O barbado tem como nome científico Pirinampus pirinampus e pertence à família Pimelomidae. A esta família pertence a maioria dos chamados “peixes
lisos” ou, se preferirem, peixes de couro, nos quais estão também incluídos os
bagres e suas variações. Este peixe pode ser encontrado em todo o Brasil,
incluindo-se todo o Pantanal (Bacia do Prata) e Bacia Amazônica. O barbado é
encontrado ainda nas Guianas, Venezuela, Bolívia e Paraguai. Sua coloração
básica pode ser descrita como dorso verde-claro e o ventre esbranquiçado. No
entanto, dependendo da época e do rio, esse verde-claro passa a ser um cinza
claro e apresenta também algumas pintas, principalmente no fim de seu corpo e
na nadadeira caudal, o que faz com que alguns pescadores o chamem erradamente
de pintado. Uma outra vez em que é confundido com o pintado, só que desta
feita maldosamente, é quando é servido em filés em restaurantes, que assim o
fazem para enganar o público consumidor. Porém a carne do barbado é mais
flácida e ligeiramente amarelada em relação à do pintado. A nadadeira dorsal é
grande, com acúleo flexível. Possui
grandes barbilhões, o que por certo deu origem ao seu nome. Aliás, esses barbilhões
são comuns entre todos os chamados “bagres”, tanto de água doce como do mar. No
que se refere à pesca, o material mais correto será o médio, já que
dificilmente vamos encontrar barbados com peso muito acima de 10 quilos. Assim
sendo, uma vara de ação média, somado a uma carretilha ou molinete médio, com
uma linha de 0.35 a 0.45 milímetros e anzóis de 3/0 até 7/0, serão mais do que
suficientes para se praticar uma pescaria dentro os padrões normais.
Normalmente, o barbado é um peixe de rio, estando sempre por perto de outros
peixes de sua família, como os pintados ou cacharas. Aliás, é muito comum, em
uma pescaria onde os alvos são os pintados ou cacharas, fisgarem-se vários
barbados. Podemos então, principalmente na região do Pantanal ou outras localidades,
pescar o barbado em rios, no sistema de rodada ou apoitados. Suas iscas
preferidas serão a tuvira, minhocoçu e pequenos peixes, inteiros ou em toletes,
e sempre nessa ordem de preferência para o peixe.
Quando fisgado, o barbado costuma brigar um bom tempo no
fundo, dando corridas para tentar se livrar do anzol. A essas corridas – que
normalmente somam duas ou três com violência – seguem-se pequenas cabeçadas. Na
hora de retirá-lo do anzol será necessária cautela por parte do pescador,
especialmente com os ferrões, principalmente nas nadadeiras laterais. Para
maior cautela, caso se vá aproveitar o peixe, será muito bom – munido de um
alicate de corte – cortar esses ferrões, já que, mesmo no viveiro do barco, o
barbado costuma ferir outros peixes com eles.
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