terça-feira, 1 de julho de 2014

O FAROL DA SOLIDÃO

ROTEIRO




A nossa aventura começou em Tramandaí, no Rio Grande do Sul. Fomos pescar na modalidade de praia em 180 quilômetros de litoral, desde a cidade de onde saímos até a Barra da Lagoa do Peixe. O Farol da Solidão era um dos bons pesqueiros. Vamos juntos descobrir este litoral ainda bastante selvagem e com muito peixe.

Os riachos de praia


Para a localização melhor do leitor, vamos tomar como base a cidade de Porto Alegre. Após percorrermos 118 quilômetros por ótima estrada chegamos a Tramandaí, onde se localiza uma plataforma de pesca que já foi matéria na Aruanã (nº20). Nesta parte da viagem, estávamos em companhia de Hélio de Camilis, presidente da plataforma de pesca de Tramandaí, que havia nos recepcionado no aeroporto.
Estava acertado que à noite, na casa de praia do Hélio, mais dois companheiros iriam  juntar-se a nós, completando então a equipe desta aventura: o Gustavo e o Rogério.
Mais ou menos às 4 horas da tarde começou a chover com tudo que uma chuva tinha direito. Ventos, trovões, relâmpagos e chuva forte. Com o grupo formado, os olhares eram de indagação, já que uma das possibilidades era sair à noite, para que pela manhã estivéssemos no primeiro pesqueiro. Tal hipótese, devido a chuva forte, foi descartada e restou passarmos a noite em Tramandaí.
Como ninguém é de ferro e ainda por estarmos no Rio Grande do Sul, em companhia de três gaúchos, decidimos fazer um churrasco. “Estava bom barbaridade, tche!”

Carcaça de barco, ótimo pesqueiro


Após o churrasco, lá pelas  duas horas da manhã, a chuva parou completamente e já havia estrelas no céu. Confirmada a saída para às 6 horas da manhã. Como sempre (e isso só pescador entende), a noite, pela ansiedade,  foi mal dormida.
Na hora marcada, um ronco de motor nos avisou que os companheiros tinham chegado à casa do Hélio: estava então começando a nossa aventura/pescaria/reportagem. Um capítulo a parte foi o veículo que iríamos usar na pescaria. Completamente reformada, uma Rural Willis, com tração nas quatro rodas, motor de Opala, câmbio de caminhão, pneus especiais e um guincho elétrico  no para-choque dianteiro. O interior da Rural, também todo reformado, nos dava o luxo de bancos individuais, carpete, rádio, toca-fitas, televisão e até rádio amador na frequência marítima, operando em VHF 2 metros.
As varas de pesca, ou caniços, como eles chamam lá, estavam amarradas nos suportes do teto. De Tramandaí fomos até Cidreira pelo asfalto, quando então passamos definitivamente para a areia da praia.

A barra da Lagoa do Peixe, com os caranguejos na margem.

São 180 quilômetros de praia única, recortada vez por outra por pequenos riachos. À esquerda o mar, no centro a praia e à direita dunas de areia, com altura regular. Essa foi a paisagem na maior parte do trajeto. Ficamos sabendo que os riachos são os únicos perigos que se apresentam, já que pela movimentação da água formam “degraus”, às vezes com altura de 1 metro, fazendo então o menos avisado “voar” com o carro, com todas as consequências deste ato. Se nesse vôo, o motor morrer e não pegar logo, a areia começa a tragar o veículo. São vários carros que hoje “repousam” definitivamente nas areias das praias.
Uma curiosidade: os tais riachos são formados pelas águas da chuva, acumuladas durante vários dias ou meses, dentro de represas formadas pelas dunas. Quando a água é muita, a represa arrebenta e a água, à guisa de voçoroca, com grande força e barulho, vem direto para o mar, formando então um novo riacho, que nas primeiras horas chega, à profundidade de 1 metro. Com a vazão da água toda, os riachos voltam a ter de profundidade apenas alguns centímetros, sendo então vencidos, com cuidado, pelo veículo. Foi realmente o único perigo maior que constatamos nessa pescaria, já que os “fofos”  (areia fofa) estão mais perto das dunas e o encalhe do veículo pode ser facilmente evitado. O ideal é trafegar sempre na areia mais firme, o que se consegue mais perto do mar.

