Conversamos então com o Dr. Heraldo Bristik, PHD em Biologia
e reconhecidamente a maior autoridade em peixes de água doce do Brasil e uma
das maiores do mundo.
Segundo o Dr. Bistik, o tucunaré é realmente um predador voraz,
exatamente igual a outro predador qualquer, como o dourado, a traíra, a
piranha, a matrinchã e outros. E mais, segundo ele, o tucunaré de maneira
nenhuma afetará a ictiofaúna de nossas barragens, podendo conviver em perfeita
harmonia com as outras espécies.
Aí esta portanto, a opinião de um técnico que é a maior
autoridade do Brasil no assunto, e de outro lado a superintendente do Ibama,
que se assumiu leiga em nossa entrevista. Como ficamos? Se bem eu conheço
nossas autoridades de meio ambiente, tudo vai ficar assim mesmo e daqui a pouco
ninguém mais falará desse assunto, em prejuízo do tucunaré, que é hoje a
espécie mais importante de nossas barragens (sem escadas de peixe) para nós, pescadores
amadores, em nossas pescarias de esporte/lazer. Mas afinal o que representa o
pescador amador, para o todo poderoso Ibama?
A resposta é simples: ABSOLUTAMENTE NADA.
O que nos resta é pedir a você, pescador amador, que, se for
pescar tucunarés, pratique o pesque-e-solte. E mais, quando vir tucunarés em
peixarias ou supermercados, não os compre, pois só assim estaremos fazendo
nossa parte para proteger essa espécie tão importante para a pesca amadora.
NOTA DA REDAÇÃO: Chega
a ser incrível, como esse assunto, passados 18 anos de sua edição, ainda mexe e
muito com a minha cabeça. As teclas do meu teclado, se pudessem falar, diriam
com que raiva nelas bati, ao reescrever esta matéria.
Meu Deus, como eu era (e ainda sou) um idiota em pensar que
alguém iria ler e tomar as providências que seriam corretas. Quantas pessoas eu
conheci, que poderiam fazer alguma coisa e, não o fizeram. Quantos empresários
e pescadores amadores, portanto do segmento, que poderiam fazer algo e, também
não o fizeram, preferindo ficar no anonimato e esperar para ver o que
aconteceria. Mas, uma vitória eu lembro.
Antes um detalhe, citado em matéria da Aruanã e em minha
coluna no Jornal da Tarde. Segundo dados por nós obtidos, o custo de uma obra
de escada de peixes, seria igual a 1% (um por cento) do total gasto na
construção da barragem.
A vitória? Conseguimos, com a ajuda do pessoal da cidade de
Sacramento em Minas Gerais, que uma barragem que estava sendo construída na
época no Rio Grande, fosse obrigada a construir essa escada. Deixo de citar
nomes de pessoas e outras referencias, para não cometer nenhuma injustiça. Contei
com a ajuda profissional valiosa do Prof. Manoel Pereira de Godoy, com sua
assessoria técnica.
Acho que isso responde em parte, a pergunta que algumas
pessoas me fazem, do porque eu parei de publicar a Aruanã. Digo em parte, já
que houve muitos outros motivos, senão semelhantes, muito parecidos.
No nosso país, existem muitos caciques e poucos índios. E
mais uma vez, infelizmente.
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