteiros de pesca no Brasil acampando e dando todo o roteiro com os serviços para sua execução (lições do JT). A primeira Portaria para o tamanho dos robalos e sua época de defeso. Enfim, fizemos sucesso, principalmente por valorizarmos nossa gente e nossas coisas. Jamais aceitei fazer um roteiro fora de águas brasileiras, como também na época, os chamados de pesque e pague, pois éramos e ainda sou contra pescar em ambientes fechados. Enfim difícil é listar 78 edições, bem como citar os grandes mestres de jornalismo e pesca com quem convivi. Abro apenas uma, MESTRE JUJU no Pantanal. Parei na edição 78 por ver que o mercado estava ficando, digamos, “diferente” e por um grande stress, diagnosticado por um médico pescador e amigo. Peço desculpas de não mencionar toda a existência da Revista Aruanã, mas acho que dá para fazer uma ideia de nosso – sem modéstia – sucesso. Abraço a todos.                                  

2 comentários:

  1. Sucesso incontestável, Toninho! Na época, eu ficava ansioso esperando a revista chegar às bancas, já que era bimestral. Tenho um amigo, que foi meu sócio no Amazonas em locação de barcos, o Guila, que fez seu curso de iscas artificiais no Parque da Água Branca, e nunca mais parou. Tenha certeza que a revista foi a responsável pela iniciação de muitos pescadores na pesca com isca artificial. Isso é história, Toninho, e história é para sempre! Belo trabalho e contribuição para a pesca esportiva!

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  2. Marcão: Esta semana está sendo especial para mim. Várias alegrias e fatos acontecendo. Aqui está mais uma: o seu comentário. Mas permita acrescentar mais alguma coisa a ele. Se eu fiz história, você, meu amigo a fez também. Quer uma amostra? Em suas pescarias, com uma câmera na mão ou não, quantas histórias você e capaz de lembrar??? ´É isso amigo, com certeza daria para encher um livro de muitas páginas. Quanto a Aruanã ser a responsável por incentivar muita gente a pescar, acredito que é verdade mas, também eram poucas as publicações sobre pesca. Enfim, deixa prá lá. Você como eu, fizemos e continuamos a fazer nossa parte, se quiserem que sejam história, que sejam. Abraço pescador.

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