A equipe, da esquerda para a direita: Gustavo, Hélio e Rogério


Finalmente, após duas horas de boa viagem, chegamos à barra da Lagoa do Peixe, onde iríamos jogar a isca na água pela primeira vez.
Durante o trajeto, vários são os pesqueiros bons que se apresentam e são conhecidos por nomes como Obelisco (barco afundado) , Irene (barco afundado), Monte Atos (barco afundado), Farol da Solidão, Barra do Papagaio (rio de duna), Barra do Tarumã (rio de duna), Praia São Simão, Praia de Mostardas, Farol de Mostradas, Largamarzinho e Barra da Lagoa do Peixe.
Nessa praia, a expressão barco afundado define cascos de vários navios que, por motivo que não sabemos, vieram após o naufrágio parar na areia da praia. Perto desses barcos, com o movimento das marés, formam-se poços profundos, e como os cascos estão todos cobertos mariscos, ostras e cracas, são excelentes pesqueiros, por exemplo, para miraguaia, peixe abundante na região e que infelizmente não tivemos oportunidade de fisgar, já que nossa meta maior era os mangonas, que são os grandes cações fisgados na praia.

Farol de Mostardas

Vara armada a espera e Corvina

Parando vez ou outra para as tradicionais fotografias, chegamos à Lagoa do Peixe, por volta de 1 hora da tarde. Segundo os companheiros, do outro lado da barra da lagoa era o melhor pesqueiro.
Paramos perto de um acampamento de pescadores amadores, à margem da lagoa, para saber das novidades. Eram boas, já que na parte da manhã, eles haviam fisgado 17 grandes corvinas, algumas até com 4 quilos de peso.
Fiz algumas fotografias da lagoa, que nesse ponto tem mais ou menos uns quinhentos metros de extensão. Sem comentar nada com os demais, fiquei imaginando como é que iríamos passar para o outro lado, já que não havia serviço de balsa.
Foi aí que o “milagre” se apresentou. A lagoa apresenta pontos bem rasos e os pescadores, com auxilio de paus, fazem as marcações de onde está a rasura. Seria mais ou menos como o “caminho das pedras”, piada velha, mas bem encaixada na ocasião.
De novo a Rural e seguindo a marcação, atravessamos a Lagoa do Peixe com tranquilidade. Importante: só há esse ponto para a travessia, já que a barra é profunda e o interior da lagoa também.
“Coisas de pescador amador”.

Os grandes sarnambís


Após uma onda forte, o “milagre” dos sarnambís



Parecendo um “jet-sky” , a Rural ia vencendo as águas. Pelas margens, milhares de caranguejos nos assistiam passar. É um tipo de caranguejo comum, e realmente contam-se aos milhares.
Novamente em terra firme, ou se preferirem, areia firme, continuamos a viagem. Passamos por um “fofo” e o encalhe foi inevitável. Descemos todos do carro e, com o auxilio de pás e mãos, livramos as rodas da areia. A tração dianteira, que até agora não estava operando, foi ligada para sairmos do encalhe.
Na praia, o local escolhido para a pescaria era a Chata, que também é um barco afundado.
Foram montadas oito varas, sendo quatro de categoria barra-pesada e quatro de barra-leve. Iscas de peixe e savelha, encastoado de aço e anzol 10/0. Lançada a isca nos canais mais profundos e, com a chumbada chamada de “aranha” fincada na areia, foram as varas para os descansos.
As barras-leves, iscadas com sarnambis (chamados por eles de mariscos brancos), ficavam na pesca mais leve. Uma curiosidade: para se conseguir sarnambis, era só esperar uma onda mais forte, pois na descida da água, às centenas eles apareciam, mudando de lugar. Era só pegar um balde e recolher o quanto se quisesse ou precisasse para a pescaria.
Pois bem, nessa pescaria que durou mais ou menos 4 horas, fisgamos mais de 50 betaras(papa-terra) algumas com bom tamanho e por várias vezes dois peixes ao mesmo tempo. As barras-pesadas não deram sinal de vida.


