O marlim branco, pertence à família Istiophoridae e seu nome científico é Makaira albida. Considerado como um peixe de bico, que alguns
erroneamente ainda chamam de peixe-espada, tem como principal característica a
sua coloração de dorso cinza-claro e ventre e barriga brancos, que é aliás a
cor predominante, que lhe originou o nome vulgar. Costuma estar na chamada água
azul, estando portanto a sua melhor época de pesca entre os meses de novembro
até meados de abril, podendo se estender um pouco mais, dependendo de quanto
esta corrente fique perto da costa.
Na pesca amadora é pescado no sistema de corrico, sendo suas
iscas preferidas, no caso de naturais, o farnangaio, o peixe-voador e até “ventrechas”
(filés) de outros peixes. No caso de iscas artificiais, sua preferência se dá
pelas tradicionais lulas ou havaianas. Em ambos os casos, pesca-se na
superfície.
Mas existem outras particularidades sobre o marlim branco.
Podemos citar, por exemplo, a sua característica também de sair da água azul e
se aproximar bastante do litoral, entrando mesmo em alguns canais mais largos e
profundos. Essa aproximação talvez seja em virtude de cardumes de lulas, quando
estas estão perto do litoral, que aliás
são um de seus alimentos naturais prediletos.
São muitos os registros de pescadores profissionais, que
costumam fisgar, principalmente em espinhéis e usando lulas como iscas,
centenas de marlins brancos. Na hora da comercialização, após serem limpos e
eviscerados, também recebem (dependendo da região) o nome vulgar de meca.
Cientificamente, há registros de exemplares de setenta e seis
quilos (segundo H. Nomura) como recorde de peso. Já em campeonatos de pesca
amadora, houve registros de peixes maiores. O equipamento para sua pesca pode
ser considerado como médio, traduzido em linhas de bitolas entre 0.50 a 0.80
milímetros. Deve-se usar um líder de cinco a dez metros com linha mais
resistente, já que o marlim branco, ao ser fisgado, dá vários saltos
espetaculares, enrolando-se às vezes nos primeiros metros da linha, daí a razão
de utilizar-se uma linha mais resistente.
Uma boa vara com roldanas e carretilhas médias (por exemplo,
30 libras) serão mais do que suficientes para sua pesca, levando-se sempre em
conta que, quanto menor for o material, maior será a esportividade. Para o caso
de iscas naturais, um bom anzol será o de tamanho variando entre 7/0 a 12/0. Na
hora de embarque do peixe, devemos tomar todas as precauções possíveis, já que
no bico desse peixe, está o perigo maior. Há registros de sérios ferimentos em
pescadores causados por esse bico.
A melhor maneira de se lidar com ele, portanto, é cansá-lo o
máximo possível e só embarcá-lo usando luvas; caso se vá aproveitar a sua carne,
utilize um bicheiro forte, resistente e com um bom comprimento de cabo. Em pescarias de água azul, há registros de
peixes que, trazidos muito rapidamente para perto do barco, saltaram e caíram
dentro da embarcação, causando sérios problemas à tripulação, já que fica muito
mais difícil lidar com um peixe de bom tamanho que ainda não esteja devidamente
trabalhado e cansado.
NOTA DA REDAÇÃO: A pesca na chamada água azul é
uma modalidade das mais espetaculares, tendo em vista o cenário à nossa volta.
Grandes vagalhões (não confundir com ondas) com água de uma cor azul cobalto,
fazem o barco continuamente subir e descer na água, o que dará as iscas
artificiais citadas, um trabalho que consiste em vários saltos, fazendo um
barulho característico como se fosse um peixe-voador e esse barulho é que irá
atrair o marlim branco. Não é fácil fisgar um peixe dessa espécie, pois antes
dele, muitos dourados-do-mar, atuns, albacoras, cavalas, sailfish ou
mesmo marlins azuis entrarão em nossas iscas. Tudo é pesca e simplesmente
é espetacular fisgar qualquer um desses peixes da água azul.
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