Para nós pescadores amadores, que continuamente estamos no
meio ambiente, encontrar uma serpente cascavel pode ocorrer. Animal dotado de
peçonha, ou seja, veneno que pode levar a óbito é um bicho que deve ser
conhecido melhor, em seus detalhes.
Um animal peçonhento é aquele que
segrega substâncias tóxicas com o fim especial de serem utilizadas como armas
de caça ou defesa. Apresentam órgãos especiais para sua inoculação. Portanto,
para que haja uma vítima de peçonhamento, é necessário que a peçonha seja
introduzida por este órgão especializado, dentro do organismo da vítima. Gênero
Crotalus Espécie – Crotalus durissus terrificus. As
cascavéis possuem a cabeça triangular, recobertas por escamas, e tem fosseta
loreal (ou lacrimal) – um pequeno orifício entre os olhos e as narinas. Seu
corpo é recoberto de desenhos em forma de losangos marrom-escuros, com frisos
amarelo-pálidos ao longo da coluna vertebral.
São solenóglifas (possuem os
dentes maxilar superior na parte anterior da boca, apresentando um canal interno
por onde circula e se escoa o veneno). De hábitos noturnos, a cascavel vive em
lugares arenosos e secos. Entretanto, confirmando que a presença de serpentes
numa área é consequência da própria presença do homem, em Rondônia já foram
identificadas cascavéis. São de hábitos noturnos, movimentos lentos e em sua
maioria vivíparos (expelem filhotes vivos).
Ao ser picado por uma cascavel, os sintomas mais
comuns são: sensação de formigamento no membro atingido, dores em diversos
locais do corpo, tontura, perda total ou parcial da visão, urina cor de
coca-cola. No quesito de primeiros socorros é aconselhável fazer perfurações e
sangria no local da picada. Manter a vítima deitada, com o mínimo de
movimentos, portanto não ande e procure gritar por socorro. Como outras
serpentes todos os répteis são da ordem dos ofídios, representada no Brasil por
sete famílias, que compreendem ao todo cerca de 200 espécies, de acordo Catálogo
de Afrânio do Amaral, 1936. A nomenclatura científica distingue cobras “opistóglifas” (com dentuças na
extremidade posterior do maxilar superior). Um detalhe significante é dizer que
sua cabeça é toda revestida de escamas pequenas, alinhadas em séries oblíquas; além
disto, há, entre a narina e o olho, uma pequena covinha, como a não tem nenhuma
outra cobra não venenosa.
Obras/instituições consultadas: Instituto
Butantã e Dicionário Animais do Brasil de Rodolpho Ihering, com desenhos
originais.
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