Um “fofo” de praia



Com a  chegada do crepúsculo e ainda mais pelo vento frio que é forte e constante, obrigando-nos a pescar agasalhados, levantamos acampamento e resolvemos dormir em Mostardas, cidade da região com o conforto de um hotel.
Voltamos a atravessar a Lagoa dos Peixes pelo “caminho das pedras” e entramos pela praia na estrada de Mostardas, que liga a praia à cidade em um trajeto de 12 quilômetros, aproximadamente.
Noite tranquila, e logo cedo saímos novamente para a pescaria. Agora nossa meta era pescar na praia do Farol da Solidão. Escolhido o lugar, já que são muitos visíveis a olho nú os canais de praia e os poços profundos, todas as varas foram novamente montadas. Não demorou muito e a primeira barra pesada dava sinais de peixe. Após a fisgada e a luta de alguns minutos, o mangona estava na mão do Gustavo, posando para a posteridade através das páginas da nossa Aruanã. 
Um mangona de tamanho regular

Preparando a isca para o mangona e  a chumbada “aranha”.

Mais tarde um pouco, nova puxada e uma corvina das grandes seguia o mesmo destino do mangona. Betaras eram fisgadas a toda hora e pela areia da praia repetia-se o ritual dos sarnambís.
Ao todo, pescamos cerca de 12 horas nos dois dias, tempo esse bastante pequeno para se aproveitar toda a piscosidade do local.  Mas, pelo que fisgamos e vimos de possibilidade, chegamos a conclusão de que se trata de um excelente lugar para uma boa pescaria.
Segundo nossos companheiros, são comuns nessas pescarias peixes como o mangona, viola, miraguaia, corvina e papa-terra, todos em grandes quantidades. Já saíram dessa praia, mangonas de 2,5 metros de comprimento.
Durante a pescaria no Farol da Solidão, o almoço foi churrasco de picanha preparada pelos gaúchos e na própria praia, o que atesta a qualidade do mesmo. 


Uma grande betara

Recolhida a tralha de pesca, nosso destino era novamente Tramandaí. Falar sobre essa praia é fácil, e atestar sua piscosidade é mais fácil ainda, pelos indícios que estão a vista de qualquer pescador de praia. A quantidade de iscas é tão grande que chega a impressionar. Peixes como a savelha, paratí, tainha e peixe-rei são muito fáceis de se conseguir. Sarnambís, tatuíras, siris, caranguejos, minhoca de praia e caramujos estão aos milhares e visíveis na areia. Ora, com tantos organismos vivos, a presença de peixes para o pescador é indício seguro.
Uma outra curiosidade dessa praia são os pinguins, focas, pássaros marítimos, e esqueletos de baleias, cachalotes e cascos de tartarugas.



O pesqueiro da chata

Aí está portanto mais um roteiro Aruanã para o pescador amador. Segundo nossa opinião, trata-se de um excelente local para a pesca de praia. Se puder, acampe por alguns dias, pois com certeza o resultado da pescaria, com mais tempo, será compensador.
Para finalizar, queremos agradecer ao Hélio de Camilis, ao Gustavo Albrecht e ao Rogério Roberto Kuhsler, respectivamente presidente e sócios da Plataforma de Pesca de Tramandaí, que com sua valiosa colaboração e informações tornaram possível esta matéria. 


