A capivara, o maior dos roedores, é um animal de aspectos diversos e fascinantes. Nesta matéria,
vamos conhecer um pouco mais de suas peculiaridades.
É o maior de todos os roedores. Hydrochoerus hydrochoerus .
Atinge 1 metro de comprimento; a cor é uniforme, parda, nem muito avermelhada
nem muito amarelenta. Não tem rabo; suas orelhas são pequenas. Vive sempre à
beira d’água, que é seu refugio, quando perseguida; nada e mergulha bem. Forma
sempre pequenas varas, que não raro, contam até 20 indivíduos. Alimenta-se como
perfeito herbívoro e naturalmente dá preferência ao arroz ou milho novo, pelo
que nas regiões ribeirinhas causa, às vezes, muito dano. Passa o dia escondida,
perto da água e só a noite vêm pastar.
Assim, só a espingarda pode valer ao lavrador. A carne não agrada a todos os
paladares, mas o óleo extraído pela fervura e que depois foi exposto ao sereno,
é considerado medicamento valioso. O couro tem boa aplicação para certos fins,
laços principalmente. É característica sua posição de repouso, sentada como um
cão. Alguns caçadores distinguem uma espécie branca, “capivaratinga”, mas trata-se
apenas de indivíduos velhos, que ficam grisalhos. Veja-se também”capincho”. Na
Amazônia, às vezes vêem-se capivaras domesticadas, que então acompanham as
crianças mesmo durante o banho. Esses animais são atacados, como o cavalo, pelo
“mal das cadeiras”, pelo que alguns cientistas desconfiam que sejam estes
grandes roedores os depositários do flagelado Trypanosoma equinum. De fato, é sabido que, de tempos em tempos, a
epizootia determina grande mortandade entre as capivaras.
O distinto pintor
Teodoro Braga, afirmou-nos que os marajoaras criadores de gado incluem as
capivaras entre os perniciosos inimigos da criação, “porque eles envenenam a água
e fazem morrer o gado”. Ainda uma vez devemos dar razão à intuição do povo que
assim, sem saber, atinou, antes dos cientistas, com os depositários do causador
do “mal-de-cadeiras” (ou “quebra bunda”, como lá diz o povo).
Bibliografia consultada no original:
Dicionário dos Animais do Brasil – Rodolpho Von Ihering.
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