Descarregamos os barcos e, depois de tudo arrumado, só nos
resta partir para a famosa “vida dura”. Montei um equipamento para dourado,
composto de uma carretilha Abu 6500, uma vara Zebco modelo QXLC 60H, linha
0,40mm, um encastoado com 5 metros de aço flexível e iscas grandes, tipo Red
Fin, Rapala e Bomber. Descendo a Ilha Verde, há um corixo de água entrando no
campo (este é um detalhe importante na época das cheias) e formam-se
corredeiras. No primeiro lance já fisguei um dourado de bom tamanho. Outros
três se sucederam, mas escaparam. Fomos até a entrada da Baía vermelha, que
fica próxima dali, mas lá não havia corredeiras ainda, portanto os dourados não
estavam presentes.
O pôr do sol nos dá o sinal de que é hora de voltar para o
acampamento, tomar um bom banho de rio, jantar e ir para a cama, já que o corpo
começa a demonstrar sinais do cansaço da viagem.
Amanhece um novo dia, e logo cedo retornamos aos dourados.
Fisgamos um, que foi solto, e mais outros quatro vieram atrás da isca, mas não
fisgaram. Há muita comida para eles no rio. A conselho do Ney, descemos um
pouco mais pelo rio e, entrando em um pequeno corixo, descobrimos mais uma
pequena corredeira. Mais um dourado fisgado, este de pequeno tamanho (o limite
para a captura dessa espécie é de 55 cm), que foi solto. Percebi a presença de
mais peixes, que perseguiam a isca e não fisgavam. O tempo passou rápido e
voltamos ao acampamento.
Após um bom almoço, saímos novamente à tarde, os
quatro em um só barco, para tentar os pacus. Achamos um local no rio Paraguai
onde a água está saindo do campo (detalhe importante para a pesca do pacu) e
mais: sinais da natureza, como capim comido e folhas de camalotes cortadas, que
nos dão a certeza de que há pacus nas imediações.
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Locais e viagens maravilhosas, típicas da "Aruanã". Bons tempos aqueles. Como andarão as coisas por lá hoje em dia?
ResponderExcluirPois é Marcão: Com certeza os rios continuam os mesmos, os locais de acampamento também, as lagoas dos tucunarés, as araras (protegidas por lei) ainda devem estar criando seus filhotes e comendo os cocos dos buritis. Mas os peixes, os cardumes, os animais, com certeza não deverão estar como na época, devido a presença do homem. Em um país sem leis, sem fiscalização, e com pouca atenção à nossa íctio-fauna, devem ter diminuído bastante. E eu ainda soube, que no trecho Correntes, Piqueri, Itiquira, haviam sido inaugurados alguns pesqueiros. E aí, sem comentários. Obrigado pela participação
ExcluirParabéns pela matéria, um sonho! Nos últimos dois anos visitei o Piqueri e fui feliz, fauna e flora ricas com muitos tucunarés e pacus. Tenho muita vontade de descer até Porto Jofre. Desde que conheci o Correntes, comecei a relatar minhas pescarias, pequenas epopeias: Correntes-Piqueri, Ariri-SP e Santa Isabel do Rio Negro- AM... Sempre li ARUANÃ!!!
ResponderExcluirObrigado pela sua resposta e reconhecimento. Realmente essa aventura, foi a que nos concedeu a oportunidade de ver e conhecer, umas das mais belas regiões do Pantanal. Pena eu não poder chamar-lhe pelo nome. Mas mesmo assim valeu. Grato Toninho Lopes
ExcluirSe quiserem, posso passar-lhes um panorama da região!
ResponderExcluirCesar Gallo
Cesar: Se for para acrescentar algo referente a região e nos dias atuais, fique a vontade. Mas seria bom fazê-lo no Face, para o conhecimento geral. Obrigado Toninho Lopes
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