O Quem é Quem desta edição vai abordar essa empresa
que se dedica, em sua linha de produtos, à segurança marítima.
Para começar, temos que voltar no tempo, mais ou menos para o
início da década de 60. Naquela época, o Antonio de Castro e o Abílio Pereira
da Silva, seus atuais diretores e fundadores, ocupavam um pequeno escritório na
rua Conselheiro Crispiniano e estavam começando suas atividades no ramo, já que
a firma original que fabricava esses equipamentos havia chegado a seu final.
Daquele pequeno escritório, e a custo de muito trabalho e principalmente muita
dedicação e com produtos de alta qualidade, a Arimar chegou onde está hoje,
sendo seus produtos reconhecidos não só no Brasil, mas também internacionalmente,
já que exportam seus coletes para diversos países da America Latina. Com
aproximadamente 100 funcionários, a produção atinge, hoje, 15.000 unidades
mensais, distribuídas em mais de 16 modelos diferentes.
SEGURANÇA
E QUALIDADE
Em se tratando de segurança, a qualidade do produto deve
apresentar-se impecável, e o colete ASCOT é tão bom que praticamente todos os
navios da Marinha de Guerra do Brasil estão equipados com eles, sendo inclusive
o único a ser por ela testado e aprovado. Na Arimar tivemos oportunidade de
ver, na linha de fabricação, que todos os coletes são fabricados manualmente
usando matérias primas flutuantes, tais como fibra vegetal (kapok), espuma de
polietileno com células fechadas, espuma de PVC com células fechadas e espuma
de poliuretano. Os modelos 707, bem como os demais, são feitos em partes
separadas entre si, e em caso de defeito ou dano em uma das partes, as outras
continuam cumprindo sua função. A fibra é escolhida e ensacada em embalagens de
PVC pneumático, muito resistente e fechadas eletronicamente. Após essa
operação, são colocados em embalagens finais de tecido de nylon costuradas com
linhas especiais. As tiras que servem para prender o equipamento ao corpo são
ajustáveis e confeccionadas em cadarços de nylon. Antes de irem para a
expedição, passam por cuidadosos testes de qualidade. Dentre os modelos
tradicionais de coletes, devemos destacar alguns que particularmente nos
chamaram a atenção. Contrastando com os modelos militares, ali estavam os
pequeninos coletes salva-vidas para recém nascidos, feitos para garantir a
segurança de bebês em viagens marítimas.
Boias e balsas salva-vidas, muito usadas na Amazônia
brasileira e que ervem para salvar, coletivamente, até 22 pessoas. Como a
Arimar é uma firma que fabrica produtos voltados para a segurança, quis saber
de seus diretores se havia alguma coisa a contar nesse sentido. O Abílio foi
quem me disse o seguinte: “há algum tempo, recebemos uma carta do nordeste do
Brasil, onde aconteceu este fato. Um barco de pesca, com 15 tripulantes, foi abalroado
em alto mar, por um navio de bandeira estrangeira. Com o forte impacto, a
embarcação pesqueira foi completamente destruída e seus tripulantes lançados ao
mar. O navio nem parou e esses 15 homens ficaram a noite inteira à mercê das
ondas até o dia seguinte, quando foram resgatados por outros barcos. Segundo os
sobreviventes, e isso para nós é motivo de orgulho, sua segurança total foi
garantida por estarem, todos, usando nossos salva-vidas.” “Por diversas
oportunidades – continua Abílio – temos tido aqui em nossos escritórios outros
depoimentos de pessoas que fazem questão de vir aqui para agradecer e contar
fatos onde o salva-vidas teve papel fundamental e importante.”
Publicidade da Arimar na Rev.Aruanã
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REFORMAS
No setor de reformas da empresa, nós mesmos tivemos a
oportunidade de ver um salva-vidas, conhecido como “salsicha”, devido ao seu
formato, usado pelos homens responsáveis pela segurança dos banhistas nas praias.
Em um destes modelos, estavam bem visíveis as marcas das unhas humanas a
demonstrar a ânsia de viver dessa pessoa que estava se afogando e foi salva por
algum herói anônimo. Vai aqui uma dica a quem tenha qualquer modelo de colete
da marca ASCOT que, por qualquer motivo, foi danificado: a Arimar tem um setor
especializado em reformar qualquer um de seus modelos e atende a qualquer região
do Brasil, bastando apenas que o usuário mande, por intermédio de seu
fornecedor, a peça danificada. O custo dessa reforma é bem baixo. Para
terminar, quis saber do Castro se ele tinha alguma coisa a contar. Ele me
mostrou, com orgulho, uma carta do Ministério da Marinha, onde o Comandante do
Primeiro Distrito Naval cumprimentava os diretores da Arimar e fazia inclusão
dessa firma como “empresa relacionada com a segurança nacional.” E mais,
segundo Antonio de Castro, o custo de um colete salva-vidas e menor do que, por
exemplo, o preço de uma simples camiseta esportiva. “E, em certas ocasiões, de
vital importância”, finalizou ele.
NOTA DA REDAÇÃO: Até hoje é comum ver-se pescadores amadores usando coletes salva-vidas... como assento. Um absurdo já que na hora de um acidente, pouco tempo dará para vestirmos o colete da maneira correta. Podemos até admitir que se tire o colete, quando o barco estiver parado, desde que o pescador saiba nadar. O modelo citado nesta postagem, é o único que mantém, seu usuário, na posição com a cabeça para fora da água, mesmo que o pescador esteja desacordado.
NOTA DA REDAÇÃO: Até hoje é comum ver-se pescadores amadores usando coletes salva-vidas... como assento. Um absurdo já que na hora de um acidente, pouco tempo dará para vestirmos o colete da maneira correta. Podemos até admitir que se tire o colete, quando o barco estiver parado, desde que o pescador saiba nadar. O modelo citado nesta postagem, é o único que mantém, seu usuário, na posição com a cabeça para fora da água, mesmo que o pescador esteja desacordado.
Revista Aruanã Ed:5 publicada em 06/88
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