Tainha
NOTA DA REDAÇÃO: Só como curiosidade, poderá o leitor
verificar em estatísticas, a quantidade de tainhas pescadas, por exemplo, há
dez anos. Fico impressionado hoje, em maio de 2015, já que este artigo foi
matéria da Aruanã em agosto de 1998, como nada mudou. Ninguém faz nada para
proteger a desova da tainha, que sai da Lagoa dos Patos, para vir desovar em
águas mais quentes do sudeste e nordeste. Fala-se muito em piracema nos rios, mas em
migração
das tainhas, nada é feito ou comentado por nossas “autoridades de meio
ambiente”.
Aliás, essa pesca predatória e até noticiada em tele jornais,
revistas e jornais impressos, mostrando a fartura da pesca no litoral de Santa
Catarina e Paraná principalmente. Só que essas mesmas notícias não falam da
possível extinção desse peixe, se esse tipo de pesca continuar. O absurdo é tão
grande, que os pescadores profissionais dessas regiões, chegam a emendar suas
redes, perfazendo quilômetros, para tentar capturar o cardume todo, quando o
mesmo é avistado das praias. Essa visão é mostrada como manchas pretas enormes,
mar adentro se locomovendo e aí alguém dá o alarme e começa a pesca predatória,
tentando cercar o cardume inteiro. Se este fosse um país sério, o mínimo que
poderia ser feito, até que os cardumes voltem a ser o que eram, seria proibir a
pesca da tainha ano sim, ano não. No tal ano não, os pescadores profissionais, “coitadinhos”,
receberiam um salário mínimo, (o povo é que paga) para garantir sua
sobrevivência, como hoje é feito, nos vários e diversos períodos de defeso.
Antonio Lopes da Silva
Leandro: É um prazer responder ao seu cometário, que mora aí em nossa pátria mãe. E como você é pescador, o prazer é duplo. Muito interessante essa mistura que você faz do óleo de sardinha com o miolo do pão, para as tainhas. Acredito eu, que tal prática não é usada aqui no Brasil. Vou difundi-la com certeza em meu Face, já que são muitos os pescadores de tainha aqui, pelo menos em São Paulo. Se possível, me mande algumas fotos do peixe e seu modo de pescar, se com boia de superfície ou outros. Agradeço sua manifestação. Grande abraço.
ResponderExcluirNunca pesquei tainha, por isso estou pesquisando aqui!
ResponderExcluirMas vou tentar em Bertioga valeu pela boa dica.
Nem sei onde começar essa pesca.
Sou de São Paulo. Que Deus abençoe sempre pessoas como você que lembra dos pescadores e dos peixes...Abraços
Obrigado Luciano. Pois é, a pesca da tainha é uma boa opção para o inverno. A maneira que a descrevemos aqui com boia, deverá ser feita embarcado e os melhores locais serão os remansos dos rios. Como você vai estar em Bertioga, recomendo o próprio Canal, o rio Itapanhau ou rio da Fazenda. Procure locais de margem longos, onde existam remansos. A pesca será feita então com esse tipo de boia, ou qualquer outra improvisação que você possa fazer. No caso de cevas, ela demora alguns dias para começar a dar resultados. Se você tiver tempo, procure locais onde haja barrancos de terra firme ou pedras para fazer essa ceva. Após os peixes acostumarem com a ceva, não serão só tainhas mas, paratis também estarão presentes e em boa quantidade. Boa sorte e boa pesca. Grande abraço e sucesso.
ResponderExcluirGostei muito sobre a preservação da tainha. Eu pesco amador, mas não pego quantidade. Procuro me divertir e pego pouco. Me preocupo em respeitar a sobrevivencia. Mas, no Brasil realmente ninguém se preocupa com nada. O governo só arrecada, são impostos, taxas etc... Mas, muito pouco retorno. A natureza está cada dia mais arrasada. Assim, dou parabens pelo artigo.
ResponderExcluirÉ isso meu amigo pescador: As autoridades de meio ambiente devem estar preocupados com outras coisas mais importantes, do que com a preservação. Todos os anos assistimos em Santa Catarina a mortandade sem nenhuma preocupação, de toneladas de tainhas, que nada mais querem do que fazer a sua migração para águas mais quentes, para a desova. É uma migração igual a piracema dos peixes de água doce. E, com isso, muitos rios do sudeste não recebem mais as tainhas que aqui vinham desovar. Essa carnificina é mostrada todos os anos e os idiotas do Ibama e agora ICM Bio, não ligam a mínima. Infelizmente. Fraterno abraço
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