Acampamento de pescadores profissionais


NOTA DA REDAÇÃO

Pescar no litoral gaúcho descrito nesta matéria poderia ser comparado a uma ida ao paraíso, se não fosse à ação infernal dos pescadores profissionais. Em 180 quilômetros de praia, contamos mais de 200 cabos de rede. Essa modalidade, proibida por lei, mas largamente praticada, consiste no seguinte: coloca-se uma âncora o mais longe possível da praia e nela amarra-se uma corda comprida, que fica estendida mar adentro e pela areia da praia, onde é amarrada a uma estaca. Para fazer a rede ir para a água usa-se a força da maré, que leva a rede, e nesta está amarrada outra corda, que serve para puxar a rede de volta. Pois bem, conversando com um pescador da região, disse ele que nos mês de setembro (na época) conseguiu cerca de 1.800 quilos de pescado entre papa-terras, corvinas, miraguaias, violas e mangonas.



Pinguim morto


Mas a depredação não para por aí, pois além das redes de praia são comuns os barcos de pesca, que chegam à praia em cima de caminhões e que fazem a pesca com redes de caceio. As maiores vítimas desses profissionais são os mangonas. Segundo alguns é muito comum quando um barco desse chega a trazer como resultado dessa pesca vários mangonas que são alinhados na areia da praia para serem limpos. O mais revoltante é que, quando abertos, mostram os filhotes em seu ventre, que são abandonados na areia da praia, servindo de pasto às aves de rapina. O mangona, nesta época do ano (primavera), encosta nesse litoral para a desova de seus filhotes. As redes dos profissionais são de malha fina, pegando então qualquer tipo de peixe, sem distinção. Não garantir e proteger a desova dos mangonas é condenar a extinção este peixe no litoral gaúcho.
E a depredação ainda continua, já que quase na arrebentação barcos fazem a prática do arrastão, também proibida por lei. E todo isso acontecia quando o Brasil estava se preparando para sediar a Eco 92 que, como todos sabem, é a reunião mundial sobre questões de meio ambiente.
Ou será que para a Eco 92, só a floresta amazônica é questão de meio ambiente?
A propósito, o IBAMA no Rio Grande do Sul existe também de direito e não de fato e, pasmem, a sede do órgão, em Tramandaí, não tem telefone. Ou seja, para fazer uma reclamação ao órgão fiscalizador, o cidadão tem que usar um número emprestado ao IBAMA.

Uma foca ferida, magra e esperando a morte




Tartaruga morta

Nome do assinante desse telefone: Associação dos Pescadores Profissionais de Tramandaí. Lamentável e vergonhoso, mas este é o Brasil da Eco 92, onde por certo, fatos como esse não serão discutidos. E mais, qualquer pessoa, na colônia de pescadores de Tramandaí, pode tirar uma carteira de profissional, bastando apenas pagar para isso. Aliás, apregoam os responsáveis por essa colônia que, sendo “sócio”, as vantagens são várias, como médicos, dentistas, etc.
Uma outra particularidade nos chamou a atenção: em toda a extensão da praia, vimos centenas de pinguins mortos, além de tartarugas, cachalotes e aves marítimas. O que será que levou esses animais e aves a morrer, justamente nessa praia?
Seria por acaso a ação predadora desses pescadores profissionais? Essas aves e animais, não estariam sendo sacrificados pelos profissionais, por “atrapalharem” ou estragarem suas redes?
Seria muito pedir que o IBAMA em Brasília mandasse um técnico para analisar tal problema?


Esqueleto de baleia


Reclamar em Tramandaí, como já foi citado, é perda de tempo, a fiscalização do órgão na região inexiste. E viva a ECO 92.


OPINIÃO: Estamos em julho de 2014. A matéria editada acima, agora em formato de blog, foi escrita como no original, sem mudarmos uma vírgula.  Uma pergunta ao nosso leitor de hoje, que navega na Internet: alguma coisa mudou em nosso País, com a ECO 92, ou com qualquer outra reunião do gênero e quais as providências em questões de meio ambiente foram tomadas? Agenda 21, alguém sabe o que é isso?  Ah meu Brasil. Lamentável!



