O Biguá é uma ave da família dos Carbonídeos cujo nome
científico é Carbo vigna. Sua cauda, pescoço e bico são enormemente alongados,
sendo este último encurvado na ponta. Sua coloração é preta, com pequenos
detalhes em amarelo no bico, cara e parte da garganta.
Exímio pescador, o biguá mergulha em busca dos peixes, recebendo
por esse motivo (principalmente na Amazônia) o nome de mergulhão. Vive tanto no
litoral como em lagoas e rios do interior do Brasil.
Uma outra curiosidade sobre o biguá, e o pescador pode
verificar isso em suas pescarias, é que ele é o principal responsável por
muitas árvores secas que se vêem nas margens dos rios.
Estranhamente, os bandos desse pássaro escolhem uma
determinada árvore para seu pouso noturno. Os excrementos dos pássaros, de alta
acidez, escorrem por folhas e galhos, vindo a fazer com que essa árvore morra,
e só então os biguás irão procurar outra “vítima” para fazer dela seu próximo
pouso noturno.
Rodolpho Von Ihering, em seu livro Animais do Brasil,
descreve deliciosamente e melhor do que ninguém o biguá. Podemos então ler:
“É ave essencialmente
aquática e vive só da pesca. Não é, porém, afundando e mergulhando debaixo da
água que o biguá foge do caçador; ele se afasta voando, porém de um modo
característico e curioso: batendo as asas, prossegue durante algum tempo rente
à água e a tão pouca altura que os pés e a cauda às vezes arrastam de leve e
assim traçam um sulco, que indica sua passagem; só mais adiante a ave firma o
vôo e se eleva a boa altura. Característica é a ordem que o bando de biguás
observa quando em viagem; alinhados, formam um ângulo obtuso indo, porém,
adiante, não o vértice do ângulo, mas uma das linhas retas”.
DICIONÁRIO ARUANÃ DE ANIMAIS DO BRASIL
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