sábado, 26 de julho de 2014

PEIXES DO BRASIL - MARLIM BRANCO










Considerado um peixe de bico de grande esportividade, o marlim branco está presente em praticamente todo o Brasil.








O marlim branco, pertence à família Istiophoridae e seu nome científico é Makaira albida. Considerado como um peixe de bico, que alguns erroneamente ainda chamam de peixe-espada, tem como principal característica a sua coloração de dorso cinza-claro e ventre e barriga brancos, que é aliás a cor predominante, que lhe originou o nome vulgar. Costuma estar na chamada água azul, estando portanto a sua melhor época de pesca entre os meses de novembro até meados de abril, podendo se estender um pouco mais, dependendo de quanto esta corrente fique perto da costa.
Na pesca amadora é pescado no sistema de corrico, sendo suas iscas preferidas, no caso de naturais, o farnangaio, o peixe-voador e até “ventrechas” (filés) de outros peixes. No caso de iscas artificiais, sua preferência se dá pelas tradicionais lulas ou havaianas. Em ambos os casos, pesca-se na superfície.
Mas existem outras particularidades sobre o marlim branco. Podemos citar, por exemplo, a sua característica também de sair da água azul e se aproximar bastante do litoral, entrando mesmo em alguns canais mais largos e profundos. Essa aproximação talvez seja em virtude de cardumes de lulas, quando estas estão perto do litoral,  que aliás são um de seus alimentos naturais prediletos.
São muitos os registros de pescadores profissionais, que costumam fisgar, principalmente em espinhéis e usando lulas como iscas, centenas de marlins brancos. Na hora da comercialização, após serem limpos e eviscerados, também recebem (dependendo da região) o nome vulgar de meca.
Cientificamente, há registros de exemplares de setenta e seis quilos (segundo H. Nomura) como recorde de peso. Já em campeonatos de pesca amadora, houve registros de peixes maiores. O equipamento para sua pesca pode ser considerado como médio, traduzido em linhas de bitolas entre 0.50 a 0.80 milímetros. Deve-se usar um líder de cinco a dez metros com linha mais resistente, já que o marlim branco, ao ser fisgado, dá vários saltos espetaculares, enrolando-se às vezes nos primeiros metros da linha, daí a razão de utilizar-se uma linha mais resistente.
Uma boa vara com roldanas e carretilhas médias (por exemplo, 30 libras) serão mais do que suficientes para sua pesca, levando-se sempre em conta que, quanto menor for o material, maior será a esportividade. Para o caso de iscas naturais, um bom anzol será o de tamanho variando entre 7/0 a 12/0. Na hora de embarque do peixe, devemos tomar todas as precauções possíveis, já que no bico desse peixe, está o perigo maior. Há registros de sérios ferimentos em pescadores causados por esse bico.
A melhor maneira de se lidar com ele, portanto, é cansá-lo o máximo possível e só embarcá-lo usando luvas; caso se vá aproveitar a sua carne, utilize um bicheiro forte, resistente e com um bom comprimento de cabo.  Em pescarias de água azul, há registros de peixes que, trazidos muito rapidamente para perto do barco, saltaram e caíram dentro da embarcação, causando sérios problemas à tripulação, já que fica muito mais difícil lidar com um peixe de bom tamanho que ainda não esteja devidamente trabalhado e cansado.

NOTA DA REDAÇÃO: A pesca na chamada água azul é uma modalidade das mais espetaculares, tendo em vista o cenário à nossa volta. Grandes vagalhões (não confundir com ondas) com água de uma cor azul cobalto, fazem o barco continuamente subir e descer na água, o que dará as iscas artificiais citadas, um trabalho que consiste em vários saltos, fazendo um barulho característico como se fosse um peixe-voador e esse barulho é que irá atrair o marlim branco. Não é fácil fisgar um peixe dessa espécie, pois antes dele, muitos dourados-do-mar, atuns, albacoras,  cavalas, sailfish ou mesmo marlins azuis entrarão em nossas iscas. Tudo é pesca e simplesmente  é espetacular fisgar qualquer um desses  peixes da água azul.

COLEÇÃO ARUANà   -     PEIXES DO BRASIL

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