2 comentários:

  1. Boa tarde, Antônio Lopes!

    É uma grande satisfação estar novamente entrando em contato com a Revista Aruanã, que me tornei leitor assíduo a partir de 1993. Após ler a matéria sobre o Farol da Solidão, quero fazer alguns comentários, pois sou frequentador há pelo menos 45 anos daquela região: A notícia boa é que ainda dá para fazer boas pescarias em nosso litoral, mas não no Farol da Solidão, hoje repleto de moradores pseudo pescadores com um infinidade de cabos de redes! Pescamos no eixo Bojuru - Estreito (lugarejos da cidade de São José do Norte, a uns 150 km ao sul do Farol da Solidão), que mesmo assim está começando a ter pressão de pescadores, mas não amadores como nós. Nas duas últimas pescarias que fizemos por lá (novembro 2013 e junho 2014) vimos pescadores não nativos, utilizando a pesca do arrastão, um verdadeiro crime ambiental, que infelizmente não é fiscalizado, pois segundo informações, o Ibama só controla parques e fora deles é com a patrulha ambiental da Brigada Militar do RS, ou seja, só via denúncia e olhe lá! E não é só isso, há muitos barcos desrespeitando o limite para a pesca e vêm bem próximo da arrebentação lançar suas redes e espinéis! Por tudo que eu tenho visto, ainda irá demorar um pouco para termos uma conscientização de preservação ambiental, pois isso passa pelos nossos problemas sociais ainda não resolvidos!

    Abraços,

    Regis Souza

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  2. Regis: Obrigado pelas palavras. Sua informação, sobre o Farol da Solidão, me deixa triste e mais uma vez revoltado com nossas autoridades de meio ambiente. Você deve ter lido na postagem que eu narrei que essa praia, foi a mais linda e piscosa em nossas andanças por esse Brasil. Citei também as redes armadas nas praias. Tomei conhecimento dos pescadores que dizimam as mangonas e feliz ou infelizmente não os encontrei, porque queria tirar algumas fotos desses bandidos desgraçados e malditos. Na época, fui saber onde era a sede do Ibama em Tramandaí. Foi lá que fiquei sabendo que o telefone onde ele, Ibama, recebia as denuncias, o "dono" da linha era a Colonia de pescadores profissionais de Tramandaí. Dizer mais o que? Omisso, inoperante, burocrático, medíocre e corrupto, citei esses "adjetivos" várias vezes na Revista Aruanã. Em Brasilia, fui diversas vezes falar com o presidente desse órgão de bosta. Foram vários presidentes, que ficavam olhando para mim com cara de quem estava pensando o quanto eu ia demorar para sair da sala dele. Para você ter uma ideia, fui recebido pelo pescador Jarbas Passarinho, que "só" era o Ministro da Justiça do Brasil. Ele sim, me prometeu tomar providências e aliás o fez depois de alguns dias: demitiu a presidente do Ibama na época, uma tal de Tânia sei lá o que. Fizemos uma audiência também com o Secretário do Meio Ambiente do governo Color de Melo. Tudo pronto para que as coisas começarem a caminhar. Você, eu e milhões de brasileiros vimos o que aconteceu com esse governo. Isto é um desabafo que faço agora, pela primeira vez. Imagino a sua revolta pelo tempo que você frequenta aquelas praias. Sua revolta agora também é minha. E, só para terminar. O que você quer de um país que proíbe a caça em seu território e ao mesmo tempo permite a pesca profissional em águas interiores? Conquistei algumas vitórias em minha vida de jornalista especializado em pesca e meio ambiente, mas as derrotas foram tantas, que muitas vezes desanimei, mas mesmo assim continuei lutando, para colecionar mais e mais derrotas. Nós, "condôminos do meio ambiente", perante nossas autoridades somos um bando de trouxas e eles continuam a nos fazer de bobos. Peço desculpas a você amigo e aos milhares de leitores da Aruanã. Não vamos perder a esperança. Quem sabe um dia, Deus olhe por nós e pelo meio ambiente brasileiro. Abraço

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